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Motor explosão

Como funciona um motor a prova de explosão

Você já ouviu falar sobre motores à prova de explosão? Eles são importantes para ambientes onde existe a presença de gases ou vapores que podem entrar em combustão, em caso de contato com faíscas ou temperaturas elevadas.

Quando o assunto é área de risco, o uso de produtos apropriados e a manutenção adequada são exigências obrigatórias para atender normas e padrões de mercado. Porém isso nem sempre é o suficiente para gerenciar as áreas de risco e preservar o patrimônio e a vida das pessoas que trabalham nelas. Atmosferas propícias a uma explosão podem ser encontradas nos mais diversos segmentos da Indústria como o Petroquímico, Alimentício, Usinas de Açúcar e Etanol, Farmacêutico, Têxtil, Papel e Celulose entre tantos outros.

Por esse motivo a WEG possui uma linha de motores trifásicos à prova de explosão, de baixa tensão, W22Xd, resultado de um intenso trabalho de pesquisa e desenvolvimento. A linha incorpora os conceitos inovadores da plataforma W22 com altos níveis de rendimento, economia de energia, baixo custo operacional, vida útil estendida, redução de manutenção e, principalmente, segurança em ambientes com a presença de atmosferas explosivas.

Além de possuir temperaturas de superfície baixas e o máximo de cuidado para evitar faíscas, o motor à prova de explosão é, construtivamente, mais robusto de maneira que, no caso de uma explosão interna ao motor, a chama não se propague para o ambiente causando uma explosão em proporções maiores, “segurando” a explosão em seu interior.

Agora que você já conhece este tipo de motor, veja neste vídeo, em detalhes, a geração de motores à prova de explosão da WEG.

As grandes descobertas de Joseph Henry

Joseph Henry foi um físico norte-americano, nascido em 1797, que deixou importantes descobertas nas áreas da eletricidade e magnetismo como legado.

Uma das maiores contribuições de Joseph Henry para a ciência foi a indução eletromagnética, descoberta em 1831 enquanto construía eletroímãs. Porém, enquanto Henry fazia esta descoberta nos Estados Unidos, o cientista Michael Faraday também a fazia, na Inglaterra. Apesar dos estudos dizerem que Henry foi o primeiro a descobrir o fenômeno, a descoberta oficial é atribuída a Faraday um ano depois, por ter publicado primeiro um estudo muito mais detalhado sobre o assunto. A indução magnética é o nome que se dá ao fenômeno no qual um campo magnético variável produz uma corrente elétrica num circuito, chamada de corrente induzida.

Outra invenção creditada a Henry é a do motor elétrico, embora ele também não tenha sido o primeiro a registrar a patente. Seus estudos sobre relê eletromagnético ajudaram Morse a criar o telégrafo elétrico. Mais tarde, provou que as correntes elétricas podem ser induzidas à distância, magnetizando uma agulha com a ajuda de um relâmpago a 13 quilômetros de distância.

Joseph Henry foi um cientista extremamente ativo nas suas investigações, não só em eletricidade e magnetismo. Entre 1838 e 1846, publicou, por exemplo, artigos sobre capilaridade — a propriedade física que os fluidos têm de subir ou descer em tubos extremamente finos. Essa ação pode fazer com que líquidos fluam mesmo contra a força da gravidade ou à indução de um campo magnético. E, fosforescência — capacidade que uma espécie química tem de emitir luz, mesmo no escuro, devido a sua estrutura eletrônica especial.

Em 1845, Henry utilizou um termo galvanômetro, um instrumento de detecção de calor, para mostrar que as manchas solares emitem menos radiação que o resto da superfície solar. Outros artigos que escreveu foram sobre atomicidade (1846) e sobre a teoria dos imponderáveis (1859). Henry demonstrou bastante interesse sobre o daltonismo também, além de ter feito investigações sobre propagação e detecção de luz e som.

O cientista faleceu em 1878, deixando diversos estudos que permitiram novas invenções utilizadas até hoje em seu legado.

