Como se preparar para o ENEM 2023: dicas, conteúdos e redação

Saiba como se preparar corretamente para o ENEM 2023 e conquiste uma pontuação alta na prova.

04 de outubro de 2023
...

ENEM 2023 está se aproximando. Para ajudá-lo a se preparar adequadamente para suas provas, aqui você encontrará tudo o que precisa saber sobre o Exame Nacional do Ensino Médio. 

Mas, antes de entrarmos em dicas práticas, vamos entender um pouco sobre a relevância do ENEM para os brasileiros. 

Criado em 1998 pelo Ministério da Educação (MEC), o ENEM, primeiramente, tinha como objetivo apenas diagnosticar o nível educacional aplicado no Brasil, seria uma forma de analisar e sugerir pontos para melhorá-lo. 

Porém, lá em 2009, passou a ser a porta de entrada para o ensino superior, possibilitando que os participantes tivessem acesso ao SISU (Sistema de Seleção Unificada) e ao ProUni (Programa Universidade para Todos) e também pudessem se candidatar às instituições de Portugal. 

Bem, agora que você já está por dentro da importância do ENEM, vamos entender um pouco sobre a estrutura técnica desse exame.

Estrutura do ENEM 2023

Prova Enem 2023

Na sua edição de 2023, o ENEM acontecerá nos dias 5 e 12 de novembro. Atualmente, a prova do ENEM é dividida em dois domingos seguidos, o primeiro deles tem duração de 5h30 e é dedicado às provas de Ciências Humanas, Linguagens e Redação; já o segundo é dedicado às provas de Matemática e Ciências da Natureza e conta com 5 horas de prova. 

No total, as duas provas contam com 180 questões, nas quais cada área de conhecimento conta com 45 questões. Para ficar mais fácil de se organizar, fique ligado nas matérias que serão cobradas em cada uma das áreas de conhecimento: 

  • Linguagens: Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), Artes, Educação Física e Tecnologias da Informação e Comunicação.
  • Matemática: Matemática (sim, só essa matéria mesmo).
  • Ciências da Natureza: Química, Física e Biologia.
  • Ciências Humanas: História, Geografia, Filosofia e Sociologia.

Referente à redação cobrada, que segue o modelo dissertativo e argumentativo, o tema só será descoberto no momento da prova – mas calma, pois a seguir vêm as dicas para você arrasar na sua.

O que levar no dia da prova?

Prova Enem 2023

O ENEM é cheio de normas que precisam ser seguidas à risca para que você não perca a chance de fazer a sua prova, como é o caso dos itens que precisam ser levados. Para ficar mais fácil, fizemos uma listinha:

  • Caneta esferográfica PRETA com tubo TRANSPARENTE (não pode mais levar caneta azul).
  • Documento de identificação oficial com foto.
  • Lanche e garrafa de água TRANSPARENTE e SEM RÓTULO, se quiser levar.

É muito comum que os participantes do ENEM levem um lanchinho para comerem durante a prova, que é longa. 

Aqui vai uma dica: se você for levar um lanche, fuja de chocolates e doces ultraprocessados. Optar por sanduíches, frutas, suco ou biscoitos integrais é a melhor opção (sério, dica de quem passou por isso). 

Por fim, tente levar duas canetas esferográficas pretas, assim, se uma falhar, você tem a outra para concluir a prova. Se você for levar só uma, pelo menos teste ela antes de ir para a prova. 

Quais são os conteúdos mais cobrados?

Prova Enem 2023

Para ajudar você a fazer um “intensivão” antes do ENEM 2023, separamos os 5 conteúdos mais cobrados em cada uma das matérias. Confira:

Prova de Linguagens

→ Interpretação textual. 

→ Gramática. 

→ Estruturas textuais.

→ Movimentos literários.

→ Conjugação verbal. 

Prova de Matemática

→ Equações de funções de 1º e 2º grau. 

→ Porcentagem. 

→ Matemática financeira.

→ Razões e proporções.

→ Noções de estatística.

BÔNUS: é sempre bom estudar a Regra de Três (muitas equações podem ser solucionadas com ela).

Prova de Ciências da Natureza

→ Biologia: Biologia Celular, Ecologia, Ecossistema, DNA e RNA, Células Tronco e Clonagem. 

→ Física: Movimento Uniforme e Movimento Uniformemente Variado, Cinemática, Aceleração, Leis de Newton e Energia e Trabalho.→ Química: Ligações Químicas, Forças Intermoleculares, Química Inorgânica, Funções Orgânicas e Reações Orgânicas e Estequiometria. 

Prova de Ciências Humanas:


→ História: Civilização Romana, Civilização Grega, Feudalismo, Absolutismo e Reforma Protestante e Revolução Francesa. 

→ Geografia: Cartografia e Leitura de Mapas, Climas do Brasil e Climas do Mundo, Acordo de Paris e Conferências Ambientais, Aquecimento Global e Efeito Estufa e Bacias Hidrográficas. 

→ Filosofia: Filosofia Clássica e Pré-socráticos, Sócrates e seu legado, Platão e Aristóteles, Filósofos Medievais e Renascimento. 

→ Sociologia: Auguste Comte e o Positivimo, Bauman, Foucault, Cultura Material e Imaterial, Patrimônio Histórico Cultural. 

Agora que você já sabe o que é quase certeza de que vai ser cobrado, veja as dicas para arrasar na redação.

Dicas para a Redação

Alunos na prova Enem 2023

Como prometido, chegou o tão desejado tópico sobre Redação do ENEM.  

Antes de se aprofundar nas dicas, vale lembrar de que a redação nada mais é do que uma “argumentação escrita”, é uma forma de mostrar aos avaliadores que você está por dentro do que está acontecendo no mundo. Daí vem a primeira dica: 

1ª dica: fique atento às tendências e aos assuntos que impactaram o ano de 2023  

É impossível argumentar com fundamento sem conhecer o tema, então bora maratonar sites de notícia e assistir reportagens que foram importantes neste ano.  

2ª dica: estude os temas que caíram nos últimos anos 

Não irá cair o mesmo tema, mas, com certeza, estudar esses temas irá abrir a sua mente para assuntos sociais e que podem cair na prova.  

3ª dica: faça pelo menos 3 redações por semana e as corrija 

Além de estimular o seu senso crítico e argumentativo, corrigir as suas próprias redações irá trazer um olhar mais técnico para você.  

Nossa sugestão é que você escreva a redação em um dia e corrija no outro para o assunto não ser lido no automático.  

4ª dica: divida o seu texto em um esqueleto estratégico 

Nada de deixar tudo para o improviso. Leia o tema da redação, pense em uma estrutura convincente e monte o esqueleto textual sempre se lembrando de seguir: introdução, desenvolvimento e conclusão.  

