Os elementos da natureza como fonte de energia renovável

Há muito tempo a água corrente move moinhos, o fogo cozinha alimentos e os ventos movimentam as velas das embarcações.

Desde os primórdios a humanidade busca formas de produzir e armazenar energia. Há muito tempo a água corrente move moinhos, o fogo cozinha alimentos e os ventos movimentam as velas das embarcações. Com o passar dos anos, o homem descobriu maneiras cada vez mais engenhosas de utilizar os elementos da natureza como fonte de energia.

Os recursos naturais que se renovam e são utilizados para gerar energia são chamados de fontes de energia renováveis, como a luz do sol, água dos rios, força dos ventos, materiais orgânicos, força das ondas, força das marés e o calor do interior da Terra. Veremos mais sobre eles no decorrer do texto!

 

Fontes de energia renováveis:

1. SOL: o sol cumpre função na matriz energética renovável e pouco poluente. A energia solar é produzida por painéis instalados nos telhados das construções. Esses painéis absorvem a luz proveniente do sol e a transformam em energia elétrica. A energia solar é considerada limpa porque não produz resíduos poluentes e gases de efeito estufa. Ela é sustentável porque é gerada por um processo natural que se repõe constantemente, necessitando apenas da emissão de raios solares para existir.

2. VENTO: a energia produzida a partir do vento é chamada de eólica. Para aproveitar o vento que sopra em terra, são criados enormes parques eólicos com turbinas instaladas em torres de até 150 metros de altura que transformam os ventos em energia cinética. As hélices giram ativando aerogeradores que produzem eletricidade para abastecer residências, empresas e indústrias. Há milhares de anos versões menores e mais rudimentares dessas turbinas são usadas para bombear água e moer grãos. Ela é barata, renovável e também não contribui para o efeito estufa. 

3. ÁGUA: a energia hídrica ou hidráulica é produzida, geralmente, por meio de centrais hidroelétricas associadas a barragens de grande ou média capacidade; requer uma grande infraestrutura para ser produzida em escala. Para uma usina hidrelétrica funcionar, por exemplo, é preciso levantar uma barragem. Com ela, acumula-se um volume significativo de água que será liberado aos poucos e com grande pressão para fazer girar as turbinas hidráulicas e gerar energia elétrica.

4. ONDAS E MARÉS: a força que provém do aproveitamento das ondas e marés oceânicas também pode gerar energia. As marés são influenciadas pelas forças de atração (gravidade) que o Sol e a Lua exercem sobre o nosso planeta. Quanto mais alinhados estiverem o Sol, a Lua e a Terra, maior será o efeito de alta nas marés. A energia marítima é uma fonte renovável — já que o movimento das águas dos oceanos é um fenômeno natural, abundante e contínuo — e limpa, por não poluir nem contribuir para o aquecimento global.

5. BIOMASSA: a biomassa é gerada a partir da decomposição de materiais orgânicos como esterco, restos de alimentos e resíduos agrícolas e é fonte renovável e inesgotável de energia. Por meio dos processos de combustão, gaseificação, fermentação e líquidos resultantes da decomposição de materiais, a biomassa pode gerar eletricidade, calor e até biocombustíveis. Essa fonte é considerada uma forma de energia limpa, já que dá um novo uso a resíduos que iriam para lixões ou aterros.  

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6. TERRA: você sabia que o calor da Terra também pode gerar energia? É o que chamamos de energia geotérmica, nesse caso o interior da Terra produz vapor e água quente que podem ser usados por geradores de energia, como turbinas, para produzir energia elétrica sustentável ou, para outras aplicações de energia renovável, como o aquecimento e geração de energia para a indústria. Essa energia pode ser extraída de reservatórios subterrâneos profundos através da perfuração, ou de reservatórios geotérmicos mais perto da superfície.

Além de ser imprescindível para a nossa sobrevivência, a natureza também colabora com as modernas invenções do homem, tornando nossa vida mais fácil e sendo uma alternativa para cuidar melhor do nosso meio ambiente. <3

O que aconteceria se o Sol desaparecesse?

Certo dia você acorda e percebe que o sol sumiu! O que vai acontecer com a Terra?

Certo dia você acorda e percebe que o sol sumiu! É claro que essa é uma história impossível de acontecer — ele jamais desapareceria de uma hora para a outra. Alguns astrônomos até calculam que daqui a 7,5 bilhões de anos o nosso sol começará a desaparecer, sofrendo uma explosão que dará origem a uma estrela menor, que continuará a brilhar.