Quer conhecer mais nomes da física? Fique sempre ligado aqui no blog e na nossa página do Facebook! Quem será o próximo? 😉

Entrevista: o brasileiro que está há 17 anos trabalhando com aceleradores na Suíça

Este mês conversamos com o Marcos André Gaspar, brasileiro, carioca e colaborador há quase 18 anos do Paul Scherrer Institute (PSI), simplesmente o maior instituto de ciências naturais e engenharia da Suíça. O instituto realiza pesquisas de ponta e suas principais áreas são: matéria e materiais, energia e meio ambiente e saúde humana. No artigo anterior, falamos como o PSI revolucionou o tratamento do câncer com a próton terapia. Se quiser saber mais, clique aqui para ler.

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O Paul Scherrer Institute opera um amplificador de Fonte de Luz Suíça (Swiss Light Source – SLS), um síncrotron de 3ª geração usado para acelerar partículas à velocidade da luz. Para melhorar a frequência de amplificação, foi desenvolvido um Amplificador com Rádio Frequência. O principal objetivo do projeto é melhorar a eficiência a qualquer momento do processo. Nosso entrevistado de hoje é responsável por este projeto! São mais de 12 mil linhas de código de programação escritas exclusivamente pelo Marcos.

Swiss Light Source (SLS) no Paul Scherrer Institut

Swiss Light Source (SLS) no Paul Scherrer Institut

Está preparado(a) para conhecer o Marcos um pouquinho mais? Vem com a gente!

Museu WEG: Olá Marcos, estamos curiosos! O que você faz no PSI? Como é o seu trabalho?

Marcos Garcia: Olá pessoal! Sou colaborador no PSI há cerca de 17 anos. Meu trabalho é com fontes de alta potência de rádio frequência sem MOSFET*. Isso quer dizer que são como transmissores de televisão, mas sem modulação. Precisando apenas da potência.

*MOSFET (Transistor de Efeito de Campo de Semicondutor de Óxido Metálico) é o tipo mais comum de transistores de efeito de campo em circuitos digitais ou analógicos.

Trabalho na área de análise fundamental da matéria. O meu acelerador, o SLS, tem o objetivo principal de ser utilizado como um grande microscópio. Os transmissores são otimizados quando é possível, e dependendo do componente que está gerando a alta potência de RF, ele para de funcionar na máxima eficiência possível! Porém, não há milagres e dificilmente é possível ter uma eficiência em 100%.

A eficiência perto de 100% com os motores elétricos e os inversores a MOSFET é bastante possível. Mas, neste trabalho, nem tanto. É que a eficiência típica possível de obter na frequência de interesse de 500MHz é de um pouco mais de 50%. Essa eficiência inclui tudo, dividindo a potência de saída de RF pela potência consumida da tomada da rede de 50Hz.

Os transmissores que temos por aqui são todos a base de válvulas. Em frequências mais baixas, como 50MHz e 72MHz, utilizamos Tetrodos. Em frequências mais altas, como 500MHz, 3GHz, e outras, utilizamos Klystrons. Temos transmissores em modo contínuo (CW) e em modo pulsado. O transmissor com o qual trabalho é um sistema de modo contínuo, resultado de um estudo que fiz há alguns anos sobre a visibilidade da substituição de válvulas por MOSFETS tipo LDMOS na frequência de 500MHz. Esse estudo se transformou numa tese de doutorado que defendi em setembro de 2014.

No mesmo trabalho, fizemos uma candidatura para um projeto do governo federal suíço. Nosso projeto foi aceito e foi o maior projeto do laboratório até hoje. Aproximadamente 1 milhão de dólares. Com esse financiamento, o projeto se viabilizou e eu pude construir o sistema. O projeto foi um sucesso e está em operação no acelerador SLS hoje.

Em seguida, a tecnologia do projeto foi transferida para uma empresa privada suíça que está produzindo transmissores baseados na tecnologia desenvolvida por mim. Este ano, já estão entregando alguns sistemas para laboratórios diferentes no mundo.