Na introdução, você irá apresentar a sua tese contextualizando o tema; no desenvolvimento, você irá trazer os seus argumentos apresentando fatos e dados sobre o assunto (escreva pelo menos dois parágrafos); na conclusão, você deverá sugerir uma solução para esse problema.  

5ª dica: mantenha o seu argumento com confiança 

Defenda os seus argumentos com unhas e dentes. Se você duvidar do que está escrevendo e abrir o tópico em mil e um argumentos diferentes, nem você, nem o avaliador irão compreender o seu texto.  

DICA: lembre-se de manter a ciclicidade do seu argumento durante todo o texto. O título deve conversar com todos os parágrafos do texto, inclusive com a etapa de conclusão.  

Esperamos que essas dicas ajudem você a manter a calma e arrasar no ENEM 2023. Você também pode conferir o Blog do Museu WEG para encontrar alguns desses temas e muitos outros assuntos sobre o mundo da ciência.  

DICA BÔNUS: lembre-se de que os portões se abrem às 12 horas e se fecham às 13 horas. Não se atrase!  

Fontes: 

FAESA – Como estudar para o Enem 2023: dicas, conteúdos e redação 
CNN Brasil – Como estudar para o Enem 2023: Veja 10 dicas práticas 
Brasil Escola – O que estudar para o Enem 2023 

Hidrostática: entenda os princípios de Pascal e Arquimedes e o teorema de Stevin

Conheça os conceitos de hidrostática e mergulhe nos princípios de Pascal e Arquimedes e o teorema de Stevin.

10 de agosto de 2023
...

hidrostática, ramo da física dedicado ao estudo dos fluidos em equilíbrio, oferece um olhar fascinante sobre os fenômenos que ocorrem no mundo líquido ao nosso redor. 

Compreender os princípios fundamentais por trás desses fenômenos nos permite desvendar desde a pressão exercida por fluidos confinados até a flutuabilidade dos objetos imersos.

Neste post blog, vamos explorar os conceitos fundamentais da hidrostática, além de compreender os princípios de Pascal e Arquimedes e o teorema de Stevin. Prepare-se para mergulhar nesse universo de conhecimento.

O que é hidrostática?

A hidrostática é um ramo da física que estuda os fluidos em repouso, ou seja, quando não há movimento. 

É graças a ela que é possível compreender o comportamento de líquidos e gases sob diferentes condições.

Para entender a hidrostática, é preciso compreender os seguintes conceitos: pressão, transmissão de pressão em fluidos, empuxo e variação.

Conceitos principais da hidrostática

Mergulhando mais afundo no conceito de hidrostática, nos deparamos com alguns termos de grande relevância para o estudo desta temática e, para ficar mais fácil o seu entendimento, explicaremos a seguir, de forma simples, o que significa cada um.

1. Pressão

A pressão é a força exercida por um fluido sobre uma determinada área. De forma resumida, a pressão é como uma força “espalhada”, onde a área aplicada é totalmente influente na quantidade de força sentida. 

Imagine que você esteja empurrando uma das paredes de uma piscina de criança, como a área é pequena, a pressão será ainda maior. Porém, se você empurrar a parede de uma piscina olímpica, a pressão se tornará muito menor. 

Na prática, a pressão é a força que um fluido (como a água ou o ar) exerce sobre uma área específica. Para calcular a pressão, você divide a força aplicada pela área em que ela atua. Quanto maior a força exercida ou menor a área, maior será a pressão.

Esse conceito é essencial para áreas como a engenharia hidráulica, possibilitando a projeção de sistemas mais eficientes e seguros que possibilitem transmitir força e controlar movimentos.

2. Transmissão de pressão em fluidos

Imagine que você tem um balão cheio de água e você pressiona uma parte dele com o dedo. 

Você perceberá que a pressão que exerceu não fica apenas no ponto em que você tocou, mas se espalha por todo o balão. Isso ocorre porque a pressão em um fluido é transmitida igualmente em todas as direções.

Um exemplo prático da utilização deste conceito está na construção de barragens. Quando a água enche o reservatório, ela exerce uma pressão hidrostática sobre as paredes da barragem. 

Graças à transmissão de pressão, essa pressão hidrostática é distribuída de maneira uniforme por toda a estrutura da barragem. 

Isso reforça que este princípio é fundamental na engenharia civil, especialmente na construção de barragens, garantindo a segurança e estabilidade dessas estruturas.

3. Empuxo

Sabe quando você pula na piscina e é “puxado” para cima? Isso é o empuxo. 

O empuxo depende de duas coisas: a densidade do fluido e o volume de fluido que o objeto desloca. Quanto maior a densidade do fluido, maior será o empuxo. Isso significa que quanto mais do objeto estiver imerso no fluido, maior será o empuxo.

Um exemplo prático do empuxo é o comportamento dos objetos flutuantes em um líquido, como um barco navegando sobre a água. 

O barco é projetado para ter um formato que empurra uma grande quantidade de água para baixo enquanto flutua. O empuxo que a água exerce sobre o barco ajuda a mantê-lo flutuando, mesmo sendo um objeto pesado.

4. Variação

A variação de pressão ocorre quando há diferença de pressão entre dois pontos em um mesmo fluido que está parado. Essa diferença de pressão é diretamente proporcional à diferença de altura vertical entre esses pontos e à densidade do fluido. 

Imagine um cano com água dentro. Se tivermos um ponto mais alto no cano e outro mais baixo, haverá uma diferença de altura entre eles. 

Essa diferença de altura influencia diretamente na diferença de pressão entre os dois pontos. Quanto maior a densidade do fluido, maior será a variação de pressão entre os pontos.

Na prática, a variação de pressão é aplicada em sistemas hidráulicos, que são sistemas que utilizam líquidos para transmitir força e energia. 

Agora que você já está por dentro dos principais conceitos de hidrostática, vamos entender os famosos princípios e o teorema deste tema.

Princípio de Pascal

O Princípio de Pascal nos diz que quando aplicamos pressão em um fluido que não pode ser comprimido, essa pressão é transmitida igualmente para todas as direções.

Isso significa que qualquer mudança de pressão aplicada em um ponto de um fluido confinado se propaga igualmente em todas as direções, sem perdas significativas. 

Esse princípio é fundamental para entender o funcionamento de sistemas hidráulicos, como freios de carros, macacos hidráulicos e prensas, que se baseiam na transmissão da pressão para gerar força e movimento.

A pressão se propaga uniformemente em todas as direções, o que se resume na seguinte fórmula: 

P₁ / A₁ = P₂ / A₂

NOMENCLATURA

P₁ = Pressão aplicada na primeira área

A₁ = Área correspondente à primeira pressão aplicada 

P₂ = Pressão resultante na segunda área

A₂ = Área correspondente à segunda pressão resultante

O Princípio de Pascal desempenha um papel crucial em nossa compreensão da pressão e sua aplicação prática na criação de máquinas e dispositivos úteis em várias áreas industriais.

