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Museu WEG participa da 14ª Primavera nos Museus

Participar da Primavera dos Museus é uma oportunidade ímpar para que museus se aproximem da comunidade, estreitando laços sociais, culturais e afetivos. Há alguns anos o Museu WEG participa da ação anual. Coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM, ela visa mobilizar os museus brasileiros a elaborarem programações especiais voltadas para um mesmo tema.

Neste ano, a iniciativa vem com o tema “Mundo Digital: Museus em Transformação”, e o desafio da edição é consolidar a comunicação digital como canal fundamental de presença e interação entre as instituições e seus públicos. Visto o momento pelo qual passam a sociedade e os museus, devido à pandemia causada pelo Covid-19, este ano, em especial, todos os museus participantes irão desenvolver apenas atividades em ambiente virtual. 

Por estarmos na era digital, é visto que museus tradicionais precisam se transformar e criar novas formas de apresentar seus conteúdos e engajar seus visitantes.  Um museu que disponibiliza seu conteúdo on-line não transfere a experiência para o universo tecnológico, mas agrega novos olhares sobre a visitação, alcançando pessoas que não podem fazer a visita pessoalmente.

Ciência e Tecnologia em casa

Para ir ao encontro do tema da 14ª Primavera nos Museus, o Museu WEG preparou um conteúdo super especial para que o público possa aprender e reproduzir experiências em seus lares. No primeiro dia da Primavera, 21 de setembro, as redes sociais do museu vão começar a receber a programação com o tema #ciênciaetecnologiaemcasa. 

Durante as próximas semanas o público poderá assistir a vídeos que vão ensinar algumas curiosidades e experiências que podem ser reproduzidas com segurança e poucos materiais. Os vídeos foram gravados visando passar adiante um pouquinho do conhecimento que também é tratado durante as visitas e ações educativas do museu. Eles serão publicados a cada sexta-feira, contemplando a programação da Primavera nos Museus. 

Quer ter uma ideia do que vem por aí? Fique ligadinho que no dia 25 de setembro publicaremos o nosso primeiro vídeo.

Encontro com a Rede de Educadores de Museus

Ao longo dos últimos meses fomos conhecendo e nos adaptando a ferramentas digitais e online. Mas e depois quando a pandemia passar, como lidaremos com isso? Nos parece que estes questionamentos voltados às nossas ações presentes e futuras precisam ser debatidos de forma coletiva e colaborativa.  Para fomentar esse debate, a Rede de Educadores em Museus de Santa Catarina (REM/SC) em uma ação conjunta com o Museu WEG de Ciência e Tecnologia realizará um encontro de educadores tendo como convidados especiais a equipe do projeto Museus Virtuais. Este projeto, produzido pelo do Instituto Maratona Cultural, já vinham explorando os recursos digitais e plataformas online antes mesmo da pandemia.

Além de conhecer esta experiência e participar do debate sobre a temática, os inscritos poderão conhecer a trajetória do Museu WEG e o que o museu vêm fazendo para atrair as escolas, professores e alunos enquanto as visitas presenciais não voltam a acontecer. 

Após nosso Encontro, estão todos os participantes estão  convidados a acompanharem uma sessão ao vivo do projeto Museus Virtuais, guiada por Claudio Toscan e transmitida no canal da Maratona Cultural no YouTube. Nesse dia, Toscan fará um passeio pelas obras do pintor renascentista Rafael Sanzio.

O encontro virtual acontecerá no dia 26 de setembro, às 14h e a participação será mediante inscrições até o dia 22 através do link: http://twixar.me/7Fhm

Conheça os convidados:

Claudio Toscan Júnior: Graduado em Educação Artística  (2004) – habilitação em artes plásticas – licenciatura pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), em Florianópolis / SC ; e acumula inúmeros cursos de aprimoramento profissional. Desde 2011 tem executado painéis de azulejaria e vitrais para igrejas e capelas em diversas cidades de Santa Catarina. A partir de 2013 integra o projeto do projeto “Museus Virtuais”, realizado pelo Instituto Maratona Cultural, como arte-educador e curador. Atualmente atua como professor de desenho, pintura e história da arte em seu próprio atelier em Florianópolis/SC e na Antônio Meneghetti Faculdade em Restinga Seca/RS.

Heitor Lins: Administrador com grande experiência no mercado cultural. É sócio fundador da Harmônica Arte e Entretenimento. Em 13 anos de atuação no mercado cultural, foi coordenador de importantes projetos como: Maratona Cultural de Florianópolis, Orquestra de Baterias, Viagem Teatral, Circuito Cultural, Museus Virtuais, Festival de Teatro Isnard Azevedo. Atualmente é Manager da Banda Dazaranha, sendo responsável pelo DVD Dazaranha 25 anos e Camerata Florianópolis e pela turnê da Banda em Portugal em 2019.  E também é Pai da Maria Flor e do Joaquim.

 Projeto Museus Virtuais: 

Museus Virtuais é um projeto que une tecnologia, cultura, arte e educação e que promove visitas guiadas e orientadas por um arte educador a museus do mundo, disponíveis no engenhoso programa Google Art & Culture,  realizando entre os anos de 2013 e 2019 mais de 200 sessões, impactando diretamente mais de 10 mil pessoas.