Museu WEG: Qual é a sua história profissional até chegar onde está hoje?

Marcos: Minha história profissional começou no Rio de Janeiro, na UFRJ. Por lá, sempre tivemos uma ligação, mesmo que pequena, com o CERN em Genebra e com o CEA em Paris. O que fez meu caminho natural ser a Europa, da qual gosto imensamente. Há quase 18 anos, eu me candidatei a uma posição aqui no PSI e fui aceito, o que sedimentou esse relacionamento eterno com aceleradores.

Museu WEG: Quais os projetos mais legais que você já participou, ou participa, trabalhando com aceleradores de partículas?

Marcos: Qualquer trabalho com aceleradores é interessante e me fascina. Mas, definitivamente o projeto da minha vida foi o Amplificador com Rádio Frequência. O mais espetacular, na minha opinião, é que fiz o projeto todo sozinho. Todos as partes desse projeto foram desenvolvidas por mim, sem nenhuma ajuda externa. Os projetos mecânico, elétrico, eletrônico, software, alta frequência, alta potência, controle, data-acquisition and monitoring, etc…. Desenvolvi todos esses subprojetos também, completamente sozinho. O software tem mais de 12 mil linhas de programa. Tudo também escrito por mim. E o sistema funciona hoje completamente autônomo sem nenhuma intervenção humana.

O principal objetivo do projeto é melhorar a eficiência a qualquer momento do processo. Foram aplicados correntes diretas, controladores de energia e tecnologias de análise digital e analógica para ajustar as voltagens e tornar o processo completamente independente e automático. A eficiência chega a 50% e ele possui frequência 2x maior que a tecnologia existente, mas com um tamanho menor. Esse é, sem dúvida, o maior sucesso da minha vida.

Como estimular o consumo consciente nas festas de fim ano

A gente ouve tanto falar sobre sustentabilidade, mas você já reparou nos seus hábitos nesse fim de ano? O que você tem feito para adotar atitudes mais conscientes em relação ao meio ambiente? Qual exemplo você tem passado para as crianças com quem convive?

Praticar um consumo consciente pode trazer benefícios como menos degradação, diminuição do desmatamento, menos perda de diversidade, redução da poluição, menos impactos negativos ao planeta e mais qualidade de vida. Pensando nisso, hoje trouxemos algumas dicas práticas e simples para adotarmos não só neste fim de ano, mas em todos nossos dias, de como praticar o consumo consciente e ensinar as crianças a fazê-lo também. Vamos às dicas!

1. Leve e deixe que as crianças explorem a feira e ao mercado em busca as frutas, verduras e legumes. Depois façam receitas juntos, usando os alimentos escolhidos.

2. Combinar um troca-troca de roupas com amigos ou parentes que possuem filhos em idades próximas é uma ótima ideia. O que não serve mais para vocês pode ser muito útil para outros.

3. Procurando o look perfeito para a virada de ano? Você não precisa comprar algo novo só para aquela noite, que tal algo que você realmente goste e vai utilizar depois? Outra dica é comprar em brechós, reformar e customizar roupas, sapatos e acessórios.

4. Passear em bosques, florestas e praias é um grande estímulo para entrar em contato com a natureza. Ande descalço, toque as árvores, respire o ar puro.

5. No momento do banho, feche a torneira enquanto ensaboa o corpo. Faça o mesmo quando estiver escovando os dentes. Ah! E incentive as crianças a fazerem o mesmo que você.

6. Mantenha uma embalagem para colocar o lixo no carro ou na bolsa.

7. Falando em carro, nas festas, opte por maneiras alternativas de transporte, como uma caminhada, ir de bicicleta, utilizar o serviço público ou até mesmo a carona solidária.