Princípio de Arquimedes

O princípio de Arquimedes, estabelece que um objeto imerso em um fluido recebe um empuxo verticalmente para cima, igual ao peso do fluido deslocado pelo objeto. Em outras palavras, o princípio explica por que um objeto flutua ou afunda em um fluido. 

Se o peso do objeto for menor do que o empuxo exercido pelo fluido, o objeto flutua. Caso contrário, o objeto afunda. Ele é fundamental para entender a flutuação de barcos, o funcionamento de submarinos e até mesmo o equilíbrio do corpo humano imerso na água.

Sabe aquela sensação de flutuar que você sente ao entrar em uma piscina? Este é o empuxo agindo em você. A fórmula que representa essa força é:

E = ρ * V * g

NOMENCLATURA

E = Empuxo 

ρ = Densidade do fluido 

V = Volume de fluido deslocado pelo objeto 

g = Aceleração da gravidade 

Este princípio é aplicado em diversas áreas, como na construção de navios e submarinos, pois nos ajuda a entender como essas estruturas flutuam e se movimentam na água.

Teorema de Stevin

O teorema de Stevin, descreve a relação entre a pressão hidrostática e a altura de um fluido em repouso. Segundo ele, a pressão exercida por um fluido em um ponto depende apenas da altura do fluido acima desse ponto, e não do formato do recipiente ou da área de superfície. 

Em outras palavras, a pressão aumenta proporcionalmente à profundidade do fluido. Isso significa que quanto maior a altura do fluido, maior será a pressão exercida. 

O teorema de Stevin é importante para entender fenômenos como a pressão atmosférica, o funcionamento de barragens e o equilíbrio de líquidos em recipientes conectados em diferentes alturas. Essa relação pode ser expressa pela fórmula:

ΔP = ρ * g * Δh

NOMENCLATURA

ΔP = Variação da pressão

ρ = Pressão absoluta 

g = Gravidade 

Δh = Variação de altura

Um grande exemplo do Princípio de Stevin aplicado é o sistema hidráulico das casas. 

Para continuar aprofundando seus conhecimentos, não deixe de procurar pela palavra-chave “ENEM” em nosso blog, onde você encontrará mais conteúdos relevantes sobre física e outros assuntos cobrados nos vestibulares.

Continue explorando o blog do Museu WEG e desvende os segredos da ciência e da tecnologia. Ainda não está seguindo o Museu WEG no Instagram? Siga agora.

Fontes:

Hidrostática – Brasil Escola
Hidrostática – Toda matéria
Hidrostática – Conceitos, Stevin e Pascal

Conheça as Leis de Kirchhoff e aprenda como aplicá-las

Conheça os conceitos dos circuitos elétricos nas leis de Kirchhoff e explore a Lei dos Nós e a Lei das Malhas com exemplos práticos.

Quem está com a curiosidade a mil para descobrir os segredos elétricos por trás dos circuitos levante a mão o/. 

Se está procurando entender de modo simples e descomplicado as Leis de Kirchhoff para fazer sucesso no ENEM (ou só para adquirir mais conhecimento), este conteúdo é para você.

Antes de entrarmos no tema central, primeiro, você precisa entender um pouco sobre Circuitos Elétricos. Confira.

O que são Circuitos Elétricos?

Quando você pensar em circuitos elétricos, lembre-se de que são componentes eletrônicos (como capacitores e fontes de energia) nos quais todos estão conectados e prontos para gerar uma corrente elétrica. 

Existem dois tipos de circuitos principais: os em série e os em paralelo. 

Nos circuitos em série, os componentes são tipo um trenzinho, ficam um depois do outro, e a corrente elétrica passa por todos em sequência.

Já os circuitos em paralelo são diferentes. Neles, os componentes são tipo aqueles amigos inseparáveis, sempre lado a lado e que dividem tudo (neste caso, a corrente elétrica). 

Agora que você já sabe o que é um circuito elétrico, vamos conhecer um pouquinho Gustav Kirchhoff.

Quem foi Kirchhoff?

Gustav Kirchhoff foi um renomado físico e cientista alemão que nasceu no século XIX, na cidade de Königsberg, que teve uma contribuição significativa para o campo da física, especialmente no estudo da eletricidade e do magnetismo. 

Kirchhoff é conhecido por formular as Leis de Kirchhoff, que são fundamentais no entendimento e na análise de circuitos elétricos. Mas não é só por isso que ele é tão importante para o mundo da física e da ciência. 

Ao longo da sua carreira, fez importantes descobertas na área da física, sendo responsável por estabelecer conceitos fundamentais sobre a corrente elétrica e a lei da conservação da carga. 

Além disso, em parceria com Robert Bunsen, ele desenvolveu o espectroscópio, um instrumento que ajudou a identificar elementos químicos por meio de suas linhas espectrais.

Quais são as Leis de Kirchhoff?

As Leis de Kirchhoff são dois princípios básicos que regem o comportamento das correntes elétricas em um circuito. Em outras palavras, elas são como os detetives do mundo elétrico investigam as correntes e as tensões em um circuito. 

Sabe aquele momento em que você se pergunta como a eletricidade se comporta e como você pode realmente entender isso? É aí que as Leis de Kirchhoff entram em cena.

A primeira lei, também conhecida como Lei dos Nós, estabelece que a soma das correntes que entram em um nó de um circuito é igual à soma das correntes que saem dele.

Ou seja, a carga elétrica é conservada em um ponto de conexão entre os elementos do circuito como se fossem um “vai e vem” das correntes. 

Já a segunda lei, a Lei das Malhas, até poderia ser chamada de a “lei do equilíbrio” já que ela diz que a soma das diferenças de potencial elétrico em um percurso fechado de um circuito sempre será igual a zero.

Isso significa que toda a energia que a fonte de alimentação fornece é exatamente a mesma energia que os componentes do circuito consomem. É como se fosse uma balança perfeita na qual a energia entra de um lado e sai pelo outro sem sobrar nem faltar nada. 

Exemplos práticos das Leis de Kirchhoff

Chegou a hora de você ver um exemplo de cada uma das Leis de Kirchhoff para tudo ficar mais claro.

Exemplo da Lei dos Nós

Imagine um circuito simples com três resistores ligados em série em que existem as correntes I1, I2 e I3 passando pelos resistores. 

Segundo a Lei dos Nós, a soma das correntes que chegam ao ponto de conexão dos resistores tem que ser igual à soma das correntes que saem dali.

Então, na linguagem da elétrica, a equação fica assim:

I1 = I2 + I3

Exemplo da Lei das Malhas

Imagine um circuito em formato de triângulo, com três resistores (R1, R2 e R3) em cada uma das pontas. 

Cada resistor desses tem sua própria corrente elétrica (I1, I2 e I3). Como a Lei das Malhas nos diz que a soma das diferenças de potencial elétrico em cada caminho fechado do circuito precisa ser igual a zero, elas precisam se equivaler.