De forma gratuita, democrática e acessível, abrangendo um público heterogêneo, plural e de diversas faixas etárias, o projeto possibilita a aproximação da linguagem e a fruição dos bens materiais e imateriais a toda comunidade.

Para ver os outros, siga nossas redes sociais: Instagram | Facebook | YouTube. Nos vemos por lá!

Comemore os 17 anos do Museu WEG

O Museu WEG de Ciência e Tecnologia está completando 17 anos neste mês de setembro. Já são 17 anos preservando a história da WEG, de seus fundadores e dos processos norteadores que envolvem a energia elétrica. E, tudo o que foi conquistado durante esses anos, precisa ser comemorado com o público: com as crianças e adolescentes, para que desde cedo conheçam essa história, entendam seu valor e enxerguem no museu um espaço de educação e entretenimento, e com os adultos, que veem no museu um espaço de cultura, conhecimento, e em alguns casos até de nostalgia por reconhecerem ali parte de sua história. 

Além disso, com o envolvimento dos professores como peça chave para que a relação museu-escola continue acontecendo. Para juntar todos esses públicos, frente à pandemia, a comemoração este ano acontecerá de forma totalmente on-line. 

Veja como você pode participar da comemoração de 17 anos do Museu WEG!

Concurso de desenho

Que tal criar um desenho que tenha vínculo com a história do Museu WEG e ter ele exposto no acervo do museu por até 1 ano? Para isso, basta soltar a criatividade e fazer um desenho dentro do tema “Comemore conosco os 17 anos do Museu”. Para fazer o desenho, use sua imaginação e criatividade para representar o Museu WEG.

O desenho deve ser enviado para o WhatsApp do Museu (47) 9 9155-6312 até 10 de setembro, ao meio dia. Na semana do aniversário do museu, os melhores desenhos de cada categoria irão para votação pública via stories no Instagram. E sabe o que é mais legal? O desenho mais votado de cada uma das três categorias ficará exposto no museu para contemplação de todos os visitantes.

Para todas as idades! Confira as categorias:

  • Categoria Kids – 4 a 9 anos
  • Categoria Teen – 10 a 17 anos
  • Categoria Adulto – acima de 18 anos.

Atenção ao prazo de entrega!

  • 10/09 Prazo para recebimento dos desenhos via WhatsApp até 12:00 horas.
  • 11/09 Escolha das 4 melhores fotos de cada categoria, formada por uma comissão especial.
  • 14/09 Votação pública – semifinal: votação entre os quatro desenhos de cada categoria.
  • 15/09 Votação pública – final: votação entre os dois desenhos vencedores do dia anterior de cada categoria.
  • 16/09 Divulgação dos vencedores de cada categoria.

Para maiores informações, acesse o edital completo do concurso: 1o Concurso de Desenho do Museu WEG de Ciência e Tecnologia.

Visita virtual on-line

Vamos fazer uma visita guiada ao Museu WEG sem sair de casa? No dia 18 de setembro, às 15h, acontecerá uma visita virtual ao museu, ela será transmitida através do Instagram, sem necessidade de inscrições prévias. Assim, todos os seguidores do museu, de qualquer cidade ou estado, poderão participar e conhecer a exposição.

Nos siga nas redes sociais para não perder as atividades! Nos vemos por lá =)

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Conheça alguns dos museus mais estranhos do mundo

Museus têm a finalidade de conservar, estudar e valorizar de diversas maneiras elementos de valores culturais: desde coleções de objetos à narrativa de histórias. Inclusive, pelo mundo afora existem museus dedicados a coleções muito estranhas e curiosas. Uma linha tênue entre bizarrice e diversão.

Mas, independentemente da aparência estranha, todos os museus nos oferecem janelas para a história, nos ligando ao passado e abrindo caminhos para o futuro. Alguns revelam nossas preocupações mais obscuras, nossas ideias mais brilhantes e a infinita criatividade da mente humana. Conheça alguns dos museus mais estranhos do mundo.

Plastinarium – Guben, Alemanha

O Instituto de plastinação Gunther Von Hagens exibe corpos animais e humanos preservados em posições criativas para revelar as complexidades da forma humana.

Após passar 39 anos estudando medicina, dissecção e química, o alemão Gunther von Hagens desenvolveu o método de preservação de corpos chamado plastinação, o método consiste na retirada de água e lipídios do corpo humano ao aplicar polímeros sintéticos no lugar, o que evita que haja a decomposição dos tecidos.

Em Guben, na Alemanha, os visitantes que exploram o Plastinarium recebem uma lição de história da anatomia, testemunham o processo gráfico de plastinação e exposições itinerárias Body Worlds, que foram objeto de vários debates de ética sobre a obtenção de corpos e o tratamento de cadáveres humanos.   

Museu de Ramen Instantâneo de Momofuku – Osaka, Japão

Em 1958, depois de várias experiências em seu quintal, o japonês Momofuku Ando criou as primeiras fórmulas de macarrão instantâneo do mundo, o ramen de frango. O sucesso foi tanto que, os cupnoodles e macarrões instantâneos representam a cultura alimentar japonesa mundo afora e também ganharam um museu.