8. Utilize restos de alimentos para fazer novas receitas! Você já reparou quantas “sobras” vão ao lixo nesta época do ano? No Brasil, em média, um terço do que compramos em alimentos vai direto para o lixo. Portanto, é importantíssimo que sua festa não aumente ainda mais este desperdício.

9. Na mesa, evite utilizar materiais descartáveis, como copo e pratos de plástico. Prefira materiais retornáveis.

10. Bônus! Que tal uma receita para aproveitar partes de alimentos que geralmente são descartadas? Quem nos enviou a dica foi a Nutricionista da Seção de Alimentação e Nutrição da WEG, Rubia Antero Daniel. Pode confiar! Depois conta pra gente como ficou. 🙂

ARROZ À GREGA COM TALOS DE BRÓCOLIS E FOLHAS DE CENOURA

Ingredientes:
1 cebola média
3 dentes de alho
2 colheres de azeite de oliva
4 colheres de sopa de talo de brócolis cortados em cubinhos
1 cenoura grande cortada em cubinhos
½ pimentão vermelho cortado em cubinhos
½ lata de milho verde
½ lata de ervilha
Azeitonas verdes a gosto
½ xícara de chá de uvas passas
2 xícaras de chá de arroz cru ou arroz cozido que sobrou
Sal
2 colheres de sopa da folha de cenoura picadinha (finalização como se fosse salsinha)

Modo de Preparo
Em uma panela, refogue a cebola e o alho no óleo até a cebola no azeite de oliva. Acrescente a cenoura, os talos de brócolis picados e o pimentão e coloque meia xícara de água. Refogue em fogo alto por 2 minutos. Em outra panela, faça o arroz como de costume ou aqueça o que já estava pronto. Quando o arroz estiver seco e cozido, acrescente os legumes refogados, o milho, as azeitonas, a ervilha e a uva passa. Finalize com a folha de cenoura picadinha e sirva em seguida.

Tenha um final de ano farto de afeto e boas emoções, e aproveite para uma boa reflexão! Boas festas!

Luzes de Natal: como economizar energia e evitar acidentes

Um dos enfeites favoritos desta época do ano, sem dúvidas, são as luzes de Natal. Elas iluminam as ruas, casas e empresas e ajudam a trazer à tona toda a magia que acompanha a época do ano. Mas, você conhece as diferenças entre os pisca-piscas de Natal e quais são as recomendações para evitar superaquecimento e curto-circuitos?

Para economizar na conta de luz você não precisa deixar de lado as luzinhas, basta seguir algumas dicas e soltar sua imaginação! O principal segredo é optar por pisca-piscas com lâmpadas de LED. A diferença entre as lâmpadas convencionais é muito grande, enquanto as luzinhas de LED possuem potência média de 5W, as convencionais possuem em média 35W. Ou seja, o consumo das lâmpadas de LED chega a ser 10 vezes menor. Elas podem ser um pouquinho mais caras, mas duram até 6 vezes mais. Então compensa, né?!

Outras dicas são observar na embalagem a potência, a voltagem (100V ou 220V) e também se o plugue da conexão tem o selo do Inmetro.

Segurança

● Cuidado ao subir em estruturas como escadas ou usar ferramentas com hastes metálicas durante a decoração, pois, o contato acidental com a rede elétrica pode provocar choques;
● Não utilize postes e fiações para apoiar a iluminação;
● Não utilize benjamins, nem sobrecarregue o circuito da tomada. Isso pode superaquecer os fios e causar incêndios ou curtos-circuitos;
● Não faça emendas nos fios dos pisca-piscas;
● Evite contato das lâmpadas com objetos e enfeites que podem ser inflamáveis ou metalizados;
● Mantenha a árvore natalina distante de objetos que possam pegar fogo, como cortinas, lareiras ou outras fontes de calor;
● Não feche portas e janelas sobre a fiação.

Agora que você já sabe como economizar energia e evitar acidentes, que tal se inspirar um pouquinho? A WEG também ama decoração natalina, e todos os anos os departamentos são iluminados e decoradas de forma criativa, reutilizando materiais. Dê uma olhadinha!

