Categoria: Curiosidades

Cientistas brasileiros: conheça 10 invenções criadas no Brasil

Conheça alguns dos inventos mais notáveis criados por cientistas brasileiros.

Ao pensar em grandes invenções, muitos tendem a considerar o Brasil um país que pouco contribuiu com a história dos avanços científicos, sendo pouco afamado por suas contribuições ao mundo moderno. 

Porém, a verdade é que, durante séculos e até mesmo hoje em dia, cientistas brasileiros têm se destacado e criado importantes elementos da sociedade utilizados no mundo todo – e que também servem de base para novas invenções.

Conheça agora alguns dos inventos mais notáveis criados por cientistas brasileiros

1. Transmissão radiofônica

A tecnologia de transmissão do som por ondas de rádio foi desenvolvida no final do século XIX, e, apesar da criação do rádio ser atribuída a Nikola Tesla, foi o padre e inventor brasileiro Roberto Landell de Moura que, em 1893, realizou a primeira transmissão radiofônica do mundo. 

Na época, outros inventos gringos já enviavam sinais telegráficos a curta distância, mas foi Landell quem conseguiu se comunicar através da voz humana com outros bairros, algo impensável na época. 

Infelizmente, ele não teve apoio do governo nem de iniciativas privadas e acabou abandonando seus experimentos.

2. Urna eletrônica

Foi em 1989 que um juiz eleitoral do estado de Santa Catarina chamado Carlos Prudêncio e seu irmão, um empresário da área de informática, criaram o que seria o primeiro terminal de votação por computador. 

No mesmo ano, ele foi instalado em caráter experimental na cidade de Brusque, em Santa Catarina. Seis anos depois, em 1995, o estado de SC experimentou a primeira eleição totalmente informatizada da história.

Graças a essa invenção, o Brasil é o país responsável pela maior eleição informatizada do mundo e, consequentemente, com a apuração mais rápida.

3. Radiografia

As radiografias também foram criadas por um brasileiro. Foi o médico Manuel de Abreu quem pesquisou durante muitos anos uma forma de radiografar órgãos do corpo humano. Em 1936, conseguiu criar um sistema que usava chapas radiográficas para fotografar a parte interna do corpo, em especial, os pulmões. 

A invenção criada no Brasil foi chamada de “abreugrafia” e permitia que doenças como a tuberculose fossem diagnosticadas de maneira mais rápida. Graças a essa invenção, Manuel de Abreu foi indicado ao Prêmio Nobel.

Recentemente, a revista Nature publicou os nomes dos cientistas mais importantes de 2020, provando que invenções e estudos médicos têm seu lugar de destaque na nossa história.

4. Walkman

O aparelho considerado o “avô do iPod” foi inventado por um alemão naturalizado brasileiro. Andreas Pavel mudou-se para São Paulo quando criança e, aos 27 anos, em 1972, criou o aparelho de toca-fitas portátil, batizado de stereobelt. 

Sete anos mais tarde, em 1979, a Sony lançou seu grande sucesso de vendas, o Walkman. Após anos de brigas judiciais, o inventor e a Sony entraram em um acordo, e a empresa reconheceu a autoria do invento a Pavel.

5. Máquina de escrever

Outra invenção brasileira é a primeira máquina de escrever da qual se tem registro de 1861 em Recife. Ela foi criada pelo padre João Francisco de Azevedo quando ele teve a ideia de adaptar um piano de 24 teclas para que ele pudesse imprimir letras em um papel. 

Sem dúvida, a ideia era bastante promissora. Azevedo confiou a sua invenção ao negociante George Napoleon, que dizia ter possíveis interessados em fabricá-la nos Estados Unidos.

Nunca mais teve notícias do vendedor, mas, anos depois, um modelo quase igual foi apresentado em solo americano por Christofer Sholes. Em seguida, a empresa Remington comprou a ideia e passou a fabricá-la em escala comercial.

6. Coração artificial

Em 2000, o engenheiro mecânico Aron de Andrade do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (SP) elaborou o primeiro coração artificial, um aparelho ligado ao coração natural e alimentado por um motor elétrico.

A invenção brasileira dá uma chance aos pacientes em estado grave que não conseguem se adaptar às medicações e permite que possam ter mais tempo de vida enquanto esperam por um doador real.

7. Balão a ar

Bartolomeu Lourenço de Gusmão é conhecido como o primeiro inventor e cientista brasileiro graças à criação do balão a ar quente.

Na época, Bartolomeu de Gusmão observou que o ar quente era mais leve que o ar exterior e que, com essa informação, seria possível criar um veículo que, com esse princípio, pudesse levitar.

Em 1709, seu invento chamado de “Passarola” foi exibido para a corte portuguesa. O aparelho movido a ar quente subiu a quatro metros de altura.

8. Câmbio automático

Em 1932, os engenheiros mecânicos José Braz Araripe e Fernando Lehly Lemos desenvolveram um sistema de troca de marchas automática por fluido hidráulico. 

O projeto e o protótipo foram vendidos para a General Motors que, em 1940, lançou um modelo do carro Oldsmobile com a chamada transmissão “Hydra-Matic”, uma precursora do que pode ser encontrado em veículos automáticos de hoje em dia.

9. Cinema 3D

Apesar de parecer uma tecnologia um tanto quanto nova, a ideia do cinema 3D não é tão recente assim. Ela surgiu em 1934 quando Sebastião Comparato criou dois modelos de projetores 3D e os apresentou no Rio de Janeiro.

O projeto do italiano naturalizado brasileiro consistia em um pequeno equipamento que podia ser adaptado a projetores comuns e a uma tela especial. A imagem projetada era refletida por um espelho, e o processo criava a sensação de que a imagem estava passando em um espaço vazio, como uma espécie de palco de teatro.