O Momofuku Ando Instant Ramen Museum documenta este capítulo da cultura culinária do Japão, o espaço mostra aos visitantes os diversos pacotes de macarrão instantâneo que existem pelo mundo, que também podem experimentar edições limitadas da marca Hokkaido and Tohoku e até criar sua própria embalagem na “A Minha Fábrica de Noodles Instantâneos”. A exposição Túnel de Noodles Instantâneos exibe aproximadamente 800 pacotes de noodles, mostrando a evolução do ramen ao longo de décadas.

Museu do Espião – Washington, Estados Unidos

O  Museu Internacional de Espionagem em Washington D.C. contém a maior coleção pública de artigos de espionagem. Minicâmeras, dinheiro falso, armas camufladas, máquinas de criptografia, entre mais de 200 artefatos usados por agentes da CIA e do FBI, mostram a inteligência humana e dos espiões ao longa da história.  

Além disso, algumas seções exclusivas do museu só podem ser exploradas por meio de técnicas de espionagem, aprendidas em workshops, é necessário entrar na história como um verdadeiro James Bond.

Museu das Múmias – Guanajuato, México

Na pequena cidade de Guanajuato — Patrimônio Mundial da UNESCO — centenas de corpos foram enterrados nas criptas do panteão de Santa Paula em meados do século XIX. Isso, porque se as famílias não conseguissem pagar os impostos funerários de seus entes queridos, teriam de abrir mão dos corpos para serem exumados.

Ao desenterrarem os corpos, foi descoberto que eles estavam mumificados através de um processo natural, provavelmente por fatores climáticos da região. Agora, esses cadáveres, incluindo os de crianças, são itens de exposição do Museo de Las Momias, ou Museu das Múmias de Guanajuato. Você teria coragem de fazer uma visita?

Museu Subaquático de Arte – Cancún, México

Que tal um museu no fundo do mar? Cancún, uma das cidades mais turísticas da América Central, ganhou em 2009 um museu imerso nas águas azuladas de suas praias paradisíacas. O Museu Subaquático de Arte (MUSA) conta com mais de 500 esculturas em tamanho real fixadas no fundo do mar.

As artes oceânicas, que retratam construções, carros, pessoas, animais e objetos, funcionam como um recife artificial feito especialmente para promover o crescimento de corais da região, que transformam continuamente a paisagem aquática. Os visitantes podem explorar o museu a bordo de um barco com fundo de vidro, por mergulho ou snorkeling.

Sulabh Museu Internacional de Privadas – Nova Delhi, Índia

Na agitada capital da Índia existe um museu que detalha a história da higiene e saneamento de 2500 a.C. até a atualidade. Aberta por Bindeshwar Pathak em 1970, a Fundação Sulabh reúne mais de 50 mil voluntários dedicados a difundir o uso de vasos sanitários pela Índia.

Das casas de banho douradas dos imperadores romanos às latrinas medievais, o museu documenta a evolução dos sanitários ao longo das eras. Como se os bacios com pinturas intrincadas não fossem suficientes, o museu também tem em seu acervo  uma coleção de raros poemas de latrina.

Museu da Tortura – Amsterdam, Holanda

A linda Amsterdam abriga o sinistro Museu da Tortura. Nele os visitantes fazem uma viagem através do tempo para um período obscuro na Europa, onde torturas e execuções eram comuns e aceitas pelas leis.

Entre os mais de 40 instrumentos de tortura expostos com tutoriais que explicam cada uma das histórias e seu uso na sociedade, há uma cadeira da inquisição coberta de espinhos e espadas que eram usadas para decapitação. O espaço também educa estudantes sobre as torturas que ainda são praticadas até hoje em quase 100 países — e oferece apoio à Convenção Contra a Tortura das Nações Unidas.

Museu de Marionetes Vent Haven – Fort Mitchell, Estados Unidos

Instalado no estado de Kentucky, o museu foi iniciado por William Shakespeare Berger, em 1910, quando comprou seu primeiro boneco de marionete: Tommy Baloney. Em 1947, a coleção já tinha crescido tanto que Berger renovou a sua garagem para albergar as personagens e, em 1962, teve de construir um segundo edifício.

Hoje, o museu conta com mais de 800 bonecos, livros históricos, fotos e playbills. O museu também abriga o ConVENTion, um evento anual de ventríloquos que atrai profissionais e entusiastas do mundo inteiro. O Museu Vent Haven é o único desta modalidade no mundo.

Museu do Cabelo – Avanos, Turquia

Conhecida por muitas coisas maravilhosas, como o Castelo Uchisar, as belíssimas chaminés de fadas e lojas de cerâmica, a região da Capadócia, na Turquia, abriga o Avanos Hair Museum – o único museu do mundo que exibe uma coleção exclusiva de cabelos humanos. Embora as paredes cobertas de fios possa dar uma impressão esquisita, a história original do lugar é emocionante.

O dono da coleção, Galip Körükçü, especialista local em cerâmica, recebeu uma mecha de cabelo de sua amiga íntima como lembrança antes de deixar a cidade. Körükçü resolveu pendurar o presente em sua loja. Ao longo dos anos, quando as visitantes ouviam sua comovente história, passaram a cortar e dar seus próprios cachos de cabelo como um sinal de bondade. Hoje, o museu tem mais de 16 mil mechas de cabelo em exposição, doadas por mulheres de todo o mundo.