Mas vamos supor que o sol desapareceu. Nesse caso, como ele leva um pouco mais de 8 minutos para viajar até nós, esse seria o tempo que nossa estrela ainda permaneceria visível no céu. A Terra não cairia na mais completa escuridão logo de cara. As cidades continuariam iluminadas enquanto houvesse eletricidade, as estrelas ainda estariam brilhando no céu e os planetas que fazem parte do Sistema Solar ficariam visíveis por um curto período de tempo. Mas logo o planeta ficaria sem luz e os efeitos da escuridão não seriam nada animadores. Dependendo da quantidade de energia que a espécie humana fosse capaz de produzir artificialmente, até poderia resistir alguns anos.

 

 

Sem poder fazer fotossíntese, os primeiros a sumirem da Terra seriam os vegetais, já que não poderiam mais usar os raios solares para produzir alimento, e a maioria das espécies de menor porte iriam sumir em pouco tempo. Em seguida, desapareceriam aqueles que dependem dos vegetais para sobreviver: os animais herbívoros.

 

 

Outro problema seria que nosso planeta sofreria com o resfriamento, a temperatura da superfície da Terra despencaria para zero grau depois da primeira semana sem sol, com o tempo, os oceanos também congelariam e o nosso mundo se transformaria em uma esfera de gelo, interrompendo o ciclo da água. Sem água, é muito difícil imaginar vida. 

 

 

Só que, antes de tudo isso acontecer, precisamos lembrar que o sol concentra 99,8% da massa do Sistema Solar, sendo a força gravitacional que mantém todos os planetas onde estão, “presos” em suas órbitas ao redor do sol. Isso quer dizer que, a primeira coisa que aconteceria, é que tanto a Terra, a lua e demais planetas sairiam “voando” espaço afora.

A Terra orbita a uma velocidade de 107.200 km/h e, a princípio, continuaria na mesma velocidade depois que o sol sumisse, mas em vez de movimentos circulares ele seguiria andando em linha reta. Se não colidisse com outros planetas ou asteróides, a essa velocidade a Terra levaria 43 mil anos para cruzar uma distância de 4,3 anos-luz. De modo que, após 1 bilhão de anos, nosso planeta teria andado 100 mil anos-luz, o que vem a ser a extensão de toda a Via Láctea.

 

 

Muito curioso, né? Mas pode ficar tranquilo, enquanto você existir, o sol vai continuar brilhando! 🙂

10 séries e documentários sobre Ciência & Tecnologia para ver na Netflix

Acreditamos que estudar também pode ser divertido e, por isso, hoje separamos algumas séries e documentários para você aprender muito!

Existem diversas maneiras de aprender um novo tema, estudar, complementar uma leitura ou lembrar de um assunto visto em aula. Acreditamos que estudar também pode ser divertido e, por isso, hoje separamos algumas séries e documentários que estão disponíveis na Netflix — o serviço de streaming possui um catálogo com muita coisa bacana sobre ciência, natureza, tecnologia e curiosidades do universo. Que tal dar uma olhadinha?

 

Confira abaixo as 10 dicas que separamos:

 

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  1. Cosmos: A Spacetime Odyssey

Uma das mais famosas séries documentais do catálogo. Em Cosmos, o astrofísico Neil deGrasse Tyson apresenta como nós descobrimos as leis da natureza e achamos nossas coordenadas no espaço e no tempo.

 

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  1. Bill Nye Saves the World

Com muito humor, o premiado Bill Nye recebe especialistas e celebridades em seu programa de entrevistas e analisa em seu laboratório questões científicas do dia a dia.

 

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  1. O universo

Essa série pioneira do History Channel mistura impressionantes animações com ideias sobre planetas distantes e outras maravilhas celestiais. 

 

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  1. Mission Blue

Nesta série, a oceanógrafa e ecoativista Sylvia Earle divulga as condições dos oceanos e retrata sua campanha para salvar os oceanos do mundo de várias ameaças, como a pesca abusiva e os resíduos tóxicos.

 

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  1. Science of Star Wars

A série de documentários aborda a ciência de “Star Wars” e mostra quais das tecnologias apresentadas nos filmes já estão se tornando realidade.

 

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  1. Eu e o Universo

Nesta série de curiosidades aparecem germes, emoções, mídia social e muito mais. É a ciência presente na nossa vida explicada de um jeito fácil de entender.