Metalúrgico III IV

Departamento Metalúrgico III e IV

Usinagem Fundidos A 4

Departamento de Usinagem e Fundidos A4

Departamento ASTEC WAU

Departamento ASTEC WAU

Departamento Montagem WEN

Departamento Montagem WEN

 

Nem só de luz: decoração natalina nas fábricas WEG são feitas com reutilização de materiais. Gostou? Essa é uma ótima época do ano para soltar a criatividade e preparar a casa para as festas de fim de ano, e lembre-se: tudo pode ser feito com responsabilidade, segurança e baixo custo! 🙂

Como a terapia de prótons está mudando a maneira como tratamos o câncer

Dezembro já está chegando, mas assuntos como o #OutubroRosa e #NovembroAzul não podem ficar para trás. A ciência e tecnologia vêm trazendo avanços incríveis para minimizar os efeitos do tratamento e combater o câncer. Hoje falaremos sobre um método incrível com contribuição de um dos maiores aceleradores de partículas do mundo.

O PSI, Instituto Paul Scherrer, tem décadas de experiência na área de terapia de prótons e já ajudou mais de 8.000 pacientes com câncer. Anos atrás, com contribuições pioneiras, como o desenvolvimento de uma nova técnica de irradiação – a chamada spot scanning -, os pesquisadores do PSI revolucionaram a terapia com prótons. Com a introdução desta técnica, o tratamento tornou-se tão preciso e de baixo risco que médicos em cada vez mais países estão usando a terapia de prótons para tratar pacientes com câncer.

Isso porque, com spot scanning, até mesmo tumores em partes do corpo que estão próximos a estruturas críticas sensíveis à radiação podem ser tratados. Entre estes estão, por exemplo, certos tumores cerebrais, como meningiomas, tumores na região do ouvido-nariz-e-garganta, tumores próximos à medula espinhal e vários tipos de tecido conjuntivo e tumores ósseos.

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PSI Institute e SLS: síncrotron 3ª geração, em operação desde 2000 na Suíça

Ao contrário da radioterapia tradicional, que utiliza fótons para irradiar e matar células tumorais, a terapia de prótons é uma forma avançada de tratamento. Algumas das vantagens deste tratamento são:

– Menos radiação fora do tumor

– Menos efeitos colaterais

– Menor risco de transtornos induzidos

– Melhor qualidade de vida durante e após o tratamento do câncer

Disponível em 40 centros médicos ou hospitais localizados na Ásia, Europa, Estados Unidos e África do Sul, a hadronterapia — nome dado a essa abordagem terapêutica contra o câncer

—já foi empregada em aproximadamente 112 mil pessoas nos últimos 20 anos.

Particle Therapy Systems: como funciona a Próton Terapia

A terapia de prótons se baseia em feixes de prótons ou de íons de carbono que, acelerados a até 225 mil metros por segundo, penetram no interior do corpo humano praticamente sem causar danos ao tecido biológico atravessado.

Quase toda a energia desse fluxo de partículas subatômicas eletricamente carregadas é canalizada para o exato momento e lugar em que prótons ou íons cessam de se movimentar. Esse ponto de parada pode ser controlado com precisão milimétrica e direcionado para um tumor, que, assim, receberá uma dose de energia concentrada maior do que a atualmente fornecida pela radioterapia convencional. Nesta abordagem terapêutica contra o câncer, é grande a chance das células com tumor, e quase exclusivamente elas, morrerem em razão da radiação ionizante. (Fonte: Revista Pesquisa FAPESP)

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Aplicação Particle Therapy Systems

Para explorar as possibilidades dessa forma de radioterapia, os centros médicos precisam de um cíclotron, aceleradores circulares de partículas responsáveis por colocar prótons ou íons na velocidade adequada para uso clínico.