E você, conhece algum outro museu estranho? Conta pra gente 😉

Como funciona o helicóptero?

Podemos dizer que o helicóptero é um avião com asas móveis: as hélices (que também chamamos de rotor). E, diferentemente do avião, que só se desloca para a frente, ele pode pairar no ar, fazer manobras suaves para qualquer direção e até andar de ré, porque suas pás estão sempre em movimento. Para que esse tipo de manobra saia bem, não é nada simples, já que a tendência natural do impulso provocado pela rotação das hélices (o chamado torque) seria fazer a nave sair rodopiando como um pião. É por isso que existe uma segunda hélice que gira em pé e produz uma força lateral: para contrabalancear o rotor da cauda e deixar seu “corpo” parado enquanto as hélices giram.

Como funcionam as hélices do helicóptero?

  1. As lâminas têm a forma de perfis aéreos (asas de avião com perfil curvo), de modo que geram elevação ao girar.
  2. Cada lâmina pode girar sobre uma dobradiça emplumada.
  3. Os links verticais  empurram as lâminas para cima e para baixo, tornando-os giratórios. Os links de passo movem-se para cima e para baixo, de acordo com o ângulo das placas swash.
  4. O mastro do rotor (um eixo central conectado ao motor pela transmissão) faz girar todo o conjunto da lâmina.
  5. A tampa do cubo do rotor (acima dos rotores) ajuda a reduzir o arrasto aerodinâmico.
  6. Existem dois motores turbo-eixo, um em cada lado dos rotores. Se um motor falhar, ainda deve haver energia suficiente do outro motor para aterrar o helicóptero com segurança.

Por que o helicóptero não sai rodopiando?

“Para toda ação, sempre há uma reação oposta de mesma intensidade.” A Terceira Lei de Newton pode ser aplicada de forma simples no funcionamento de um helicóptero. 

Seguindo a lei, quando a hélice principal começa a girar (ação), a fuselagem tende a girar em igual intensidade no sentido oposto (reação). Essa força é conhecida como torque.

Para combater essa reação, Igor Sikorsky, o criador do helicóptero, teve a genialidade de instalar uma hélice na cauda da nave, que também fornece controle direcional. O funcionamento da hélice da cauda é semelhante ao da principal, exceto que elas podem ser inclinadas. O movimento da hélice na cauda evita que o torque comprometa o voo da aeronave, fazendo com que o piloto tenha condições necessárias para fazer movimentos de emergência.

A aeronave mais versátil e amplamente utilizada no mundo

Ao longo dos anos, as inovações em design de helicópteros tornaram as máquinas mais seguras, mais confiáveis ​​e fáceis de controlar. Por possuírem atributos diferentes do avião, por exemplo, eles podem ser utilizados em áreas congestionadas ou isoladas em que as aeronaves de asa fixa não seriam capazes de pousar ou decolar. A capacidade de pairar por longos períodos de tempo e de decolagem e aterragem vertical permite aos helicópteros realizar tarefas que outras aeronaves não são capazes.

Por isso, hoje, os helicópteros são utilizados para fins militares e civis, como transporte de tropas, apoio de infantaria, combate a incêndios, resgates, operações entre navios e equipes entre plataformas petrolíferas, transporte de empresários, evacuações sanitárias, guindaste aéreo, polícia e vigilância de civis, transporte de bens etc.

Fonte: Canal Piloto

Primeiras imagens do acelerador de partículas Sirius são de proteínas do novo coronavírus

Aceleradores de partículas são laboratórios onde partículas que compõem os átomos – como prótons e elétrons – são aceleradas a velocidades próximas à da luz. A utilização desse tipo de equipamento é muito importante, afinal, somente com ele é possível quebrar partículas incrivelmente densas e milhões de vezes menores que o átomo. Essas pesquisas são importantes para nossa constante evolução e para o descobrimento de curas para doenças, por exemplo. Quer entender mais sobre esses super laboratórios? Leia nosso artigo sobre aceleradores de partículas.

O maior investimento da ciência brasileira, Sirius, terminou de ser construído a pouco tempo, em Campinas (SP) e entre seus primeiros experimentos, estão imagens em 3D de estruturas de proteínas de SARS-CoV-2, os detalhes obtidos podem auxiliar na compreensão do vírus e no desenvolvimento ou melhoramento de remédios contra o COVID-19.

Esses primeiros experimentos fazem parte de um esforço do Centro Nacional de Pesquisa em Energias e Materiais (CNPEM) para disponibilizar uma ferramenta de ponta à comunidade científica brasileira dedicada a pesquisas com SARS-CoV-2. 

Dentre as 13 estações de pesquisa do Sirius previstas para a 1ª fase do projeto, duas tiveram as montagens priorizadas desde o início da pandemia, por permitirem estudos sobre o vírus e suas intenções com as células humanas: o MACANÁ e o CATERETÊ.