 

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  1. Star Trek: Discovery

A série acompanha as viagens da Frota Estelar a bordo da USS Discovery na descoberta de novos planetas e formas de vida, sem esquecer as histórias e questões pessoais dos tripulantes. 

 

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  1. O Código Bill Gates

Minissérie que faz uma jornada pela mente brilhante de Bill Gates — descubra quem o influenciou e quais são as metas que o bilionário ainda pretende alcançar.

 

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  1. Abstract: The Art of Design

Descubra como pensam os designers mais inovadores em diferentes áreas e saiba como seu trabalho influencia todos os aspectos da nossa vida.

 

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  1. Explicando… O coronavírus

Em 2020, o mundo mudou. Esta série investiga a pandemia do coronavírus, os esforços para combatê-la e os impactos na saúde mental.

 

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Essas são só algumas dicas entre tantos programas legais para assistir. O universo da natureza, ciência e tecnologia está a um clique de distância. E, se você não possui acesso à Netflix, aproveite para explorar o YouTube ou os podcasts que citamos neste post. Já escolheu por qual vai começar? Então pega a pipoca e tenha uma ótima sessão! =)

Museu WEG na 18º Semana de Museus: confira a programação

O tema definido para a edição de 2020 é: “Museus para a Igualdade: diversidade e inclusão”.

As coisas andam um pouco diferentes, e é reinventando o jeito chegar até vocês que o Museu WEG participa de mais uma Semana de Museus. A ação é permanente e coordenada pelo Ibram – Instituto Brasileiro de Museus. Desde 2003, ocorre anualmente em todo o território nacional em comemoração ao Dia Internacional de Museus (18 de maio). 

 

Em todas as edições, o Ibram empreende um conjunto de ações que visa à mobilização das instituições a partir de uma programação especial em torno do tema sugerido pelo ICOM – Conselho Internacional de Museus. O tema definido para a edição de 2020 é: “Museus para a Igualdade: diversidade e inclusão”. O Museu WEG é referência em acessibilidade e, unindo a experiência com o tema proposto, pretende fazer com que pessoas com necessidades especiais se sintam ainda mais convidadas a participarem dessa história.

 

O formato neste ano não poderia ser diferente: para falar sobre o assunto, acontecerão duas lives no Instagram do Museu nos dias 18 e 20 de maio. No Instagram, as convidadas irão discorrer um bate-papo sobre acessibilidade em museus e espaços culturais, conceitos sobre acessibilidade e os desafios que este campo tem dentro dos espaços culturais, assim como acessibilidade museológica em tempos de pandemia e pós pandemia. O público também poderá participar enviando perguntas que serão respondidas ao final das lives.

 

Programação

 

Live: Autismo e inclusão nos Museus: uma visão familiar!

Dia 18/05/2020 às 19h

Mediação: Patrícia Tatiane Schubert – Educadora no Museu WEG

Convidada: Alessandra Caputo Costa — Química industrial e mãe realizada de duas pessoas fantásticas, sendo uma delas com autismo.

Convidada: Juliana Elis Müller de Jesus — Psicóloga. Formação em Psicodrama. Formação em Neuropsicologia. Especialista em Gestão de Pessoas. Especialista no Transtorno do Espectro Autista. Trabalha há quase cinco anos na Associação de Amigos do Autista.

  

Live: Acessibilidade em Museus: para quê e para quem?

Dia 20/05/2020 às 16h

Mediação: Gabriella Eger Lux – Coordenadora Museológica no Museu WEG

 Convidada: Amanda Tojal – Arteinclusão

Currículo: Museóloga e Educadora de Museus. Graduada em Educação Artística pela Faculdade Armando Álvares Penteado e Pós-graduada em Museologia pela Faculdade de Sociologia e Política de São Paulo. Mestre em Artes e Doutora em Ciências da Informação pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Consultora em Acessibilidade e Ação Educativa Inclusiva para públicos com deficiências em museu e instituições culturais como, Museu de Arte Contemporânea da USP, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu do Futebol/SP, Museu Casa de Portinari (Brodowski/SP), M.H.P. Índia Vanuíre (Tupã/São Paulo), Museu WEG de Ciência e Tecnologia/SC, Museu Oscar Niemeyer (Curitiba/PR), Museu de Arte do Rio/RJ, Museu do Amanhã/RJ, Museu Felícia Leirner (Campos do Jordão/SP), Reserva Natural Sesc em Bertioga/SP, entre outros. Docente de cursos de formação em Acessibilidade Cultural e Ação Educativa Inclusiva em diversas instituições do Brasil. Curadora da Exposição Itinerante para públicos inclusivos “Sentir pra Ver: gêneros da pintura na Pinacoteca de São Paulo”, desde 2012. Vice-presidente e Conselheira do Conselho de Museologia (COREM 4R), gestões 2013 a 2018. Sócia diretora da empresa Arteinclusão Consultoria em Ação Educativa e Cultural, desde o ano e 2003.