Sebastião estudou na Faculdade de Medicina de São Paulo e chegou a receber convites para aprimorar seu projeto fora do Brasil, mas recusou, pois queria que essa fosse uma criação brasileira. Infelizmente, com o passar do tempo, suas criações acabaram caindo no esquecimento.

10. Avião

Um dos maiores inventores brasileiros de todos os tempos, Alberto Santos Dumont, mudou completamente a aviação moderna contribuindo diretamente no desenvolvimento de dirigíveis e aviões.

Em 1903, os irmãos Orville e Willbur Wright conseguiram alçar voo com o Flyer I, considerado o primeiro objeto mais pesado que o ar a conseguir essa proeza. O detalhe é que eles precisaram de uma catapulta para impulsionar o aparelho.

Dois anos depois, em 1905, o brasileiro Santos Dumont conseguiu fazer com que o 14-Bis levantasse voo por meios próprios, sem auxílio externo, usando apenas um motor a combustão. 

Graças aos seus projetos, Santos Dumont abriu as portas para o surgimento de uma nova forma de transporte e, ao considerar isto um bem mundial, nunca patenteou suas invenções.

Gostou de saber um pouco mais sobre as invenções criadas no Brasil? Que tal agora conhecer a história de grandes cientistas de todo o mundo? Fizemos uma lista de filmes para você assistir e aprender mais sobre suas trajetórias. Veja no link: Filmes incríveis sobre a vida de grandes cientistas. 🙂

Curiosidades sobre os satélites: o que você sabe sobre eles?

O que você sabe sobre os satélites? O que eles estão fazendo lá em cima?

Você sabia que já foram lançados mais de 20 mil objetos no espaço? Desses, cerca de 3 mil estão ativos cruzando a atmosfera terrestre. Tratam-se de satélites, objetos que se mantêm girando ao redor da Terra sem cair. 

A Terra tem um único satélite natural, que é a Lua, e milhares de satélites artificiais − lançados no espaço por meio de foguetes. Mas o que você sabe sobre eles? O que os satélites estão fazendo lá em cima? Veja algumas curiosidades a seguir.

Para que servem os satélites?

Os satélites têm muitas funções. Eles são capazes de captar imagens de grandes áreas e possibilitam o mapeamento de territórios. Alguns podem auxiliar meteorologistas a prever mudanças no tempo e no clima, além de fenômenos naturais como furacões. 

Eles também podem captar imagens de outros planetas, auxiliando astrônomos em suas pesquisas. Os sinais de televisão e telefone também são transmitidos por meio dos satélites. Além disso, o Sistema de Posicionamento Global (GPS) só é viável com o auxílio de mais de 20 satélites em órbita.

A Organização das Nações Unidas (ONU) é responsável pelo controle desses objetos na atmosfera terrestre e também pela regularização e pela autorização de novos lançamentos. Também é responsável pela comunicação entre as principais agências espaciais do mundo.

Como são os satélites?

As características em comum entre os satélites são uma antena e uma fonte de energia, que pode ser solar ou por bateria. A antena é responsável por enviar e receber informações. Os satélites também podem conter sensores e câmeras apontadas para a Terra ou para o espaço.

Sputnik 1: o primeiro satélite do mundo

Em 4 de outubro de 1957, a humanidade invadiu o espaço com o lançamento do Sputnik 1. Lançado pela então União Soviética, ele abriu caminhos para as viagens espaciais. Foi um grande feito científico e teve uma grande repercussão no mundo; após isso, diversos países construíram seus satélites com diferentes objetivos, e os lançamentos continuam até hoje.

O Sputnik tinha o tamanho de uma bola de basquete e pesava cerca de 83 kg, produzido em uma liga de alumínio. As antenas do Sputnik 1 foram responsáveis por enviar sinal de rádio e tinham 2,4 e 2,9 metros de comprimento. 

Os satélites podem cair?

O risco é pequeno, mas pode acontecer. Ao orbitarem em diferentes alturas, velocidades e caminhos, os satélites conseguem permanecer em órbita porque sua velocidade está em constante equilíbrio com a força da gravidade. Quando isso deixa de acontecer – e, por algum motivo, o satélite perde velocidade −, ele pode cair na Terra ou continuar em linha reta viajando pelo espaço. Mas não se preocupe, é provável que o satélite se desintegre antes de chegar ao solo.

Os satélites podem bater uns nos outros?

É possível, mas também é muito raro. Ao serem lançados, os satélites são colocados em rotas específicas para que não interferiram nas rotas de outros. Mas acidentes podem acontecer.

Em 2009, dois satélites de comunicação colidiram. Segundo os astrônomos, foi a primeira vez que isso aconteceu com satélites artificiais.

Os satélites do Brasil

No Brasil, o órgão responsável pelo desenvolvimento espacial é o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), criado em 1961 com o objetivo de capacitar o país nas pesquisas científicas e nas tecnologias espaciais.

Somente em 1979, cerca de 20 anos após o início da corrida especial no mundo, foi criado o Programa Espacial Brasileiro, e o primeiro lançamento de um satélite brasileiro foi realizado apenas em 1990.  

A partir disso, várias missões foram realizadas, e o último satélite desenvolvido no Brasil foi o Amazonia 1, lançado em fevereiro de 2021.

Amazonia 1: um satélite nacional

O satélite brasileiro Amazonia 1 foi enviado ao espaço para tirar fotos do planeta a fim de monitorar o desmatamento, os reservatórios de água, a agricultura, os desastres ambientais e outras aplicações. 

É o primeiro satélite em órbita que foi totalmente desenvolvido em território nacional. O equipamento faz parte da Missão Amazônia, que deverá criar outros dois satélites de sensoriamento remoto.