Nesse caso, seguindo o sentido horário, a primeira malha terá a seguinte equação:

(R1 x I1) – (R2 x I2) = 0

Já a segunda malha, a equação ficará:

(R2 x I2) – (R3 x I3) = O 

Para fechar o circuito, a terceira malha terá a equação:

(R3 x I3) – (R1 x I1) = 0 

Com a Lei das Malhas, é possível desvendar os mistérios de cada circuito mais complexo entendendo como a energia elétrica se comporta em cada componente. 

Tem dúvida sobre mais algum assunto cobrado no ENEM? Aqui no blog do Museu WEG, você encontra tudo que precisa para se preparar para a prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 

Não se esqueça de seguir o Museu WEG no Instagram, lá a gente sempre traz a explicação simplificada de assuntos cobrados em vestibulares e no ENEM.

Fontes:
Gustav Robert Kirchhoff – SO Física
Leis de Kirchhoff – Brasil Escola
Leis de Kirchhoff em Física – Descomplica

Quais são as 3 Leis de Kepler?

Saiba como as 3 leis de Kepler revolucionaram a astronomia e a compreensão do movimento dos planetas.

Johannes Kepler foi um matemático e astrônomo alemão que contribuiu significativamente para a compreensão do movimento dos planetas e para o desenvolvimento da astronomia moderna.

Alguns pensadores da época acreditavam que a Terra era o centro de todo o Universo, conhecido como Geocentrismo, e ficava parada enquanto o sol girava ao redor dela. Naquela época, a percepção religiosa era a única verdade.

Posteriormente, surgiu a ideia de que, na verdade, o Sol estivesse no centro e a Terra que era responsável por percorrer ao seu redor (Heliocentrismo). Mesmo que essa ideia fizesse muito mais sentido, na Idade Média, essa opinião ainda não era bem aceita pela igreja. 

Foi aceita quando o matemático Johannes Kepler provou, por meio de seus cálculos, que o modelo Heliocêntrico era o mais correto. Por meio desses estudos, ele então publicou as 3 Leis de Kepler

No conteúdo a seguir, você conhecerá um pouco mais sobre ele e entenderá as leis que ele instituiu a partir do seu estudo.

Quem foi Johannes Kepler?

Astrônomo e matemático alemão, Johannes Kepler nasceu em 1571. Auxiliar de Tycho Brahe, grande nome da astronomia da época, o professor Kepler assumiu os estudos de seu mentor após sua morte e assim começou a revolucionar o mundo da astronomia. 

Em 1609, publicou o livro Astronomia Nova, no qual se encontram suas duas primeiras leis e, em 1619, publicou seu maior trabalho, Harmonia do Mundo, no qual apresenta sua terceira e última lei. 

As 3 Leis de Kepler

Johannes Kepler trouxe para a ciência um estudo mais aprofundado do que Tycho Brahe, Ptolomeu e Nicolau Copérnico já vinham pesquisando anteriormente. 

Isso aconteceu após Kepler perceber que a velocidade orbital dos planetas ao redor da Terra não era constante, concluindo que a órbita dos planetas, na verdade, era elíptica e não perfeitamente circular. 

As 3 Leis de Kepler são destinadas ao movimento planetário, sendo definidas como Lei das Órbitas Elípticas (1), Lei das Áreas (2) e, por fim, Lei dos Períodos (3). Saiba mais sobre elas!

1ª Lei de Kepler: Lei das Órbitas Elípticas

A 1ª Lei de Kepler diz respeito ao formato das órbitas dos planetas que giram ao redor do Sol. Kepler deduziu que os planetas não giram em uma linha perfeitamente redonda ao redor do Sol, e sim de uma linha elipse, quase um desenho de um ovo.

Para ficar mais claro, desenhe um ovo em uma folha. Dentro do ovo, perto da borda superior, desenhe um sol e, exatamente na linha da borda inferior, desenhe a Terra. Pronto, agora você tem uma forma de visualizar o que estamos falando por aqui. 

O que é possível perceber com a 1ª Lei de Kepler é que, em determinados momentos, os planetas estarão mais afastados do Sol (conhecido como ponto Afélio), enquanto em outros eles estarão mais perto (conhecido como ponto Periélio).

Lei das Órbitas Elípticas: dica para o ENEM

Nos vestibulares, geralmente há uma pegadinha dizendo que, quando a Terra está no ponto Afélio, ela está no inverno e, quando ela está no ponto Periélio, ela está no verão. 

Isso está errado, fique atento! O que determina as estações do ano é a inclinação da Terra, e não o percurso orbital.

2ª Lei de Kepler: Lei das Áreas

Antes de aprofundar a explicação, pegue seu desenho de Ovo-Terra-Sol e faça uma linha da Terra em direção ao Sol. Agora faça mais uma Terra perto dessa primeira e mais duas Terras iguais, porém, ao lado do Sol (todas com uma linha individual que as ligue com o Sol).

Kepler definiu que a velocidade percorrida dentro dessas áreas desenhadas é sempre igual. É por isso que a Lei das Áreas diz que a velocidade do percurso dessa linha que liga a Terra com o Sol é sempre igual. 

Quanto mais perto do Sol (ponto Periélio), maior será a velocidade percorrida pelo planeta; quanto mais longe (ponto Afélio), mais devagar ele irá andar. 

Essa é a Lei que, para muitos físicos, é conhecida como a mãe da astrofísica. Além disso, essa Lei foi muito importante para que Newton descobrisse a Gravidade e, posteriormente, Einstein desenvolvesse a sua Lei da Gravidade Geral.

3ª Lei de Kepler: A Lei dos Períodos

Pegue o seu desenho de Ovo-Terra-Sol e imagine que suas Terras estejam andando pela linha do ovo. Perceba que, conforme a Terra vai caminhando, as linhas imaginárias desenhadas vão mudando de tamanho. 

Esta é a 3ª Lei de Kepler: conforme acontece o movimento orbital, a distância entre a Terra e o Sol sofre uma mudança. Quando a Terra está no Afélio, é possível ver uma distância bem grande entre ela e o Sol, mas, quando ela está no Periélio, essa distância fica bem curtinha. 

Quanto mais longe o planeta estiver do Sol (Afélio), maior será o tempo que ele levará para percorrer a órbita. Essa distância é chamada de Período. Esta é a fórmula final dessa Lei:

T²/r³=K

NOMENCLATURA:

T = Período orbital (distância entre a Terra e o Sol) 

r = Raio médio da órbita 

K: Valor constante (velocidade de todos os corpos que orbitam a Terra) 

Para descobrir o valor da constante (K), você pode seguir a seguinte fórmula:

K= 4²/GMs

NOMENCLATURA:

G = Constante da gravitação do Universo M = Massa do Sol

A Lei dos Períodos: Dica para o ENEM

Para não se perder com tantas fórmulas, você pode resumi-las em apenas uma: 

T²/R³= 4π²/GM

E aí? Curtiu este conteúdo? Então corra para o Blog do Museu WEG e encontre mais assuntos como este! Você também pode seguir o Instagram do Museu WEG para sempre ficar por dentro das novidades que saem por aqui. 