 

Gostou? Será uma semana incrível e de muito conhecimento! Contamos com sua presença nas lives. <3 Para não perder, siga o Museu WEG no Instagram: www.instagram.com/museuweg

 

O mistérios dos neutrinos de alta energia encontrados na Antártida

Nos últimos anos um mistério envolvendo neutrinos causou muitas perguntas pela Antártida.

A Antártida possui um enorme potencial para descobertas científicas e, desde o final do século XIX, é local de uma verdadeira jornada pelo conhecimento devido às suas condições climáticas e geográficas únicas, no continente estão bases de pesquisadores de cerca de 30 países, incluindo o Brasil. Nos últimos anos um mistério envolvendo neutrinos causou muitas perguntas por lá.

Esse mistério começou quando um equipamento da NASA chamado Anita detectou partículas muito discretas, chamadas de neutrinos, alcançando uma energia altíssima no céu antártico. O problema é que o Anita compartilha espaço com um outro detector de neutrinos, que é muito maior e abrangente, o IceCube, e ele, curiosamente, não observou nenhum outro neutrino de alta energia. Vamos entender essa história?

 

Neutrinos, IceCube e Anita

Neutrinos são partículas tão minúsculas que são as menores partículas conhecidas. Sua massa é 100 milhões de vezes menor que a do próton – uma das partículas que formam o núcleo dos átomos. Isso equivale a um bilionésimo de trilionésimo de trilionésimo de um grama.

Os neutrinos estão por todos os lugares. Bilhões deles estão atravessando seu corpo e toda a Terra nesse momento, muito provavelmente emitidos pelo sol. Apesar de muito abundantes, essas partículas são bastante antissociais. Por serem muito pequenos, os neutrinos fazem suas viagens pelo Universo sem quase nunca interagir com nenhuma outra partícula. Isso os torna basicamente indetectáveis, é por isso que também são conhecidas como “partículas fantasmas”.

O conjunto de teorias da física que explica o mundo subatômico, prevê a existência de neutrinos de alta energia, essas partículas são mais raras, e também muito mais sociáveis. Isso porque, quanto maior a energia de um neutrino, maior a probabilidade dele interagir com algo em seu caminho.

 

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Neutrino registrado no observatório IceCube, na Antártida – ICECUBE COLLABORATION

 

Para procurar esses viajantes cósmicos existem equipamentos específicos. O Observatório de Neutrinos IceCube é o principal deles, com mais de cinco mil sensores de luz enterrados no gelo da Antártida. Assim, quando um neutrino de alta energia atravessa a Terra, ele pode interagir com um átomo da Antártida e essa interação é pega pelos sensores. Qualquer neutrino pode interagir, mas os de alta energia são mais perceptíveis. Quando um neutrino de energia incomum atinge o IceCube, um sinal é disparado e astrônomos do mundo todo imediatamente apontam os telescópios para a região do espaço de onde ele veio.

 

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IceCube Observatory – Foto de Sven Lidstrom, IceCube, NSF via New York Times

 

Outro aparelho capaz de detectar esses neutrinos de alta energia é da NASA, chamamos ele de Anita. Ele fica em um balão flutuante no céu gelado do continente e procura por neutrinos extremamente energéticos. Os aparelhos são capazes de gerar sinais de rádio e interagirem quando encontram algum átomo no gelo antártico.

É com esses dois detectores que inicia o nosso mistério: o Anita detectou, em três eventos diferentes, neutrinos de energia absurdamente alta saindo do solo da Antártida. O curioso é que quanto mais energéticos são os neutrinos, maior é a probabilidade de que eles interajam com outras partículas, e os detectados vinham de um ângulo onde, provavelmente, teriam atravessado toda a Terra sem parar.