Ao analisar uma proteína já conhecida, os profissionais puderam validar o funcionamento do MACANÁ. Para constatar que estação está dentro dos parâmetros projetados e gerando resultados confiáveis, a pesquisa foi feita com proteínas bem conhecidas (como a lisozima, presente na nossa lágrima e saliva). Após reproduzir as medidas esperadas e verificar a boa performance da máquina, seguiu-se para os experimentos reais, com cristais de proteínas do SARS-CoV-2. 

Oportunidade para pesquisadores do país

Com os testes realizados e validados, o CNPEM, que abriga o Sirius, passa a receber propostas de cientistas interessados em usar a estrutura para avançar em estudos para o enfrentamento da pandemia. Contribuir de forma direta nessa corrida global da ciência por conhecimento sobre o SARS-Cov-2 empolga os pesquisadores, que têm ferramentas e estrutura em mãos.

Com a obtenção de dados confiáveis e competitivos, serão aprofundados os estudos em biologia molecular e estrutural que integram a força-tarefa contra coronavírus. Grupos de pesquisadores estão mobilizados para investigar os mecanismos moleculares relacionados à atividade dessa proteína, buscar inibidores de sua atividade, estudar outras proteínas virais e gerar conhecimentos que podem apoiar o desenvolvimento de medicamentos contra a doença.

https://youtu.be/AaHMEHu1xqg

José Roque, diretor-geral do CNPEM e do projeto Sirius, destaca que, em resposta à uma situação emergencial, a comunidade científica está sendo chamada a apresentar suas propostas de pesquisa em SARS-CoV-2. Para utilizar o Sirius, as propostas de pesquisa da comunidade científica passarão por uma avaliação técnica dos especialistas do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron. 

Essa é uma condição de pesquisa inédita para os pesquisadores do país. Tanto falamos da importância da ciência e tecnologia para a solução de problemas, e agora temos acesso a uma máquina avançada, projetada por brasileiros e construída em parceria com a indústria nacional. Isso tudo reforça a importância da ciência para a solução dos nossos problemas e as capacidades que temos no Brasil. Um salve à ciência e tecnologia!

Fontes: G1 | CNPEM | Super

Conheça a história do primeiro site publicado

Todos os dias a internet recebe novos sites. Existe uma infinidade deles, de vários assuntos e para todos os gostos. Mas você já parou para pensar qual foi o primeiro site a ser publicado?

O primeiro site do mundo está completando quase 30 anos, foi criado em 06 de agosto de 1991 por Tim Berners-Lee, físico do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), responsável por inventar a World Wide Web (WWW) em 1989 e considerado o pai da Web.

A página nomeada de “The Project” foi hospedada originalmente em um computador NeXT (marca criada por Steve Jobs, em 1985) que pertencia ao cientista britânico e ainda hoje pode ser acessada. O site conta com a descrição dos principais fundamentos da World Wide Web.

O objetivo inicial da WWW era permitir que os profissionais do CERN trocassem informações científicas a partir de seus próprios computadores. Assim, eles não precisariam necessariamente estar no mesmo espaço físico para saber sobre o andamento de um projeto, bastando apenas estar conectado ao servidor online.

Na página, os internautas podiam buscar informações sobre os códigos necessários para criar um site semelhante, os softwares utilizados, referências bibliográficas e também o contato das pessoas envolvidas no projeto. A página também serviu como demonstração de hipertextos aplicados à Internet. Bem antes, em 1980, Berners-Lee já tinha sugerido utilizar o conceito para facilitar o compartilhamento de informações. Hoje, é impossível imaginar a Internet sem os hiperlinks.

Esqueça imagens, vídeos ou animações. Em 1991 a Internet era assim: 

O primeiro site do mundo ainda é mantido pelo CERN e, além dos conceitos de W3, protocolos e também de detalhes acerca dos componentes que compõem a internet, uma lista completa sobre as referências do estudo e a relação das pessoas envolvidas com o projeto que deu forma à internet podem ser acessados através do endereço.

Hoje, o órgão de pesquisas dedica seus esforços para o estudo do comportamento de partículas. Berners-Lee ainda se mantém na ativa e luta contra políticas de censura na web adotadas por governos. A defesa pela neutralidade da rede é outra das bandeiras do cientista.

Estamos longe de conseguir usar o teletransporte?

Seja para estar perto de alguém ou fazer uma viagem rápida, quem nunca desejou se teletransportar para algum lugar distante? Encarado como um mito popular, o teletransporte é o tipo de coisa que a gente só ouve falar ou vê em séries, filmes e desenhos animados. Uma das primeiras aparições desta tecnologia aconteceu no seriado Star Trek (Jornada nas Estrelas) na década de 60. Na série a nave USS Enterprise podia enviar seus tripulantes para os planetas em que passavam.

A tecnologia consiste na desmaterialização de um objeto e o envio de suas configurações atômicas para sua rematerialização em outro local e, a verdade, é que o teletransporte já existe, ele só não é tão legal como nos filmes — mas é um pequeno passo (um nanopasso!) para ficarmos mais perto desta tecnologia. 