Fontes:

Leis de Kepler – InfoEscola

Leis de Kepler – Brasil Escola

Leis de Kepler: quais são? – Stoodi

Fenômenos Ondulatórios: Entenda o que são e quais os tipos existentes

Descubra a incrível ciência das ondas: entenda o que são fenômenos ondulatórios e saiba quais são os tipos existentes. Acesse agora nosso blog!

Os fenômenos ondulatórios são os princípios da física representados por ondas. Existem diversos tipos de ondas, como por exemplo, a voz humana ou o micro-ondas. 

Enquanto a voz humana emite as ondas sonoras, ondas que criam uma perturbação nas moléculas de ar que se propagam até o ouvido humano, o micro-ondas já lida com uma onda diferente, trabalhando apenas com ondas eletromagnéticas, gerando calor. 

Existem também as ondas físicas, como a de balançar uma corda, as ondas do mar, entre outros exemplos (que são cobrados no ENEM). Agora que você já entende o conceito de ondas, vamos conhecer os tipos de fenômenos ondulatórios? Continue a leitura!

Tipos de Fenômenos Ondulatórios

Os fenômenos ondulatórios são divididos em 7 tipos, mas os mais importantes (em grau de relevância para o ENEM) são 3: Reflexão, Refração e Difração. Confira!

Reflexão

A reflexão é uma onda que bate em um objeto e retorna para o seu local de origem. Para ficar mais claro, pense na última vez que você ouviu o eco da sua voz. Você falou algo, sua voz se projetou através de uma onda sonora, bateu em um obstáculo e voltou para você.

Como a onda “não mudou de meio”, a sua velocidade, a sua frequência e o seu comprimento de onda permanecem sendo os mesmos. Você pode decorar esse conceito pensando no seguinte: quando você se olha no espelho, você encontra uma imagem exata sua, ou seja, nada mudou. 

Refração

Diferente da Reflexão, a Refração acontece quando um objeto reflete uma parte da onda e deixa que outra parte dela o atravesse distorcendo a direção original. 

A grande sacada aqui é entender que, como o “meio irá mudar”, a velocidade e o comprimento de onda irão mudar mantendo apenas a frequência igual à que estava antes. 

Para ficar mais claro, pense em uma lente que reflete a luz azul. Uma pessoa que usa óculos com essas lentes geralmente vê um reflexo na cor azul em cada lente (o reflexo da luz), mas também consegue enxergar o atravessar da luz para os olhos.

Difração

O oposto de Reflexão, a Difração refere-se a uma onda que atravessa um objeto refletindo parte da energia e absorvendo uma pequena quantidade dela, enquanto a maior parte dessa onda segue o percurso normalmente. 

Ela contorna um obstáculo e, como sofre uma perturbação, gera um espalhamento das ondas. A difração “é ainda mais intensa quando o comprimento de sua onda tem valor próximo ou maior que as dimensões da fenda por onde ela está passando”. 

Para ficar claro, pense em duas pessoas conversando, uma de cada lado de um muro. Mesmo que não se vejam, ambas conseguem se ouvir, pois as ondas sonoras conseguem atravessar o muro. 

Polarização

A polarização funciona como uma peneira na qual as ondas transversais são filtradas. É como se a polarização fosse uma difração direcionada. Enquanto a difração espalha a onda, a polarização a direciona para apenas uma direção.

Dispersão

Ligada diretamente à velocidade de propagação de uma onda, a dispersão acontece quando várias ondas com velocidades diferentes se unem e geram uma onda única alterando a sua velocidade de propagação.

Interferência

Para ficar mais fácil de entender a interferência, lembre-se da cena em que Harry Potter e Lord Voldemort têm suas varinhas ligadas por dois feitiços diferentes. A interferência acontece dessa forma. 

No fim de Harry Potter e As Relíquias da Morte – Parte 2, o feitiço de Harry sobrepõe o de Voldemort exatamente como acontece com um fenômeno de interferência. 

Em palavras mais técnicas, a interferência acontece quando há uma sobreposição entre duas ou mais ondas, transformando ambas em uma onda resultante. 

Diferente da polarização, na interferência, é possível que ela seja uma onda que soma a amplitude das demais ondas (interferência construtiva) ou pode ser a diferença entre as amplitudes das ondas anteriores e a amplitude da onda unificada (interferência destrutiva).

Ressonância

A ressonância é como se fosse um amplificador de frequência no qual a frequência natural da onda receberá uma excitação que a ampliará. 

Qual é a diferença entre Fenômenos Ondulatórios Mecânicos e Eletromagnéticos?

A onda mecânica necessita de uma interferência para acontecer (como jogar uma pedra em um rio para ver as ondas), as ondas eletromagnéticas são aquelas que lidam com o eletromagnetismo (ondas de rádio). 

Em outras palavras, os fenômenos ondulatórios mecânicos “precisam de um meio para se propagar”, enquanto os fenômenos ondulatórios eletromagnéticos “não precisam, podendo se propagar até no vácuo”. 

Curtiu este conteúdo? Então dê uma conferida no Blog do Museu WEG para encontrar mais assuntos que são cobrados no ENEM. 

Você também pode seguir o Museu WEG no Instagram, lá sempre são compartilhadas pegadinhas do mundo da ciência que geralmente são usadas em vestibulares. 

Fontes:

Fenômenos ondulatórios – Globo Educação

Fenômenos Ondulatórios na Prova do Enem – InfoEnem

Fenômenos ondulatórios – Mundo Educação

O que é Energia Mecânica e quais são seus principais fundamentos?

Entenda de uma vez por todas o que é energia mecânica e como ela funciona o seu dia a dia. Venha aprender com o Museu WEG!

A natureza é tão perfeita que, em cada canto do planeta, existe alguma energia sendo transferida ou transformada a todo instante. É isso mesmo! A energia é transferida de um corpo para outro ou transformada de um tipo para outro. E você nem precisa ir tão longe na imaginação para encontrar exemplos. 

É o caso da roda gigante do Beto Carrero. Se nós lhe contássemos que ela funciona por meio da transferência de energia, você acreditaria? 

É justamente sobre esta transferência ou transformação de energia que falaremos hoje. Para aprender mais sobre o que é energia mecânica, continue a leitura!

O que é Energia Mecânica? 

A energia mecânica, de modo bem simples, é a energia produzida pelo trabalho de um corpo e que pode ser transferida para outro. O que isso quer dizer na prática? Significa que a energia contida num corpo em movimento pode ser transferida para outro corpo, que também passa a se mover. Como por exemplo, a água que cai sobre uma roda d’água e faz com que esta gire. 