O Amazonia 1 gera fotos do planeta a cada cinco dias, sua câmera é capaz de observar uma faixa de aproximadamente 850 quilômetros. Ele está em uma altura de 700 km e pesa cerca de 638 kg. Por dentro, o equipamento contém cerca de 6 km de fios e 14 mil conexões elétricas.

Uma curiosidade muito animadora para nosso avanço científico é que os dados coletados pelo Amazonia 1 estarão à disposição da comunidade científica, dos órgãos de governo e demais interessados. A vida útil prevista para o satélite é de quatro anos.

Agora que você já conhece melhor os satélites, que tal continuar a leitura e descobrir o que aconteceria se o sol desaparecesse?

Conheça os museus mais antigos do Brasil e do mundo

Conheça os museus mais antigos do Brasil e do mundo.

Você sabia que em 18 de maio é comemorado o Dia Internacional dos Museus? A data foi criada em 1977 por uma iniciativa do ICOM (Conselho Internacional de Museus), um organismo que integra a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação) à Ciência e à Cultura.

Segundo o ICOM, um museu é uma instituição disponível ao público que adquire, conserva, pesquisa, comunica e exibe a herança da humanidade e do seu ambiente com a finalidade de educar e entreter.

O objetivo da celebração é conscientizar o público em geral sobre o papel dos museus no desenvolvimento da sociedade.

Já que os museus contam a nossa história, que tal contar a história de alguns deles? Conheça agora os museus mais antigos do Brasil e do mundo.

Os museus mais antigos do mundo

Desde os tempos mais antigos, os museus eram templos onde objetos de adoração e presentes eram expostos para que as pessoas pudessem contemplá-los.

As famílias mais ricas da Grécia e de Roma colecionavam obras de arte e as exibiam nos jardins e nas casas para que a família e os amigos pudessem visitar.

Durante o Renascimento, foi adotado o nome “museu” para essas exposições artísticas que começaram a crescer. Com a ascensão da pintura e diferentes expressões artísticas, foram criados espaços para preservar pinturas, esculturas, objetos familiares, entre outros, para que mais pessoas pudessem apreciá-las.

Entre os primeiros dos museus mais antigos do mundo, estão:

1. Museu Ennigaldi-Nanna (Mesopotâmia, 530 A.C.)

O primeiro museu reconhecido pelos historiadores foi o Museu Ennigaldi-Nanna de 530 A.C. Está localizado no Iraque e foi descoberto em 1925 pelo arqueólogo Leonard Wooley. É considerado o museu mais antigo do mundo

2. Museus do Vaticanos (Cidade do Vaticano, 1506)

Em 1506, os Museus do Vaticano abriram as portas. Eles têm o objetivo de unir diferentes galerias, apoiadas pelos diferentes papas que levavam as suas coleções. As famílias aristocráticas também fizeram doações para aumentar a coleção.

3. Galeria Uffizi (Florença, 1560)

Florença, na Itália, é um dos maiores berços da arte no mundo. Em 1560, a Galeria Uffizi foi criada com uma das coleções mais antigas do mundo e que ainda recebe mais de 2 milhões de pessoas por ano. 

4. Museu Ashmolean (Oxford, Reino Unido, 1677)

O primeiro museu registrado em solo britânico foi Ashmolean em 1682. Sua missão era abrigar a coleção de Elias Ashole, historiador e astrólogo que reuniu inúmeras antiguidades de várias partes do mundo.

5. Museu do Louvre (Paris, França, 1793)

O Museu do Louvre é o maior museu de arte do mundo e um monumento histórico de Paris, na França. Inaugurado em 1793, possui aproximadamente 38 mil objetos, da pré-história ao século XXI, e é até hoje um dos museus mais visitados do mundo.

Os museus mais antigos do Brasil

No Brasil, a concepção histórica e cultural predominaria na constituição de museus durante o século XX, privilegiando uma interpretação histórica que era tomada pelas classes dominantes do país.

Apenas a partir da década de 1970 essa concepção foi mudada, incorporando a produção cultural dos grupos sociais explorados e oprimidos. Esses grupos deixaram de ser vistos apenas como objeto de estudo para serem tratados como produtores de conhecimento.

Nessa perspectiva, os museus brasileiros hoje contribuem tanto para a preservação do passado como para auxiliar na inserção de grupos sociais marginalizados na produção cultural da sociedade atual. 

Conheça os museus mais antigos do Brasil:

1. Museu Nacional (Rio de Janeiro, 1818)

Com mais de 200 anos, o museu mais antigo do Brasil é o Museu Nacional, que está vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O museu abrigava um acervo histórico e científico de história natural, contendo fósseis de várias partes do mundo, esqueletos de dinossauros, indumentárias de índios, múmias e esquifes egípcios, entre muitos outros.

Estava em funcionamento até setembro de 2018, quando um incêndio devastou a maior parte do acervo, um dos maiores museus de história natural e de antropologia das Américas.

2. Museu Paraense Emílio Goeldi (Belém, 1866)

O Museu Paraense Emílio Goeldi, fundado em 1866, é a mais antiga instituição pública da região amazônica. O Museu possui acervos de conhecimentos nas áreas de ciências naturais e humanas relacionados à Amazônia com mais de 400 mil itens catalogados. 

Além disso, essa instituição é vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia do Governo Federal e é reconhecida mundialmente como uma das mais importantes instituições de investigação científica sobre a Amazônia Brasileira.

3. Museu Histórico Nacional (Rio de Janeiro, 1922)

Dedicado à história do Brasil, o museu está localizado no centro histórico da cidade do Rio de Janeiro. Foi criado em 1922 pelo presidente Epitácio Pessoa e possui um vasto acervo constituído por cerca de 300 mil peças, correspondente a 67% do patrimônio museológico brasileiro sob a guarda do Ministério da Cultura. 

4. Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, 1937)

Também no Rio de Janeiro, o Museu Nacional de Belas Artes foi criado durante o governo de Getúlio Vargas em 1937. É uma das instituições museológicas mais importantes do país dedicada a conservação, divulgação e aquisição de obras representativas da produção artística brasileira dos séculos XIX e XX.

O acervo originou-se das coleções que pertenciam à Escola Nacional de Belas Artes. É constituído por mais de 70 mil itens representativos de vários períodos da história da arte e da contemporaneidade.

5. Museu Imperial (Petrópolis, 1940)

Criado em 1940, durante o governo Vargas, o museu está sediado na antiga residência de verão de Dom Pedro II, o Palácio Imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro. 

O Museu Imperial, popularmente conhecido como palácio imperial, retrata a história do império e da cidade que cresceu em torno de si. O museu recebe em média 300 mil pessoas ao ano. 

Conhecemos neste artigo alguns dos museus mais antigos do Brasil e do mundo. Todos com sua devida importância para salvaguardar a história da humanidade e o desenvolvimento das sociedades. 

Sejam antigos ou modernos, os museus são locais que necessitam de atenção, cuidado e respeito. 

Aproveite o fim deste artigo para fazer um tour virtual pelo Museu WEG!

Como as areias do deserto do Saara contribuem para a biodiversidade da Amazônia

As areias do deserto são muito importantes para manter a exuberância e a biodiversidade da Amazônia.

Mais de 5 mil quilômetros separam a Floresta Amazônica do Deserto do Saara. Apesar de distantes, os dois lugares têm uma relação tão estreita que é até difícil de acreditar: as areias do deserto são muito importantes para manter a exuberância e a biodiversidade da Amazônia.

Pode até parecer pegadinha dizer que o deserto é quem beneficia a floresta, e não o contrário, mas a natureza não cansa de surpreender.

Descubra neste conteúdo como o Saara envia toneladas de nutrientes para a América do Sul e é ainda responsável pela maior parte das chuvas torrenciais que caem sobre a Região Amazônica.

A areia do Saara é rica em nutrientes

Durante a pré-história, o deserto africano era um lago repleto de algas e micro-organismos. Há 7 mil anos, esse lago secou. Dele, sobrou a areia rica em nutrientes, inclusive o fósforo. 

Parte dessa areia fica em uma depressão na região do Chade que, devido à sua geografia, é atingida por constantes e gigantescas tempestades de areia. O vento é tão forte que consegue carregar a areia rica em fósforo por quase 5 mil quilômetros até a América do Sul.

Estudada pela NASA

Um estudo da NASA feito pelo Goddard Space Flight Center mede a quantidade de areia que viaja pelo oceano Atlântico. Segundo os satélites da agência espacial, mais de 27 milhões de toneladas de areia viajam do Saara para a Amazônia a cada ano, com cerca de 22 mil toneladas de fósforo.

Para medir a formação química das substâncias na atmosfera da Amazônia, os pesquisadores usaram um instrumento óptico chamado Lidar. A certeza de que a poeira encontrada no local vem do Saara e não de um terreno próximo é dada pela sua composição química, mais especificamente pela presença e proporção de alguns elementos como alumínio, manganês, ferro e silício. 

A quantidade desses elementos nas partículas coletadas na Amazônia é a mesma que é encontrada na poeira do Saara. Além disso, há correlação entre a presença desses aerossóis e o movimento das massas de ar.

Segundo a Nasa, o próximo passo da pesquisa é entender a quanto tempo esse processo acontece e conseguir prever até quando o Saara poderá fertilizar a Amazônia. Assista ao vídeo da agência espacial americana com uma demonstração do estudo:

Fertilizante natural para os solos da Amazônia

Não são apenas simples grãos de poeira que o Saara manda para a Amazônia. O fósforo é um elemento raro na floresta, mas muito importante para sua biodiversidade e, assim como a mata ciliar, fundamental para o equilíbrio do meio ambiente. A água da chuva e dos rios carrega o fósforo da matéria orgânica em decomposição no solo amazônico, impedindo que ele se deposite e alimente as plantas locais.

O fósforo é um nutriente encontrado em fertilizantes comerciais e essencial para o crescimento das plantas. As 22 mil toneladas de fósforo que chegam à floresta amazônica são quase a mesma quantidade que a mata produz com a decomposição das árvores caídas mas que, em seguida, perde com as chuvas e inundações.

Antes de chegar na Amazônia, os fragmentos minerais que formam a nuvem de poeira do Saara caem da nuvem em movimento e se depositam na superfície ensolarada do oceano, fertilizando os organismos fotossintetizadores existentes no mar que, muitas vezes, apresentam uma grande carência desses elementos.

E essa é a mesma utilidade da areia para a Amazônia — um dos locais mais produtivos em termos biológicos do mundo, mas com solo notoriamente pobre em alguns elementos essenciais ao crescimento, sobretudo em fósforo. 

É possível encontrar muitos estudos sobre os efeitos negativos da nuvem de poeira, responsável por causar problemas respiratórios e alergias nos locais por onde passa. Apesar dos pontos negativos, não podemos negar que ela é essencial para a vida da floresta de maior importância do planeta.

Enquanto o Saara se responsabiliza por levar mais ferro e fósforo para nossa floresta, também existem milhares de pessoas preocupadas em desenvolver técnicas para ajudar nosso ecossistema por meio de inovações tecnológicas e ensinando às crianças – o futuro do nosso país – a cuidar, respeitar e entender nossa biodiversidade.

Como seria o mundo sem eletricidade?

A energia elétrica foi responsável por diversos avanços no mundo.