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Equipamento de terapia por partículas (repare no tamanho do paciente, ao centro)

A vantagem desta máquina, é que o feixe disparado é incrivelmente potente e preciso – atinge apenas o tumor, sem danificar as células que estão em volta

03Exemplos de aplicação e precisão de tratamento por partículas

Reparou na imagem acima como a radioterapia convencional não consegue “parar” o feixe de luz, que passa para outras partes do corpo? Já, no caso da terapia de prótons, a precisão milimétrica que os feixes penetram no corpo humano param exatamente na área do tumor, sem que outras partes sejam afetadas. Ou seja, com menos desgaste ao corpo do paciente. Infelizmente essa tecnologia ainda não chegou ao Brasil. Mas esperamos muito vê-la por aqui! =)

Se quiser saber ainda mais sobre a terapia de prótons, convidamos você a acessar o site do PSI

Imagem de capa: PSI, Instituto Paul Scherrer.

Transformador

Como funcionam os transformadores?

As instalações elétricas muitas vezes necessitam que a tensão fornecida pelas companhias de energia elétrica aumente ou diminua, para isso, é preciso um dispositivo que permita fazer essa transformação de tensão. Imagine, por exemplo, que você comprou uma geladeira com uma tensão de 110 V, porém, em sua casa, a tensão é 220 V. Nesse caso, a forma mais fácil de não danificar a sua geladeira, é utilizar um transformador.

Responsável por garantir o uso de energia elétrica em residências e indústrias, o transformador de tensão é um dispositivo de corrente alternada, operando sob os princípios eletromagnéticos da Lei de Faraday e da Lei de Lenz. Existem dois modelos diferentes de transformadores: o transformador de potência, que recebe a energia elétrica da usina e repassa para a rede de transmissão, e o transformador de distribuição, que é a última etapa antes da energia elétrica chegar até o consumidor.

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Com vocês: o transformador elétrico
O transformador é constituído por uma peça de ferro, chamada de núcleo e espiras condutoras em duas regiões distintas, gerando duas bobinas, elas são isoladas eletricamente entre si, denominadas primária e secundária. Na bobina primária é aplicada a tensão que se deseja transformar, já na bobina secundária é onde sai a tensão já transformada. Veja a ilustração:

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Esquema de um transformador
A transformação ocorre quando é aplicada uma tensão alternada no enrolamento primário fazendo surgir uma corrente, também alternada, que percorrerá todo o enrolamento. Através dessa corrente estabelece-se um campo magnético no núcleo de ferro, esse por sua vez sofre várias flutuações e, como consequência da variação de campo magnético sobre suas espiras surge, na segunda bobina, uma tensão induzida.
 
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Quer saber ainda mais sobre os transformadores, e mais, vê-los de pertinho? Aqui no Museu WEG há uma sala com geradores, transformadores e motores elétricos! A entrada é gratuita, e se preferir, o tour virtual está disponível neste link: https://museuweg.net/tour-virtual/.

Fontes energéticas: falando sobre a hidroeletricidade

A hidroeletricidade é a energia elétrica obtida através da força da água, sem reduzir sua quantidade, sendo, portanto, uma fonte renovável de energia. Chamada de energia hidráulica ou hidrelétrica, é o aproveitamento da energia cinética contida no fluxo de massas de água, que promove a rotação das pás das turbinas e é transformada em energia elétrica.

O sistema de uma usina hidrelétrica é composto por: barragem, sistema de captação (adução) de água, casa de força, canal de fuga e vertedouro. As usinas hidrelétricas são classificadas de acordo com a altura da queda d’água, vazão, capacidade ou potência instalada, tipo de turbina usada no sistema, barragem e reservatório. É o local de construção que dá a altura da queda e a vazão, e estes dois fatores determinam a capacidade ou potência instalada da usina.