No dia a dia, estamos constantemente rodeados por trabalhos da energia mecânica e, para deixar tudo ainda mais claro, com base nas motivações desses movimentos, essa grandeza foi dividida em três vertentes diferentes: energia cinética, potencial gravitacional e potencial elástica. 

Energia Cinética

A energia cinética está ligada à massa e à velocidade, ou seja, está totalmente ligada ao movimento que um corpo está exercendo no espaço. E esta energia pode ser transferida de um corpo para outro.  

Para ficar mais claro, imagine um jogo de sinuca. Você exerce a força no taco acertando a bola branca e, quando a bola branca atinge as demais bolas da mesa, sua energia cinética é transferida para as demais levando-as ao movimento e desacelerando a bola branca. 

É como se a bola branca “doasse” parte da sua velocidade para que as outras bolas entrem em movimento. A fórmula da energia cinética é:

Ec = m.v²/2

Tabelinha da nomenclatura:

Ec =  Energia cinética 

m = Massa 

v = Velocidade 

Energia Potencial Gravitacional

Já a energia potencial gravitacional é a forma de energia associada à altura do corpo com relação ao solo. Lembra da montanha russa?

Quando o carrinho está subindo, sua energia potencial gravitacional está aumentando, pois sua altura em relação ao solo está aumentando. quando o carrinho desce puxado pela gravidade, ele aumenta sua velocidade, transformando a energia potencial gravitacional em energia cinética. 

A fórmula da energia mecânica potencial gravitacional é:

Epg = m.g.h

Tabelinha da nomenclatura:

Epg=  Energia potencial gravitacional  

m = Massa 

g = Aceleração da gravidade 

h = Altura 

Energia Potencial Elástica

Por fim, a energia potencial elástica é a forma de energia que é adquirida por corpos elásticos ou flexíveis capazes de retornarem ao seu formato original após sofrerem algum tipo de deformação, como por exemplo molas e elásticos.  

Um grande exemplo da energia potencial elástica está no uso de um arco e flecha. Ao puxar a corda, o arco deforma-se como uma mola. Ao soltar, volta à sua forma original gerando o movimento da flecha. Neste caso a energia potencial elástica do arco transforma-se em energia cinética transferida para a flecha. A energia potencial elástica depende da constante elástica do corpo, bem como do tamanho da deformação sofrida por ele. A fórmula da energia mecânica potencial elástica é:

Epel = k.x²/2

Tabelinha da nomenclatura:

Epel =  Energia potencial elástica 

k = Constante elástica 

x = Deformação 

Você pode aprender na prática sobre energia mecânica visitando o Museu WEG. Em exposição, contamos com a experiência de uma bicicleta que, ao ser pedalada, transforma energia mecânica de movimento (energia cinética) em energia elétrica. É BEM legal! Chame seus amigos e venha conferir! 

Você também pode conhecer o Museu WEG pelo Tour Virtual. Assim você aprende tudo sobre motores elétricos e confere todas as obras em exposição e visita no Museu WEG sem sair de casa. Para acessar o Tour Virtual, é só clicar aqui

Gostou deste conteúdo? Então não se esqueça de seguir o Museu WEG no Instagram! Assim você sempre será avisado em primeira mão sobre todos os novos conteúdos publicados no Blog do Museu.

Fontes:

Energia mecânica – PrePara Enem

Os tipos de energia mecânica – Plataforma Enem

O que é energia mecânica? – Brasil Escola

O que é eletrostática e quais seus princípios?

Descubra o que é eletrostática e aprofunde seus conhecimentos sobre esse ramo da física que estuda comportamento de cargas elétricas.

Quem curte estudar física, com certeza já se deparou com o tema eletrostática em algum momento da vida. Mesmo quem nunca ouviu o termo, com certeza já presenciou algum exemplo prático no seu dia a dia.

Friccionar as meias no tapete, esfregar o balão no cabelo e sentir os pelos do braço se aproximando da televisão são alguns dos diversos exemplos que as pessoas geralmente experimentam, mas que, na maioria das vezes, não associam ao estudo da ciência.

Quer compreender o porquê destas experiências serem tão relevantes para o ensino da eletrostática e finalmente entender o que é eletrostática? Continue a leitura!

O que é eletrostática?

Eletrostática é um ramo da física destinado ao estudo do comportamento de cargas elétricas em repouso, ou seja, que se mantém “paradas”. O nome “Eletrostática” literalmente é uma junção entre “eletro” (eletricidade) + “estática” (parada).

Você deve estar se perguntando: mas como uma energia parada, estável, pode gerar ações como arrepiar os pelos do braço ou dar choques em outras pessoas?

A resposta é que a eletrostática acaba sendo alterada quando essas cargas entram em movimento, resultando em uma corrente elétrica.

É justamente nesta etapa em que a “eletrostática” muda para a “eletrodinâmica”. Para ficar bem claro de entender, pense na eletrostática como uma pessoa tirando um cochilo e a eletrodinâmica como a sua reação ao ouvir o despertador.

Curiosidade: a história da eletrostática

Antes de entrarmos em um assunto técnico, nada melhor que passear pela história da eletrostática!

Como este ramo da física é bem abrangente e antigo, é difícil apresentar com certeza quem realmente foi o descobridor deste estudo de energias estáticas.

Porém, conforme estudos de Maurício Ruv Lemes, o descobridor da eletrostática foi Tales, em 600 a.C. Tales concluiu a existência da eletrostática ao atrair restos de palha após triturar o âmbar.

Séculos e mais séculos depois, diversos estudiosos publicaram conteúdos relevantes sobre o assunto, mas se formos apresentar todos eles, ficaremos aqui por muito tempo. Então, vamos focar só em Tales!

Propriedades da eletrostática

A eletrostática é composta por algumas propriedades específicas destinadas à compreensão deste ramo da física: a Carga Elétrica, a Força Elétrica, o Campo Elétrico, o Potencial Elétrico e a Energia Potencial Elétrica.

Ficou confuso? Então confira o que cada uma delas abrange:

Carga Elétrica

Representada como Coulomb (C), esta é uma propriedade própria das partículas fundamentais de uma matéria, como a massa de um corpo, os elétrons e prótons presentes, entre outras.

Diferente de outras propriedades físicas, a Carga Elétrica é limitante, abrangendo apenas corpos que possuem um valor mínimo (que é BEM pequeno). A famosa Carga Fundamental. Você pode calcular a Carga Elétrica de um corpo seguindo a equação:

Q = n . e

Tabelinha de nomenclatura:

Q = Carga Elétrica (medido em C)

n = Quantidade de elétrons

e = Carga fundamental

Força Elétrica

Sabe aquele conceito de “os opostos se atraem”? Na física isso também é verdade!

Quando corpos diferentes contam com a mesma carga elétrica, eles se repelem, e o oposto acontece quando a carga elétrica é diferente. Isso ocorre porque todos os corpos estão constantemente tentando se equivaler, energeticamente falando.