Em Star Trek o teletransporte de pessoas é possível

Teletransporte quântico

O maior sucesso envolvendo o teletransporte tem a ver com o mundo quântico. Com base nas descobertas de Niels Bohr e outros cientistas, o teletransporte quântico é baseado no comportamento das partículas subatômicas que compõem um átomo. O fenômeno, chamado entrelaçamento quântico, une as propriedades das partículas mesmo quando elas estão separadas, ou seja, duas partículas são geradas juntas e interagem uma com a outra de uma maneira que o estado quântico de uma não pode ser separado do estado da outra. Independente da distância entre elas, a comunicação instantânea de informações pode ser muitas vezes mais rápida que a velocidade da luz. Esse tipo de teletransporte foi comprovado dezenas de vezes desde a década de 90.

Um grupo de cientistas do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologias (NIST) dos Estados Unidos conseguiu avançar um pouco mais e teletransportar uma pequena operação lógica quântica entre dois íons separados. É algo bastante diferente e distante de sumir em um lugar e reaparecer em outro, como na ficção científica. Mas é um ótimo exemplo de como a ciência alcança feitos fascinantes. 

O experimento, que contou com a participação da professora Hilma Vasconcelos, da Universidade Federal do Ceará, conseguiu teletransportar uma operação lógica “NOT controlada” (CNOT) entre 2 qubits de íons de berílio situados a mais de 340 micrômetros. Apesar de parecer “quase nada”, essa distância é suficiente para excluir qualquer interação direta entre os íons. Nesse caso, as informações foram transferidas para os íons de berílio através de um par mensageiro de íons de magnésio entrelaçados. Depois do experimento, a operação lógica continuou funcionando em até 87% das vezes.

Entrelaçamento quântico revoluciona comunicação e segurança

É um avanço para teletransportar pessoas? Ainda não. Esse é um avanço para o desenvolvimento de computadores quânticos, porque a eficiência deles depende da capacidade de realizar operações entre qubits em redes de larga escala.

Mas e o teletransporte de pessoas?

Ok, podemos pegar uma partícula em um local e, em certo sentido, criar uma nova versão idêntica e absoluta, exatamente as mesmas propriedades, exatamente o mesmo estado quântico em outro local.  Mas quando o assunto é teletransportar uma pessoa tudo fica mais complicado. Imagine que cada partícula do corpo precisaria ser traduzida em informação — até os átomos, seriam trilhões de partículas destrinchadas e enviadas de um ponto ao outro. Esses dados seriam transmitidos para um receptor localizado onde a pessoa quisesse ser enviada, iniciando o entrelaçamento quântico. Ou seja, o transmissor teria um monte de partículas entrelaçadas, cada uma sendo metade de um par entrelaçado, e o receptor teria a outra metade das partículas entrelaçadas.

O transmissor, então, enviaria seus dados para o receptor emparelhado em qualquer lugar do mundo, simplesmente digitando seus dados nos estados quânticos das partículas entrelaçadas. O receptor por sua vez “receberia” a pessoa digitalizada e a usaria como um plano para reconstruir seu corpo exatamente como foi enviado, partícula por partícula.

Só que essa reconstrução é um dos pontos mais problemáticos. A equipe da IBM que provou que esse método poderia funcionar não traz boas notícias. O Princípio de Incerteza de Heisenberg determina que, para analisar cada partícula em seu corpo original, seu corpo é interrompido. Ou seja, para ser teletransportado seria necessário morrer ou considerar perder partes nessa “viagem”, já que a configuração única de neurônios de cada cérebro é extremamente complexa.

O desafio seria recriar uma pessoa exatamente como ela era. O scanner quântico no transmissor teria que registrar a posição precisa, o movimento, a orientação e a ligação química de cada átomo em seu corpo. Como se não bastasse tanta dificuldade, alguns especialistas acreditam que as características cognitivas (ideias e lembranças, por exemplo) não poderiam ser transportadas dessa maneira.  A ação parece exigir uma solução quântica, por isso, os computadores quânticos podem ser exatamente o que precisamos para desenvolver técnicas mais seguras de teletransporte humano.

***

Aparentemente o teletransporte de pessoas é algo beeem distante da nossa realidade, mas o teletransporte de informações já revolucionou a nossa vida. O desenvolvimento tecnológico fez possível a troca de imagens, voz e documentos a milhares quilômetros de distância, como antes nunca se imaginou. Que os estudos continuem!

Bombeamento de água através da energia solar: uma solução para lugares remotos

O bombeamento solar é uma solução para todos, sendo uma excelente opção para a agricultura e pecuária, mas ela também ganha destaque em lugares isolados, onde é preciso bombear água mas a energia elétrica não chega.

Existem muitas pessoas mundo afora que ainda não possuem acesso a energia elétrica ou à água. Por vezes, para ter acesso à água é preciso tirá-la de um poço, com muito esforço físico ou sistemas arcaicos e poluentes. O bombeamento solar permite que essas pessoas possam ter acesso a água de uma maneira muito mais fácil, usando energia renovável.

O bombeamento solar é uma técnica que permite a extração de água do subsolo através da energia solar fotovoltaica. A mesma que muitas empresas e residência vêm utilizando para gerar energia através da luz do sol. O objetivo é garantir acesso à água mesmo nas zonas distantes dos cursos de água, onde os recursos hídricos não se encontram ou não podem ser acessados com facilidade, assim como para áreas agrícolas e remotas que não permitem infraestruturas adequadas. 