Usina Hidrelétrica de Itaipu
Estado: Paraná | Rio: Paraná | Capacidade: 14.000 MW

Vantagens
A energia hidrelétrica possui vantagens em comparação com outras fontes de energia pois não requer o uso de combustíveis fósseis, não dependendo da queima de quaisquer tipos de gases e matérias de partículas, ou seja, sem criar poluição do ar. Apesar de contribuir para a emissão de metano e dióxido de enxofre, as hidrelétricas não emitem ou liberam outros tipos de gases tóxicos, como os que são exalados por termelétricas — muito nocivos ao ambiente a à saúde humana.

Outra vantagem é que, por não depender de combustíveis, o preço não varia. A água das barragens também pode ser utilizada para a irrigação de lavouras, melhorando a produtividade agrícola no decorrer do ano, além de prevenir inundações. Nas imediações das barragens a água do reservatório pode ainda ser utilizada para a criação de espaços públicos.

Desvantagens
No entanto, as desvantagens das hidrelétricas em comparação a outras fontes de energia renovável como a solar e a eólica, ficam mais evidentes. O problema ainda é a viabilidade das novas tecnologias. A construção das grandes usinas pode tornar-se cara e demorada. Uma alternativa para reduzir seus impactos é a construção de pequenas centrais hidrelétricas, que dispensam a construção de grandes reservatórios.

Em alguns casos pode ocorrer a inundação de grandes áreas, contribuindo para o aumento do efeito estufa, pois árvores submersas podem produzir gases tóxicos, e o deslocamento de populações. Para evitar o problema do impacto ambiental, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) criou a resolução nº 347, de 10 de setembro de 2004, que obriga as construções de usinas hidrelétricas a terem uma compensação ecológica.

Captando o poder da água há milhares de anos

Inventada na Grécia Antiga, a roda hidráulica é uma tecnologia difundida por todo o mundo, aproveitando a energia da água é utilizada até hoje em dia. Ela é basicamente uma roda de madeira ou metal, colocada normalmente na vertical, num corpo de água. Pás ou baldes na parte externa captam a água e criam a força que a faz girar, assim, através de correias ou engrenagens operam a maquinaria.

Você já viu uma roda d’água? Aqui no Museu WEG você pode ver uma em atividade e descobrir de pertinho como ela é capaz de gerar energia. A entrada é livre e gratuita, e você também pode agendar uma visita com sua turma! =)

Para ouvir em qualquer lugar: 5 podcasts sobre Ciência e Tecnologia

Podcasts são programas de áudio gravados, editados, geralmente divididos em uma série de episódios e distribuídos na internet. Podem ser baixados e ouvidos online. Há quem diga que seja uma reinvenção, uma nova era das rádios. Com o avanço do uso de smartphones e dispositivos móveis no Brasil, a produção e o consumo de podcasts vêm aumentando todos os anos.

Cunhado em 2004, o termo é uma junção de iPod (aparelho mp3 da Apple) e broadcast (transmissão). Hoje, é uma grande ferramenta de difusão de conteúdo e qualquer pessoa conectada à Internet pode fazer e veicular os programas de áudio. Eles tratam dos mais diversos temas, do entretenimento até temáticas profissionais e claro, ciência e tecnologia.

Até 2014 o número de podcasts com temática científica era pequeno, porém tanto no Brasil como em outros países, pesquisadores e produtores de conteúdo falam cada vez mais de temas relacionados à ciência, em diferentes formatos, com equipes distintas e um público crescente de ouvintes. Conheça alguns desses podcasts:

FRONTEIRAS DA CIÊNCIA
Este é um podcast que explica como funciona a ciência e como ela faz parte do nosso dia-a-dia. O Fronteiras da Ciência funciona com uma roda de bate-papo descontraída, onde cientistas conversam sobre temas variados e assuntos do momento, tentando preencher as lacunas deixadas de lado pela mídia e o sistema educacional.
Ouça em: http://www.ufrgs.br/frontdaciencia/

DRAGÕES DE GARAGEM
O Dragões de Garagem foi criado em 2012, é um podcast de divulgação científica que fala de ciência de forma abrangente e interessante. O papo é  natural e incentiva o pensamento crítico e a curiosidade dos ouvintes. Os episódios são divididos por temas, e os convidados têm formação ou experiência no tema escolhido, criando diálogos informais e cheios de conhecimento.
Ouça em: http://dragoesdegaragem.com/