É justamente por isso que levamos choques ao tocar em algumas pessoas, por exemplo. Para calcular a Força Elétrica é só seguir a fórmula:

F = k . (q1 . q2) / d²

Tabelinha de nomenclatura:

F = Força Elétrica (medida em N)

k = Constante Eletrostática no Vácuo

q1 e q2 = Cargas Elétricas 1 e 2 (medida em C)

d = Distância entre as Cargas (medida em M)

Campo Elétrico

Como você já deve ter percebido na explicação de Força Elétrica, no mundo da física, toda carga elétrica influencia, de alguma forma, o espaço em que está inserida. Isso acontece graças ao seu Campo Elétrico.

De forma bem resumida e simples, o Campo Elétrico é a influência exercida ao redor de cada corpo, de cada carga elétrica.

E = (k . Q)/d²

Tabelinha de nomenclatura:

E = Intensidade do Campo Elétrico (Medida em N/C)

k = Constante Eletrostática no Vácuo

Q = Módulo da Carga (C)

d = Distância entre a Carga e um Ponto do Campo

Potencial Elétrico

O Potencial Elétrico de um corpo é uma quantidade de energia fornecida por um campo elétrico, ou seja, é a quantidade necessária de força que precisa ser exercida para que a carga elétrica entre em movimento.

A fórmula que possibilita este cálculo é:

U = k . Q/d

Tabelinha de nomenclatura:

U = Potencial Elétrico (medido em V)

k = Constante Eletrostática no Vácuo

Q = Carga Elétrica Geradora (medida em C)

d = Distância entre a Carga e um Ponto do Campo (medida em M)

Energia Potencial Elétrica

E, por fim, chegamos à propriedade de Energia Potencial Elétrica que, nada mais é que a energia gerada pela fixação entre duas cargas elétricas.

Esta propriedade física diz respeito àquela partícula que já está inserida em um campo elétrico, ou seja, que necessitará da realização de um Trabalho para que ela entre em movimento. Para calcular a Energia Potencial Elétrica, é só seguir a fórmula:

V = Ep/Q

Tabelinha de nomenclatura:

V = Potencial Elétrico (medido em V)

Ep = Energia Potencial Elétrica (medida em J)

Q = Carga Elétrica (medida em C)

Você sabia?

No Museu WEG você pode experienciar uma invenção de manifestação da energia eletrostática com o Gerador de Van de Graaff.

Desenvolvido para atingir tensões mais elevadas de energia, Jemison Van de Graaff, em 1929, criou este tão conhecido e querido experimento presente no Museu WEG.

De forma prática, o Gerador Van de Graaff é um motor que, ao movimentar uma correia feita de material isolante, alcança altas tensões. A experiência prática resulta no arrepio dos pelos do corpo, sendo muito divertida e educativa para exemplificar o estudo da eletrostática.

Você pode ver de perto o Gerador Van de Graaff acessando o Tour Virtual do Museu WEG! Assim você aprende mais e conhece este experimento sem sair de casa!

OBS: É bem mais legal experienciar o Gerador Van de Graaff pessoalmente no Museu WEG.

Curtiu este conteúdo? Então não deixe de seguir o Museu WEG no Instagram! Assim você sempre será avisado quando assuntos como este estiverem disponíveis.

Fontes:

Eletrostática – PreparaEnem

Eletrostática – Mundo Educação

Eletrostática – Brasil Escola

O que é eletrostática? Aprenda como as cargas elétricas se comportam! – Beduka

A Ciência Explica: por que terremotos acontecem?

Os terremotos podem causar efeitos catastróficos. Acesse e entenda o que são e por que terremotos acontecem!

Os terremotos são eventos geológicos que podem causar efeitos catastróficos, tanto no ambiente como também na sociedade. Dependendo da intensidade, pode-se observar graves desastres causadores de mortes e destruição.

No Japão, em 2011, um terremoto de grande magnitude foi tão avassalador que ocasionou um dos maiores tsunamis da história da humanidade, chegando a uma velocidade média de 800 km/h, com ondas de até 10 metros de altura.

Paralelo a isso, existem terremotos de pouquíssima intensidade, que podem ser imperceptíveis. Esses fenômenos naturais, normalmente, geram muitas dúvidas, como, por exemplo: por que terremotos acontecem? Continue a leitura e compreenda!

O que são e por que acontecem os terremotos?

O mundo é dividido em camadas, como diria o Shrek é como uma cebola: abaixo da superfície, ou seja, abaixo de onde vivemos, encontra-se a crosta terrestre.

A crosta terrestre possui rachaduras e é formada por vários blocos, chamados de Placas Tectônicas. Essas placas flutuam em um líquido chamado de magma, aquele mesmo líquido que, durante uma erupção, os vulcões expelem.

Devido a essa flutuação, existem momentos em que as placas podem colidir entre si, e é graças a essa colisão que acontecem os terremotos. Na nomenclatura científica, os terremotos são chamados de abalos sísmicos.

Para ficar mais claro, pense em uma prancha de surf sobre a água, onde a prancha de surf é a placa tectônica e a água é o magma.

Como essa prancha de surf está sobre uma superfície volátil, é normal que ela continue se mexendo, o que facilita que, quando outra prancha cruze seu caminho, às duas se batam.

A força do choque dessas duas ou mais placas tectônicas é tão forte que pode ser sentido através de tremores na superfície onde vivemos, o que nós chamamos de terremotos.

Além dos terremotos causados por processos internos (chamados de tectônicos), também existem terremotos atectônicos, que são fenômenos que acontecem com base nos eventos externos, como desabamento de rochas, por exemplo.

Como é medida a intensidade da magnitude de um terremoto?

A intensidade da magnitude de um terremoto é medida através do sismógrafo, onde seus dados serão analisados com base na Escala Richter (que, teoricamente, é medida entre 0 e 10) ou na Mercalli (que foca em medir o poder de destruição dos terremotos, entre I e XII).

Diz-se teoricamente porque nunca ocorreu de fato um terremoto que chegasse ou ultrapassasse o 10, sendo que o terremoto mais forte já catalogado, que aconteceu em 1950, no Chile, apresentou 9,5 graus na Escala Richter.

O sismógrafo é um aparelho que mede com precisão as falhas geológicas da terra, possibilitando a análise em três tipos de movimentos diferentes do solo: o horizontal norte-sul, o horizontal leste-oeste e o vertical cima-baixo.

Mesmo com a sua precisão em captar os tremores da terra, ainda não é possível prever quando esses tremores terrestres irão acontecer, apenas acompanhar e catalogar as áreas mais propensas aos fenômenos.

Gostou desse conteúdo? Então siga o Museu WEG no Instagram para se manter atualizado sobre todas as novidades!