O sistema pode ser utilizado em diversos setores como: residencial, irrigação (agricultura), pecuária, artesanato, indústria, combate a incêndios e purificação.

Vantagens do bombeamento solar

Geralmente, nas áreas isoladas a alimentação do sistema de bombeamento ainda passa por grupos geradores, que apresentam combustíveis caros, manutenção difícil e alta poluição. Como o bombeamento solar utiliza uma fonte de energia renovável e completamente sustentável, ele permite reduzir a utilização de combustíveis fósseis com alta emissão de CO2. As principais vantagens de um sistema de bombeamento solar são:

  • Eliminação dos custos de combustível, pois utiliza a luz solar, sempre disponível;
  • Possui longa duração de vida;
  • O sistema é confiável e durável;
  • É fácil para utilizar e manter;
  • Garante o retorno do investimento inicial;
  • É sustentável.

O vídeo abaixo, do canal da ONU, mostra de forma simples e intuitiva as vantagens e o funcionamento do bombeamento solar, olha só:

Como funciona o sistema de bombeamento alimentado por energia solar?

O ponto de partida são os raios solares, que irradiam os módulos. Ao converter a luz solar em eletricidade, o sistema aciona uma motobomba que puxa a água de poços, cursos de água, pântanos ou lagoas. A água bombeada vai para um lugar de armazenamento, geralmente colocado a uma certa altura (barragem, cisterna, reservatório, etc), a partir da qual será redistribuída pela força da gravidade.

É necessário analisar e compreender as necessidades de cada local, conforme o consumo de água, as exigências e a área de uso. Bombeamento para irrigação, por exemplo, pedirá um sistema diferente, talvez mais poderosos, do que sistemas para uso doméstico. Os fatores climáticos também devem ser avaliados.

É muito difícil que sistemas fotovoltaicos, qualquer que sejam as condições atmosféricas, fiquem inativos durante o dia: sempre vai ter radiações solares, até mínimas, para alimentá-los. Contudo, é necessário lembrar que as usinas, independentemente de sua localização, sempre precisam de manutenção, ou seja, limpeza periódica dos módulos.É muito bom ver que os antigos sistemas, geralmente poluentes, estão sendo substituídos por sistemas renováveis, não é mesmo? Se você quer saber mais detalhadamente sobre o que é e  funciona um sistema solar fotovoltaico, dê um pulinho neste artigo que escrevemos para você!

A física explica: por que às vezes levamos “choque” ao encostar em um objeto ou pessoa?

Já aconteceu com você de tocar em alguma pessoa ou objeto — como uma maçaneta ou registro do chuveiro —  e levar um choque que, às vezes, chega até a soltar faíscas? Isso acontece devido à eletricidade estática, a mesma que faz seu cabelo ficar meio arrepiado de vez em quando.

A gente não percebe, mas o corpo humano é um bom condutor de eletricidade, ou seja, permite que cargas elétricas (os elétrons) se movimentem livremente, possibilitando a passagem de corrente elétrica. O tempo todo estamos nos carregando e descarregando. Muitas vezes nosso corpo fica tão eletrizado (com acúmulo de elétrons) que acaba descarregando essa energia no primeiro objeto condutor (metal ou o corpo de outra pessoa, por exemplo) que aparece pela frente.

Quando o corpo possui a mesma quantidade de prótons e elétrons, estamos neutros e não saímos dando ou levando choques por aí, mas quando a carga estática de uma pessoa está diferente da de outra ou do objeto que ela toca, ou seja, uma está mais carregada que a outra, o contato resulta em troca de cargas elétricas, de onde vem o famoso choquinho! Esse processo de perda ou ganho de elétrons chama-se eletrização. A sensação não traz maiores danos porque a corrente gerada é muito baixa. 

Apesar de não terem uma época certa para acontecer, os choques deste tipo são mais comuns nas estações mais secas e no inverno, quando muita gente usa roupas de lã sintética, material que mantém a carga elétrica. Quando a pessoa está descalça, essa corrente é liberada aos poucos e não chega a ser percebida e, quando a pessoa está com um calçado com solado de borracha, que serve como isolante, ela acumula maior carga. Nesse caso, um simples aperto de mão em outra que não tem a mesma carga estática pode fazer com que ambas sintam um leve choque, pois o excedente de carga em uma das pessoas se distribui, passando parcialmente para a outra.

A maçaneta do carro é outro lugar muito comum de sentirmos a sensação. Isso, porque o carro acumula carga ao se movimentar e o atrito com o ar faz com que a carga elétrica fique na superfície externa do carro, que é de metal, se estivermos com acúmulo de carga elétrica, ao tocarmos na porta do automóvel podemos sentir o choque.

Algumas pessoas podem levar choques ao encostar na porta de um automóvel

O choque é o mesmo para todo mundo?

Não, a intensidade pode variar de pessoa para pessoa. Sendo de maior intensidade e dor. A explicação é a resistência do circuito e até a parte do corpo que foi exposta ao choque. Cada pessoa apresenta uma resistência diferente, pois cada indivíduo é composto por proporções diferentes entre os tecidos que formam o corpo.

O valor mínimo de corrente que uma pessoa pode perceber é de 1 miliampère. Já, com uma corrente de 10 miliàmperes, a pessoa perde o controle dos músculos, sendo difícil abrir as mãos para se livrar do contato. 