ALÔ, CIÊNCIA?
“Alô, Ciência?” é um podcast que trata de temas voltados para a divulgação científica, levando sempre em conta sua influência e importância na sociedade. Em diálogos com linguagem informal, constituídos por uma rede de colaboradores, os programas duram geralmente mais de uma hora.
Ouça em: https://alociencia.com.br/

ROCK COM CIÊNCIA
Projeto de extensão universitária, o Rock com Ciência é realizado pelo Laboratório de Genética Ecológica e Evolutiva da Universidade Federal de Viçosa, de Rio Paranaíba. Nele, os temas da área científica e cultura em geral são discutidas sempre ao som de rock’n’roll, em todas as suas vertentes.
Ouça em: http://www.rockcomciencia.com.br/

SCICAST
Este podcast tem o objetivo de levar a ciência à todas as pessoas, cientistas ou não, de forma clara e descomplicada sem abrir mão da profundidade, tanto na abordagem do tema quanto do debate. ​São 50 colaboradores e inúmeros convidados especialistas​ ​que criam bate-papos sobre várias áreas do conhecimento científico. Os programas vão ao ar semanalmente, todas as sextas-feiras.
Ouça em: https://player.fm/series/scicast-1279242

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Então, gostou da lista? No início, pode ser difícil se concentrar e ouvir uma ou duas horas de podcasts, por isso, se você ainda não é adepto aos programas, comece ouvindo os mais curtinhos. Aos poucos você se acostuma e torna-se um ouvinte assíduo. Existem tantos conteúdos interessantes e valiosos ao nosso alcance, gratuitamente, vamos aproveitá-los!

Niels Bohr e a estrutura atômica

Foi no ano de 1913, que o dinamarquês especialista em física atômica Niels Bohr (1885-1962) estabeleceu o modelo atômico pelo qual ficou conhecido, e inclusive, recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1922.

Niels Bohr deu continuidade ao trabalho desenvolvido com Rutherford, preenchendo a lacuna que existia na teoria atômica proposta por ele. Por esse motivo, o átomo de Bohr pode também ser chamado de Modelo Atômico de Rutherford Bohr.

Para chegar nesse modelo, ele baseou-se no dilema do átomo estável — princípio desconhecido até então — acreditando na existência de princípios físicos que descrevessem os elétrons existententes nos átomos.

Logo, seus experimentos foram iniciados admitindo que um gás emitia luz quando uma corrente elétrica passava por ele. O que explica o fato de que os elétrons, em seus átomos, absorvem energia elétrica e depois a liberam em forma de luz. Com isso, Bohr deduziu que um átomo tem um conjunto de energia disponível para seus elétrons, ou seja, a energia de um elétron em um átomo é quantizada. Esse conjunto de energias quantizadas foi chamado, depois, de níveis de energia.

Após essas conclusões, o modelo atômico de Rutherford foi aperfeiçoado por Bohr, que chegou ao modelo do átomo como sistema planetário, onde os elétrons se organizam na eletrosfera na forma de camadas.

O conceito de Bohr

Como podemos ver na imagem acima, os elétrons estão distribuídos em camadas ao redor do núcleo, lembrando a órbita de um planeta, com elétrons orbitando ao redor do “núcleo-sol”. Existem 7 camadas eletrônicas, representadas pelas letras maiúsculas: K, L, M, N, O, P e Q. À medida que as camadas se afastam do núcleo, aumenta a energia dos elétrons nelas localizados.

O modelo de Niels Bohr estava ligado à Mecânica Quântica. Assim, a partir da década de 20, Erwin Schrödinger, Louis de Broglie e Werner Heisenberg, especialmente, fazem sua contribuição ao que diz respeito ao modelo da estrutura atômica.

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