A humanidade passou por diversos estágios em sua história evolutiva. Algumas descobertas nesses estágios moldaram nosso futuro – entre elas, está a eletricidade. A energia elétrica foi responsável por diversos avanços no mundo, e seu desenvolvimento pôde proporcionar a evolução da tecnologia.

Ao pensar em um mundo sem eletricidade, milhares de dispositivos não existiriam, como por exemplo: computadores, celulares, geladeiras, chuveiros elétricos, postes de luz e elevadores. Você já imaginou viver sem depender da energia elétrica? 

Vivendo em um mundo sem eletricidade

Grandes feitos da humanidade foram realizados sem eletricidade. Porém, a partir da sua descoberta, vivemos em um mundo que depende dela para continuar a evolução. 

Praticamente todas as áreas da nossa vida mudariam sem eletricidade. Ao começar pela indústria médica, que entraria em colapso. Doenças extintas poderiam voltar, e muitos diagnósticos e tratamentos deixariam de existir, ou se tornariam medievais.

Nós também teríamos que reaprender a cozinhar, lavar, transportar, se divertir e trabalhar sem os dispositivos eletrônicos que usamos no dia a dia. A eletricidade também é, praticamente, o coração da civilização trabalhadora, e muitos empregos teriam que ser reinventados.

Veremos abaixo algumas áreas que seriam extremamente afetadas caso a energia elétrica não existisse.

Fim do mundo moderno

A eletricidade é responsável pelo funcionamento de muitos aparelhos e máquinas. Sem energia elétrica, a tecnologia seria escassa, muitas pessoas iriam trabalhar nos campos até o anoitecer. Praticamente não haveria movimento à noite, muito menos trabalhos noturnos, já que não haveria iluminação adequada.

Trens elétricos não existiriam, e muitas pessoas não poderiam se deslocar para trabalhos longe de casa. Nas casas, o bombeamento de água de poços seria uma tarefa manual. Computadores, smartphones e internet também não existiriam, logo, nada de redes sociais. 

Em contrapartida, a vida sem eletricidade traria outras demandas. Sem televisão, o homem poderia procurar mais por teatros, por exemplo, e a comunicação à distância voltaria a ser por cartas. Certamente também haveria menos poluição tecnológica. 

A cozinha sem eletricidade

Um dos lugares mais importantes de uma residência, onde é preparada a alimentação da família, também sofreria muitos impactos sem eletricidade.

É assim que seria nossa cozinha: o fogão e o forno seriam a lenha, e, sem geladeira, não seria possível fazer gelo ou sorvetes, por exemplo. Os eletrodomésticos que conhecemos hoje como micro-ondas, batedeira e liquidificador também não existiriam.

Seria necessário desenvolver técnicas para conservar alimentos durante o verão e o inverno, lugares frios e escuros como cavernas poderiam armazenar o alimento de caça e coleta. Muitos alimentos deveriam ser cozidos logo após a coleta para durar mais tempo. E é na cozinha que encontramos um item capaz de gerar energia sem eletricidade, veja aqui como é possível gerar luz a partir de uma batata.

O fogo como aliado

Sem o domínio da energia elétrica, as pessoas teriam o hábito de viver conforme a luz natural. Isso significa que, no início da noite, seria a hora de dormir, e, ao raiar o sol, seria hora de começar a rotina do dia.

O fogo seria muito utilizado para iluminação. Fogueiras seriam acesas a fim de aquecer e iluminar o espaço de convivência. Não haveria estufas nem aquecedores elétricos. Nos dias frios, precisaríamos de fogo, fogão a lenha ou lareiras, que, além de aquecer, acolhem todos os membros da família em comunhão em uma noite fria.

Lista de escassez no mundo sem eletricidade

  • Não haveria aquecedor elétrico.
  • Não haveria ventilador nem condicionador de ar elétrico.
  • Faltaria luz em ruas e residências.
  • Adeus aos semáforos e pedágios automáticos.
  • Não haveria chuveiro elétrico, geladeira e todos os eletrodomésticos que conhecemos hoje.
  • Não haveria refrigeração para conservação de alimentos.
  • Fim do equipamento de escritório (copiadoras, scanners, computadores, internet e telefones).
  • A maioria dos nossos equipamentos médicos não existiria.
  • O homem só seria capaz de trabalhar durante o dia.
  • Grande parte da produção seria feita à mão porque as fábricas não teriam linhas de montagem.

Em resumo, nossa vida sem eletricidade remete ao passado. O instinto de sobrevivência dos nossos antepassados, como busca pela caça e o uso do fogo, faria parte do nosso dia a dia. Como muitas pessoas precisariam de lenha para seus fogões e suas lareiras, seria necessária uma política de regras de plantio, ou nossas matas estariam em constante perigo por causa do alto número de desmatamento. 

A comunicação global praticamente não existiria, e só saberíamos das notícias por meio do boca a boca. Muitas coisas que hoje são simples poderiam ser verdadeiros desafios no nosso dia a dia.

 Já parou para pensar que, se vivêssemos em um mundo sem eletricidade, você não estaria agora lendo este conteúdo? Neste artigo, conseguimos imaginar um pouco sobre como seria um mundo sem eletricidade, mas você já pensou como seria um mundo sem sol? Clique aqui e continue lendo para saber.

Como funciona o raio-x? Descubra sua história e suas características

Os raios-x foram descobertos em novembro de 1895.

Os raios-x são um tipo de radiação de alta energia produzida a partir da colisão de feixes de elétrons com metais. Essa radiação pode não ser percebida a olho humano, pois está além da frequência máxima que o ser humano pode distinguir. Além disso, possui capacidade de penetrar em organismos vivos e atravessar tecidos de menor densidade.