Apesar de não poder evitar, se isso te incomoda, a dica é aumentar a área de contato. Por exemplo: em vez de encostar um dedo, encoste a mão inteira, o braço ou a perna, isso aumentará a área de transição e fará com que você sinta menos. Apesar de ser uma sensação estranha, não se preocupe, a corrente desse tipo de choque é muito pequena e não te faz mal.  😉

O mistério do Triângulo das Bermudas

Imagine que exista no planeta Terra uma região onde diversos aviões, barcos e navios desapareceram e nunca mais foram encontrados — e até hoje ninguém sabe certamente o motivo, dando espaço para diversas explicações extrafísicas ou sobrenaturais.

Essa região é conhecida como o Triângulo das Bermudas (ou Polígono das Bermudas), situada no Oceano Atlântico entre as ilhas Bermudas, Porto Rico, Fort Lauderdale na Flórida e as Bahamas, compreende uma área com mais de 2.000.000 Km² em forma de um triângulo imaginário. 

Embora existam diversos eventos anteriores, os primeiros relatos mais sistemáticos começam a ocorrer entre 1945 e 1950. E os números não são nada precisos: os incidentes vão de 200 a 1000 nos últimos 500 anos. Estudiosos dizem que em 1973 a Guarda Costeira dos EUA respondeu a mais de 8.000 pedidos de ajuda na área e que mais de 50 navios e 20 aviões se perderam na zona, durante o Século XX.

 

Teorias

São dezenas de teorias sobre o Triângulo das Bermudas. Os escritores de fantasias apostam em extraterrestres, outras dimensões, resíduos de cristais da Atlântida, armas antigravidade e outras tecnologias esquisitas. Entre as teorias mais técnicas estão campos magnéticos estranhos e emissão de gás metano do fundo do oceano. Para os investigadores mais céticos, a causa dos desaparecimentos é o tempo: tempestades, furacões, terremotos, ondas gigantes e outras causas naturais e humanas.

 

Variações nas bússolas

Os problemas com bússolas são um dos mais citados em vários incidentes no triângulo.

Algumas teorias dizem que existem anomalias magnéticas incomuns nesta área, porém elas nunca foram confirmadas. É válido citar que as bússolas têm variações magnéticas naturais em relação aos pólos magnéticos. Por exemplo, nos Estados Unidos os únicos lugares onde o pólo norte magnético e o pólo norte geográfico são exatamente os mesmos estão em uma linha passando do Wisconsin até o Golfo do México. Os navegadores sabem disso há séculos, mas o público em geral pode não estar informado, o que leva a crer que existe alguma coisa misteriosa na “mudança” na bússola numa área tão extensa como o triângulo, apesar de ser um fenômeno natural.

 

Tempestades e ondas gigantes

Para vários especialistas há muito exagero em torno do assunto e fenômenos bem mais comuns, como tempestades, explicariam boa parte dos naufrágios. Em meados de 2018, cientistas da Universidade de Southampton, na Inglaterra, divulgaram um estudo que atribuiu os desaparecimentos à incidência de ondas gigantes, comuns na região. O fenômeno, registrado pela primeira vez em 1997, mostrou que ondas de até 30 metros de altura aparecem subitamente, duram poucos minutos e têm potência suficiente para afundar grandes navios.

Os cientistas ressaltam que o Triângulo das Bermudas é um local no qual podem se encontrar várias tempestades oceânicas originárias de três regiões diferentes: o Mar do Caribe, o Atlântico Sul e o Atlântico Norte, aumentando ainda mais a potência das ondas.

 

Gás metano 

Uma das teorias mais recentes e com maior crédito no meio científico culpa o gás metano, estocado como hidrato gasoso no subsolo oceânico do Triângulo. O movimento das placas tectônicas muda a pressão e a temperatura das profundezas, transformando esse hidrato em gás. A liberação desse gás atinge a superfície oceânica e se dissolve na água, reduzindo a capacidade de flutuação de um navio e provocando naufrágios.

Além do risco de naufrágio, o gás também provocaria explosões ao atingir a atmosfera, podendo entrar em combustão com a faísca de um motor de barco ou avião.

 

Más lembranças

As histórias e mistérios sobre o Triângulo ainda impressionam. Do Brasil, a catarinense Heloisa Schurmann, que deu a volta ao mundo em um barco entre 1984 e 1994, navegou pela região com o marido Vilfredo alguns anos antes, em 1978. Suas lembranças não são muito boas, Heloisa diz que quando entraram no arquipélago das Bahamas, uma forte tempestade se aproximou. De repente, avistaram um redemoinho de água e imediatamente mudaram de rumo para fugir daquele lugar.

 

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É importante lembrar que todos os dias uma grande quantidade de aviões e embarcações passa pelo local e saem ilesas. A polêmica e os supostos mistérios existem em virtude de desaparecimentos aparentemente inexplicáveis e ocasionais.

Existem diversos livros e estudos sobre o Triângulo das Bermudas, contudo, boa parte das teses apresentadas são contestadas por parte da comunidade científica. Sendo assim, há a necessidade do desenvolvimento de mais pesquisas para solucionar esse mistério.