Não é impossível que um neutrino super energético cruze o planeta despercebido. Mas para que um tivesse essa chance, muitos outros teriam que ter falhado na missão. E o IceCube não identificou nenhum outro neutrino de alta energia naquele momento. Também não houve conhecimento de fenômeno cósmico (como um buraco negro supermassivo) que poderia ter originado os neutrinos. Anteriormente, os cientistas haviam descoberto neutrinos vindos do sol e de restos de supernovas próximas, mas nenhuma dessas fontes é forte o suficiente para lançar partículas tão energéticas na direção da Terra. Logo, como o Anita detectou um neutrino sem que o IceCube detectasse dezenas de outros que pertenceriam ao mesmo “lote” com características semelhantes?

Pode ter sido sorte que o Anita detectou um neutrino em um milhão, mas a chance disso ter acontecido é tão pequena que os pesquisadores do IceCube começaram a especular se essa partícula de alta energia é mesmo um neutrino. Um artigo científico com vários autores analisando o caso está disponível aqui, ainda em estágio de pré-publicação (isto é: não foi revisado por outros cientistas)

As detecções do Anita não pareciam fazer sentido para as regras da Física atual. Físicos do mundo todo começaram a estudar o acontecido até que, em 22 de setembro de 2017, um único neutrino viajando a praticamente a velocidade da luz atravessou a Terra e passou pelos detectores do IceCube. Tinha aproximadamente 290 TeV de energia. O impacto provocou um alerta notificando os astrônomos caçadores de neutrinos.

Quando os cientistas rastrearam o caminho do neutrino, chegaram a um ponto no espaço próximo a constelação de Orion, onde simultaneamente vários telescópios registraram um grande clarão. Naquele pedaço do céu estava um objeto grande e distante chamado blazar, que despertou e começou a emitir partículas pelo espaço. Isso incluiu uma grande quantidade de raios gama, que foram detectados pelo telescópio Fermi Gamma-Ray.

Os raios gama vieram de uma galáxia gigante chamada TXS 0506+056, onde há um buraco negro colossal. Enquanto engole tudo ao seu redor, o buraco negro produz partículas extremamente energéticas que estão exatamente na direção da Terra.

Evidências sugerem que TXS 0506+056 é o responsável por atirar os neutrinos em direção a Terra, o que significa que os cientistas descobriram pelo menos uma fonte dessas partículas. A descoberta é um passo na direção de encontrar a origem dos raios cósmicos, um dos maiores quebra-cabeças da astrofísica.

 

Conheça o Blazar TXS 0506+056: 

Apesar de ser uma das prováveis fontes de todos os raios cósmicos, a caçada de outras fontes dessas partículas energéticas continua, galáxias em formação, supernovas interagindo, explosões de raios gama de baixa luminosidade, galáxias de rádio nos centros aglomerados, entre outras variedades de fontes astrofísicas que poderiam contribuir para o fluxo dos neutrinos. Por enquanto, nos resta teorizar, mas uma coisa é certa: os neutrinos captados na Antártida abrem uma nova janela à astronomia e ao universo.

Novas tecnologias para o agronegócio

A WEG vem trabalhando para o desenvolvimento de motores e outras soluções para atuar em aplicações agrícolas.

Com o crescimento da população mundial, a demanda da produção agrícola também aumentou, e o seu desenvolvimento só é possível com novas tecnologias e maneiras de alcançar resultados mais assertivos e sustentáveis. Esse cenário foi iniciado com a chegada da mecanização no campo, possibilitando a produção em grande escala, e essa alta produtividade necessita de processos que oferecem mais praticidade ao produtor rural.

De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a produção agrícola mundial deve crescer 20% em dez anos, logo, a tecnologia tem um papel fundamental nessa revolução.

É por isso que a WEG vem trabalhando para o desenvolvimento de motores e outras soluções para atuar em aplicações agrícolas. A implementação de motores nos diversos segmentos primários, como na pecuária, vêm exigindo equipamentos com tecnologia cada vez mais avançada, que sejam projetados e construídos para atender as demandas de operações de serviço contínuo. Esse tipo de ação, que implica em partidas e paradas frequentes, requer motores de alta confiabilidade e que sustentem a carga adicional imposta pelo ambiente severo.

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A WEG produz soluções que vão desde a captação de água para o cultivo, até sistemas completos para o acompanhamento de processos.