É muito importante na medicina, pois o raio-x é absorvido pelas partes mais densas do corpo, como ossos e dentes. Também é usado industrialmente, para observar a estrutura interna de objetos, procurando ver se há falhas em sua estrutura.

A descoberta

Os raios-x foram descobertos em novembro de 1895 quando o físico alemão Wilhelm Conrad Röentgen (1845-1923) realizava experimentos em seu laboratório. Trabalhando com tubos de raios catódicos (descobertos por Crookes), Röentgen observou uma inesperada luminosidade e, ao interrompê-la com a mão, viu a imagem de seus ossos exposta em uma tela.

Ao investigar mais a fundo, para entender a origem dessa luminosidade, Roentgen colocou vários objetos entre a ampola e a tela e observou que todos pareciam ficar transparentes. O físico observou que a radiação era capaz de enegrecer filmes fotográficos. Visto que considerava esses raios ainda muito enigmáticos, ele os denominou raios-x.

Em dezembro de 1895, ele pediu que sua esposa, Anna Bertha Röentgen, colocasse a mão entre um filme fotográfico e o tubo no qual os raios eram produzidos. Depois de cerca de 15 minutos, ele percebeu que a imagem dos ossos e as partes moles da mão da mulher estavam impressas no filme fotográfico. Essa foi a primeira radiografia feita no mundo. Em 1901, Wilhelm Conrad Röentgen ganhou o prêmio Nobel de Física por sua descoberta.

Características dos raios-x

O raio-x é produzido em um tubo de raios catódicos. O cátodo, após ser aquecido pela passagem de corrente elétrica, libera elétrons com alta velocidade. Esses elétrons são fortemente atraídos pelo ânodo; nessa atração, eles se colidem. Logo, quando os elétrons dos átomos pertencentes ao ânodo recebem a energia oriunda dos elétrons em movimento, o resultado é a produção de radiações eletromagnéticas que são denominadas raios-x.

Assim como toda radiação eletromagnética, os raios-x não precisam de meio de propagação e movem-se na velocidade da luz (3,0 x 108 m/s). Essa radiação é ionizante, isso quer dizer que ela pode gerar danos ao corpo humano em caso de exposições prolongadas; quanto mais distante da fonte, menor será a intensidade dos raios.

Por isso, pessoas que trabalham com radiografias usam aventais de chumbo (que não permitem que essas radiações atravessem) e se mantêm longe no momento do disparo. 

O equipamento de raio-x na medicina

O grande benefício oriundo da descoberta dos raios-x foi a possibilidade de realizar diagnósticos por imagens. O equipamento de raio-x serve para tirar radiografias, que são como fotografias da parte interna do corpo.

Por meio das imagens geradas, é possível observar estruturas anatômicas, como ossos, órgãos e vasos sanguíneos, sem precisar de cirurgia e facilitando diagnósticos em diversas partes do organismo. É um exame barato, não invasivo e indolor.

O estudo de órgãos do abdômen, a radiografia do tórax para análise de doenças do pulmão e a mamografia, exame que busca identificar câncer de mama, são exemplos de aplicações dos raios-x. Inclusive, o exame é muito importante neste momento em que estamos passando pela pandemia do COVID-19, ajudando no diagnóstico da doença através de imagens do pulmão.

Impressionante como algumas descobertas que acontecem, aparentemente por acaso, podem facilitar e melhorar nossa vida, não é mesmo? Uma dessas descobertas é a bússola, quer saber como ela foi inventada? Clique aqui e descubra! =)

Faça um tour virtual em museus pelo mundo

Dentre as visitas, encontra-se o Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruído em setembro de 2018 por um incêndio.

O Google Arts & Culture, anteriormente chamado Google Art Project, é um projeto que busca compartilhar conteúdos relacionados às artes e à cultura do mundo todo de um modo interativo. 

Utilizando a tecnologia do Street View, o visitante pode fazer tours virtuais gratuitos em algumas das maiores galerias de arte e cultura e museus pelo mundo. Ao transitar por eles, é possível visualizar imagens em alta resolução de obras selecionadas de cada museu. Dentre as visitas, encontra-se o Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruído em setembro de 2018 por um incêndio.

Que tal fazer um tour virtual em museus pelo mundo?

Para isso acontecer, o site mantido pelo Google tem a colaboração de museus, centros culturais e locais históricos espalhados por diversos países que disponibilizam seus acervos online, superando assim as fronteiras postas pelo espaço físico de suas instalações. Dessa forma, as pessoas podem visitar e observar em 360° lugares muitas vezes inacessíveis devido a distâncias e custos financeiros.

Para facilitar, a ferramenta permite a busca pelo nome do museu, do artista ou da obra de arte que as pessoas querem conhecer. As descrições vêm com detalhes desde a data até o material utilizado na pintura, na escultura ou na fotografia. Por questões de direitos autorais, algumas das obras capturadas com o Street View foram censuradas.

Entre várias seções, está a Art Camera, na qual são disponibilizados registros fotográficos em alta resolução de obras de arte e objetos culturais acompanhados de suas informações. O conteúdo é apresentado de maneira interativa, e os registros fotográficos permitem uma experiência de visualização única. 

No caso de dúvida de qual local ou artista visitar, o site oferece experiências interativas e temáticas que levam para museus pelo mundo todo, basta escolher um tema e partir para a “viagem”.

Artes em gigapixels

E a tecnologia não para por aí. Além do tour virtual, algumas obras específicas receberam atenção especial para o projeto: elas foram digitalizadas por meio da tecnologia de gigapixel, o que permite sua visualização em até 7 bilhões de pixels. Os museus puderam escolher uma de suas obras de arte para ser capturada em resolução de um gigapixel.

