Os oceanos representam 70% da superfície do nosso planeta. São muito vastos e profundos e, apesar dos estudos, ainda não conhecemos todo o oceano.
Se você pesquisar sobre o motivo na internet, provavelmente irá encontrar várias teorias horripilantes sobre monstros marinhos e que, devido a isso, os cientistas teriam prioridade em pesquisar e observar o espaço. Mas será que é verdade?
Na realidade, essa visão é bem romantizada e digna de um filme de terror, mas não é o real motivo para ainda não conhecermos nossos oceanos a fundo. Quer saber mais? Continue a leitura!
O interesse referente as explorações marítimas
Nos últimos anos, o interesse pelas explorações marítimas aumentou. Muito além das suposições e das lendas urbanas, o maior motivo para que o fundo do oceano seja explorado é pela possibilidade de encontrar recursos minerais, que ficam mais escassos a cada dia.
Graças ao desejo da indústria de continuar produzindo, a exploração dos oceanos já está se tornando uma espécie de “corrida do ouro”.
Acredita-se que, no fundo do mar encontram-se sedimentos que contém elementos como manganês, ferro, cálcio e outros metais necessários na produção de equipamentos eletrônicos de robótica e aeroespaciais.
Em 2019, a Comissão Jurídica e Técnica da ISA (criada pela ONU para garantir o Direito do Mar, estando responsável por regular a exploração de atividades de mineração no oceano) começou a projetar um código de mineração que irá equilibrar a busca por minerais, garantindo a máxima proteção ambiental.
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O quanto exatamente conhecemos dos oceanos?
Prepare-se para ficar chocado: menos de 10%.
Chega a ser bizarro comparar o quanto conhecemos do solo lunar e o quanto conhecemos dos nossos próprios oceanos. Mesmo nos dias de hoje, ainda conhecemos o oceano em apenas 200 metros de profundidade.
Você deve estar se perguntando: ué, mas como eu estudei na escola sobre o fundo do mar?
A resposta é que, mesmo não conseguindo alcançar o fundo, é possível prever e deduzir o que há por lá graças ao uso de satélites.
Analisando o relevo do fundo do mar, estima-se que a profundidade média do oceano seja de 3,8 km, sendo que na Fossa das Marianas (o local mais profundo do mundo) a profundidade chegue a 11 km.
Caso você esteja achando pouco, tenha em mente que o Monte Everest tem pouco mais de 8 km de altitude, ou seja, a Fossa das Marianas é mais profunda do que o Monte Everest é alto.
Os recursos que mais têm auxiliado nessa exploração foram: os sonares, que usam a emissão de sondas acústicas na água; a utilização da batimetria, que fornece dados sobre a profundidade; e o uso dos veículos autônomos subaquáticos, que possibilitam o mapeamento do fundo do oceano.
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Por que não conhecemos todo o oceano?
Por mais incrível que possa parecer, viajar em direção ao centro da Terra é mais complicado que sair dela. Esse fenômeno acontece devido à pressão presente no fundo do oceano.
Já parou para perceber que quando você mergulha até o fundo da piscina, os seus ouvidos começam a ser pressionados? Mesmo com poucos metros de profundidade, já é possível sentir a pressão que vai aumentando gradativamente.
Agora imagine mergulhar até o fundo da Fossa das Marianas: você seria atingido por 1.000 vezes a pressão exercida na superfície terrestre da Terra, ou seja, você viraria um patê.
Mesmo com o avanço da ciência e da tecnologia, ainda não foi desenvolvido nenhum material que suportasse uma pressão tão elevada quanto essa.
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Fontes:
Mais de 80% do oceano ainda é desconhecido. Entenda o porquê! – Canaltech
Por que grande parte do oceano permanece inexplorado? – Tempo.com
Fundo do mar é mais desconhecido que solo lunar, dizem especialistas – G1