Fontes:

Terremotos – Escola Kids

Terremotos – PrePara Enem

Terremotos – Brasil EscolaTerremotos – Secretaria da Educação

Conheça os principais métodos de ensino do Brasil

Conheça os fundamentos e os objetivos dos principais métodos de ensino do Brasil.

O direito à educação foi universalizado nos últimos 100 anos em diversos países do mundo, ou seja, o que antes era restrito a um pequeno número de pessoas passou a ser uma oportunidade para grande parte da população em idade escolar ou não.

Nesse tempo, muitos educadores transformaram a educação pelo mundo. No Brasil, o surgimento das novas escolas resultou em diferentes metodologias de ensino com propostas distintas, mas com o mesmo objetivo: ensinar. Inclusive, é comum que esses métodos sejam utilizados de maneira mesclada nas escolas. 

Conheça agora os fundamentos e os objetivos dos principais métodos de ensino do Brasil

O que são métodos de ensino?

Para começar, precisamos entender que um método de ensino é o caminho pelo qual se atinge os objetivos de ensino/aprendizagem. Ou seja, o método é um conjunto de ações de ensino que visam garantir que o aluno esteja aprendendo. 

Eles também tornam a aula mais dinâmica e interessante. Ao conhecer os diferentes métodos de ensino, o educador pode promover diversas experiências e oportunidades de aprendizado para seus alunos. Vamos conhecê-los?

Método 1 – Tradicional

A abordagem de ensino tradicional é predominante no país. Seu objetivo está em preparar o aluno para a vida em sociedade por meio de uma relação hierárquica. Nela, o foco está no professor, que detém conhecimentos e repassa-os ao aluno.

O conteúdo é apresentado igualmente para os alunos que recebem metas e prazos para cumprir suas atividades, que são verificadas, avaliadas e pontuadas. Sem atingir a meta mínima, o aluno é reprovado.

Nessas instituições, o aluno é preparado para ir bem em provas como o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e o vestibular.

Método 2 – Construtivista

Desenvolvida pelo pensador suíço Jean Piaget. A abordagem construtivista traz a ideia central de que o conhecimento é uma construção e que as crianças têm um papel ativo no processo de aprendizagem.

Nela, o conhecimento é ativamente construído pelo sujeito que está aprendendo, e o professor tem o papel de mediar as atividades que estimulem o aprendizado. Cada estudante é visto como alguém que tem um tempo único de aprendizado, e o trabalho em grupo é valorizado.

O construtivismo considera que o desenvolvimento cognitivo acontece por meio de um movimento que Piaget classifica como assimilação e acomodação. Nela, são criadas situações em que o estudante é estimulado a pensar e a solucionar os problemas propostos.

Nessas instituições, também há provas e reprovação.

Método 3 – Montessoriano

Criado pela educadora italiana Maria Montessori, o método de ensino montessoriano dá maior autonomia à criança, que é estimulada pelos adultos a buscar sua autoformação e construção. Assim, ao aprender sozinha, desenvolve seu conhecimento por meio da curiosidade e da independência.

Isso porque o método montessori acredita que é agindo que se adquire o conhecimento. Ao adulto, cabe ordenar e atribuir dificuldade crescente às atividades, respeitando o ritmo de cada aluno.

As classes têm crianças de idades diferentes, e o ambiente da sala de aula é preparado para que o aluno tenha a possibilidade de vivenciar diversas experiências. 

Exemplo de sala de aula seguindo o modelo montessoriano.

Tanto os objetos quanto o mobiliário da sala de aula são feitos em tamanhos e formatos adequados para a criança ter autonomia sobre eles. Neste método, a avaliação é feita a partir da observação dos professores.

Método 4 – Waldorf

Desenvolvido pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner, o método Waldorf ficou conhecido em todo o mundo por visar o desenvolvimento integral do aluno, formando as crianças para a vida.

Nele, procura-se equilibrar os aspectos cognitivos (capacidade de adquirir conhecimento) com o desenvolvimento de habilidades artísticas por meio de atividades corporais, manuais, musicais, contato com a natureza e artesanato, por exemplo, além das disciplinas exigidas pela Lei de Diretrizes e Bases (legislação que regulamenta o sistema educacional do Brasil).

São aplicados testes e provas em algumas matérias, e os pais têm papel fundamental para estimular as habilidades dos estudantes em casa.

A avaliação do aluno engloba a execução de trabalhos, o empenho em aprender, o comportamento e a atitude diante das tarefas solicitadas.

O professor acompanha a mesma turma por toda uma etapa (elas são divididas de 0 a 7 anos, de 7 a 14 e de 14 a 21 anos).

Método 5 – Freinet

Apesar de não ser exatamente uma linha pedagógica, o método do pedagogo francês Célestin Freinet também é utilizado em algumas escolas. Ao colocar em prática seus conceitos, o aprendizado acontece por meio do trabalho e da cooperação.

Ou seja, a criança é incentivada a compartilhar suas produções com os colegas de sua classe, de outras turmas ou de escolas diferentes.

Escolas que se identificam com o pensamento de Freinet valorizam também o desenvolvimento da capacidade de análise pelos estudantes.

Algumas atividades comuns são, por exemplo, estudos de campo nos quais as aulas acontecem em locais fora da sala de aula; elaboração de jornais em grupo e debates.

Neste caso, as avaliações levam em conta o progresso do aluno em comparação a seu desempenho anterior, e não em relação aos demais alunos.

Método 6 – Ensino Freireano

O pedagogo Paulo Freire é um dos intelectuais brasileiros mais respeitados no mundo todo graças a sua metodologia de ensino. O método freireano foi criado pelo brasileiro na década de 1960. 

Neste método, a alfabetização não ocorre somente a partir de letras, palavras e frases, mas também com base no dia a dia do estudante, levando em conta sua realidade e os problemas que enfrenta. Outra característica é o diálogo entre aluno e educador, isto é, há uma relação horizontal entre eles.

Na educação freireana, o foco está na liberdade e na autonomia. O professor não é apenas quem faz a mediação do conhecimento, ele também aprende com o aluno a partir do compartilhamento de suas vivências e sabedoria popular.

Bônus: educação não formal

A educação não formal ocorre fora do sistema tradicional de ensino. O processo de ensino e aprendizagem é feito de maneira organizada, mas sem seguir vários requisitos formais, não substitui outros métodos formais, mas existe para complementá-los.

Alunos em visita ao Museu WEG.

Este tipo de educação acontece por meio do desenvolvimento de atividades fora do ambiente escolar, como ONGs, instituições religiosas, visitas a espaços públicos e privados, museus e outras alternativas.

A educação não formal utiliza ferramentas didáticas atrativas, e os espaços devem ser prazerosos para aumentar o interesse dos alunos.

É por isso que o Museu WEG também atua em parceria com os professores para complementar as atividades propostas em salas de aula de maneira divertida e interativa. 

Entre em contato e conheça nossas oficinas educativas on-line e presenciais. Clique aqui para saber mais. 🙂