No Brasil, duas obras receberam esse processo de digitalização: a obra “Saudade” de Almeida Jr, localizada na Pinacoteca do Estado de São Paulo; e o painel “Os Gêmeos” da dupla Gustavo e Otávio Pandolfo, exposto no lado externo do Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Apoio aos professores

A plataforma Google Arts & Culture pode ser usada como apoio para professores, isso porque traz informações históricas de movimentos culturais, matérias e textos relacionados aos museus pelo mundo.

Para conhecer mais sobre algumas das instituições culturais mais importantes do mundo e fazer passeios virtuais, acesse o Google Arts & Culture.

Em Jaraguá do Sul, além do tour virtual pelo Museu WEG, os museus municipais Emílio da Silva, Casa do Colonizador e Museu da Paz – FEB também possuem visitas virtuais. Que tal começar o passeio pela nossa região?

Continue no blog e veja os Museus mais estranhos do mundo.

O que é mata ciliar, a importância de preservá-la e reconstituí-la

As matas ciliares são fundamentais para o equilíbrio do meio-ambiente.

As matas ciliares são fundamentais para o equilíbrio do meio-ambiente. São florestas, ou outros tipos de cobertura vegetal nativa, que ficam às margens de rios, igarapés, lagos, olhos d’água e represas. Elas oferecem proteção para as águas e o solo, reduzindo o acúmulo de terra, areia e detritos em geral, o que ajuda a manter a qualidade da água e impede a entrada de poluentes. Ela também está ligada às mudanças climáticas e à preservação da fauna e flora. 

A mata ciliar se torna diretamente responsável pelas mudanças climáticas do mundo porque, durante seu crescimento, absorve e fixa dióxido de carbono, um composto químico de extrema importância para a realização da fotossíntese, processo que é vital para a manutenção dos seres vivos. Além disso, as matas ciliares também possibilitam que as espécies (tanto da flora quanto da fauna) possam se deslocar, reproduzir e garantir a biodiversidade da região. 

O nome “mata ciliar” vem do fato de serem tão importantes para a proteção de rios e lagos como são os cílios para nossos olhos.

Quais as causas da degradação das matas ciliares?

O processo de urbanização é uma das principais causas da degradação das matas ciliares. O fato provoca o aparecimento de pragas e doenças na lavoura, além de outros prejuízos econômicos às propriedades rurais, e ainda reduz a erosão das margens, o que gera acúmulo de detritos que prejudicam a vida aquática e a qualidade da água para o uso e consumo humano.

Outra razão da destruição das matas ciliares é a pastagem. A maior umidade das várzeas e beira de rios permite o melhor desenvolvimento de pastagens na estação da seca. Por essa razão, os fazendeiros recorrem a essa opção mais simples, substituindo a mata ciliar pelo pasto.

O desmatamento e as queimadas são outras causas. Um exemplo disso é a Amazônia que sofre, ainda hoje, um processo de diminuição contínua da mata ciliar. O efeito das queimadas também leva ao empobrecimento progressivo do solo.

Leia também: Como é produzida a energia a partir da biomassa, matéria orgânica, de origem vegetal ou animal?

Preservando e reconstituindo a mata ciliar

O Código Florestal Brasileiro, Lei Nº 4.771/65, considera as matas ciliares como Áreas de Preservação Permanente (APPs). A recuperação de áreas degradadas é prevista em leis federais e estaduais. A preservação da natureza é o manejo do uso humano da natureza e compreende a preservação, a manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do ambiente natural.

A forma de restauração de mata ciliar de mais baixo custo é a regeneração natural, entretanto, é normalmente um processo lento. Se o objetivo é formar uma floresta em área ciliar, em um tempo relativamente curto, visando à proteção do solo e do curso d’água, determinadas técnicas que aceleram a sucessão ecológica podem ser adotadas.

Quanto mais degradada a mata ciliar estiver, maior intervenção humana será necessária, pois a capacidade de regeneração pode estar comprometida. Portanto, é preciso avaliar as condições da área degradada antes de decidir o melhor modo de recuperar e conservar. Essa escolha depende de vários fatores, entre eles: as pessoas envolvidas na recuperação, o grau de degradação da mata ciliar, a existência (ou não) de outras matas semelhantes na região e a distância entre elas e os recursos financeiros disponíveis.

Após a análise dos fatores, o método é escolhido. A seguir estão alguns métodos de recuperação que podem ser aplicados em matas ciliares degradadas.

  1. Plantio total: plantio de todos os indivíduos florestais em espaçamento uniforme por toda a área a ser recuperada.
  2. Enriquecimento: plantio de alguns indivíduos florestais para aumentar a diversidade das espécies pré-existentes.
  3. Regeneração natural: condução das condições ambientais para que a floresta regenere por si só.
  4. Nucleação: combinação de elementos, tanto do meio biótico quanto do físico, que visa proporcionar condições de nichos de regeneração e melhoria da conectividade da paisagem, atuando como base para favorecer a sucessão ecológica.
  5. Sistemas agroflorestais (SAF): sistemas de uso e ocupação do solo em que plantas lenhosas perenes são manejadas em associação com plantas herbáceas, arbustivas, arbóreas, culturas agrícolas, forrageiras e/ou em integração com animais.

Viu como as matas ciliares são importantes? Elas possuem um conjunto de funções extremamente relevantes para a qualidade de vida das populações locais, da bacia hidrográfica, e para a conservação da diversidade de animais e plantas (terrestres e aquáticas) – por isso, devem ser preservadas. Já que o assunto é natureza, você sabe quais elementos naturais são fontes de energia? Clique aqui para conhecer!

Areia mágica: conheça seus mistérios e como fazer em casa

Vamos conhecer os mistérios da areia mágica?

Também conhecida como areia cinética ou areia modelar, a areia mágica possui um aspecto diferente, uma textura que se mistura entre areia e massa de modelar. Talvez você já tenha visto vídeos nas redes sociais de pessoas cortando, batendo e escavando o material em uma experiência sensorial que parece incrível e relaxante. 

Vamos conhecer os mistérios da areia mágica?

Além de chamar atenção das crianças pelas cores vibrantes e inúmeras formas que podem ser criadas, a areia mágica ajuda no desenvolvimento da criatividade, na imaginação e na coordenação motora das crianças. O material é indicado para crianças a partir de 3 anos de idade, é atóxico e dermatologicamente testado, para evitar alergias. Entre os adultos, o brinquedo é um aliado para reduzir o estresse e passar um tempo despreocupado.

O brinquedo é composto com cerca de 98% de areia e não faz sujeira. A areia mágica, depois de espalhada, pode se juntar facilmente. É só passar um pedaço da massa de areia sobre a superfície, e a limpeza está garantida 

Explicação química

O que mais desperta curiosidade na areia mágica é o fato de ela conseguir se manter unida mesmo que sua base seja de areia. Isso acontece porque existe nela uma camada de óleo de silicone que transforma o material e dá a tão adorada consistência. Em entrevista ao LiveScience, Rick Sachleben da Sociedade Americana de Química explicou que “os óleos de silicone têm propriedades únicas, pois podem ser líquidos que fluem livremente ou semissólidos que fluem lentamente na ausência de pressão, mas agem como sólidos de borracha sob estresse”. Essa característica, conhecida como viscoelasticidade, depende do comprimento da cadeia de polímeros do óleo de silicone.

As partículas de areia envoltas em silicone possuem uma determinada continuidade e mantêm seu formato por um algum tempo. Assim, caso uma massa de areia de modelar seja deixada sobre uma mesa, ela começará a perder seu formato. De acordo com Sachleben, a grande vantagem do silicone é que, no caso dele, elas grudam somente entre si, deixando outras superfícies livres do material. Por isso, ela não é grudenta e é muito fácil de limpar.

Como fazer areia mágica em casa

Você pode encontrar a areia mágica em lojas de brinquedos e utilidades, mas também pode fazer a sua. Quer aprender? Veja o passo a passo:

Materiais: 

– Uma xícara de chá de areia fina (branca) 

– Duas colheres de sopa de amido de milho (maizena) 

– Duas colheres de chá de detergente líquido  

– Quatro colheres de sopa de água 

– Uma colher de chá de corante alimentício (da cor de sua preferência) 

Como fazer: 

Coloque a areia fina em uma tigela e acrescente o amido de milho mexendo até se misturarem. Coloque o detergente líquido e então uma colher de sopa de água e mexa até dar forma de massinha. Quando terminar de mexer, acrescente mais uma colher de água e mexa. Faça isso aos poucos até obter a consistência desejada. Depois, misture o corante até ficar uniforme e deixe a massinha secar por uma hora e meia. 

Dica: não exagere na água, vá adicionando-a aos poucos. Após secar, guarde em um pote fechado com tampa. 

Depois, é só aproveitar e botar a mão na “massa”. A areia cinética é uma experiência fácil e muito divertida para fazer em casa. Aproveite para ensinar aos pequenos. =)

Com Ciência: conheça o blog do Museu WEG

Com Ciência: conheça o blog do Museu WEG!

Já imaginou um lugar para conhecer diversas curiosidades do mundo da Ciência e Tecnologia? Essa é a proposta do Com Ciência: o blog do Museu WEG. Com conteúdos de fácil entendimento, o blog se propõe a trazer assuntos que vão desde a história da WEG e da energia elétrica, passando por conteúdos de física, bibliografias de grandes cientistas e curiosidades incríveis como o que aconteceria se a Terra parasse de girar de repente. Muitas dicas de livros, filmes, documentários e experiências científicas para todas as idades.

Nele você tem a possibilidade de conhecer desde processos básicos relacionados à energia, magnetismo e eletromagnetismo até suas aplicações no cotidiano. Compreender os fenômenos físicos e a forma como nossa sociedade se apropria deles,um exemplo é entender a complexidade das operações envolvidas no simples ato de acender uma lâmpada, ou como funcionam os complexos aceleradores de partículas – e até mesmo encontrar entrevistas com brasileiros que trabalham nesses super laboratórios pelo mundo.

Com Ciência: o blog do Museu WEG nas escolas

Turma do 4º ano do Colégio Conexão se reuniu para uma visita virtual guiada ao Museu WEG

Entre as mudanças que o ano de 2020 nos trouxe, está a adaptação ao ensino à distância, o EAD. E o blog do Museu WEG também esteve presente nas “salas” de aula virtuais. Foi o que aconteceu com a turma do 4º ano do Colégio Conexão, que realizou uma atividade com base em nossas dicas de experiências para fazer em casa ou na escola. A professora da disciplina de Cultura Maker apresentou a matéria do blog aos alunos e solicitou que eles escolhessem e desenvolvessem uma das experiências propostas, com ajuda dos pais, os alunos gravaram vídeos demonstrando o experimento. Após a apresentação dos projetos, a turma realizou uma visita virtual através do site do museu, o resultado dos experimentos você confere nas imagens abaixo.

Alunos realizam atividades propostas no blog Com Ciência

Ao conectar tanta informação num só lugar, o blog Com Ciência oferece uma experiência inclusiva, onde alunos e professores podem buscar informações e atividades para aprender brincando – e a experiência fica ainda mais completa com uma visita virtual guiada. Se você é professor e está querendo uma experiência diferente e divertida para seus alunos neste novo ano, entre em contato para agendar uma visita virtual! Será um prazer recepcionar vocês.