 

Tecnologias WEG para o agronegócio

Com produtos para atender os mais diversos segmentos, a WEG tem diversas soluções, como:

 

  • SISTEMAS DE BOMBEAMENTO DE CAPTAÇÃO E IRRIGAÇÃO, E BEBEDOUROS: solução solar para as bombas de captação e irrigação, em pivôs de irrigação, bebedouros de animais, etc.

 

  • SISTEMAS OFF GRID: solução solar para locais remotos sem energia elétrica disponível.  

 

  • SISTEMAS FLUTUANTES: solução de geração solar para colocar em lagos e reservatórios de água, espaço sem utilização, e com redução na evaporação de água.

 

  • SISTEMAS FINAMIZÁVEIS: a WEG possui os geradores fotovoltaicos com índice de nacionalização para financiamentos com recursos do BNDES, exclusivos para produtores rurais. 

 

  • ALTERNADORES SÍNCRONOS: disponíveis a partir de 7,5 kVA, os alternadores síncronos são aplicados em grupos geradores a diesel e gás. Operam nos regimes de emergência, horário de ponta ou operação contínua. São alternadores de alta performance, com rendimentos mais altos – menor consumo de combustível, menor emissão de perdas – menor geração de calor no ambiente, com caixa de ligação ampla, com facilidade de acesso para manutenção e reconexão de cabos e flexibilidade de fixação dos pés, adequando a base do cliente. 

 

  • W22 – EFICIÊNCIA ENERGÉTICA PARA O AGRONEGÓCIO: com o olhar voltado para o desenvolvimento tecnológico para o agronegócio, a WEG lança a linha de motores W22, que garante alta eficiência, excelente relação custo-benefício, redução do consumo de energia elétrica, fácil manutenção e baixos níveis de ruído e vibração. Os motores elétricos W22 são para uso geral e têm como principais aplicações: pivô de irrigação, bombas, ventiladores, compressores, moinhos, britadores e talhas. A principal linha de motores industriais da WEG também apresenta maior rigidez e excelente dissipação de calor, o que aumenta a vida útil dos mancais e os intervalos entre lubrificações. 

 

  • MOTOR PARA AERADOR – AUMENTO DE PRODUTIVIDADE: amplamente utilizado no segmento de piscicultura e carcinicultura, o motor para aerador garante um rendimento de alta performance, que resulta em um maior intervalo entre as manutenções e lubrificações, além de apresentar redução nos ruídos e facilidade na instalação, maximizando a produtividade e também o tempo do produtor. Conta com exclusivo sistema de isolamento WISE® (WEG Insulation System Evolution), que eleva a rigidez dielétrica do bobinado, permitindo a operação com inversores de frequência até 690 Volts e motor com índice de rendimento IR3, que atende os níveis de rendimento exigidos pela Portaria interministerial nº 01, que entrou em vigor a partir de agosto de 2019.

 

  • WEG MOTOR SCAN – MONITORAMENTO PERIÓDICO DOS MOTORES ELÉTRICOS: ícone de performance e tecnologia, a WEG trouxe muito mais conectividade para a indústria 4.0 com o WEG Motor Scan, um sensor de fácil instalação para o monitoramento periódico dos motores elétricos. O dispositivo permite analisar a performance do motor, evitando paradas e perdas na produção, e assim, garante a integridade dos motores instalados na fábrica, a fim de aumentar a eficiência e produtividade do trabalho. O WEG Motor Scan capta os dados do motor, envia ao smartphone ou tablet via Bluetooth® ou Gateway e passa por Wi-Fi todas as informações em tempo real para a nuvem, que armazena os dados e os transmite para a WEG IoT Platform, onde podem ser acessados em maior profundidade. E o melhor: o WEG Motor Scan foi atualizado com novas funcionalidades. O sensor que não para de evoluir agora também monitora redutores, geradores, bombas, compressores, transformadores e tudo mais que você imaginar e a sua produção precisar. 

 

Exemplo de aplicação do Motor W22 no agronegócio

Para que você possa entender como essas soluções funcionam na prática, descrevemos a seguir um caso real da aplicação do Motor W22.

Um distribuidor de equipamentos para processamento de grãos, que utilizava um motor para acionar seus secadores, realizou a substituição para os motores WEG W22, próprios para regime de serviço pesado, e descobriu que esta linha era mais adequada às suas necessidades e trazia mais valor à sua aplicação. O retorno sobre o investimento foi tão expressivo que, após a mudança, ao longo dos últimos 18 meses, continuaram a modernizar seus equipamentos utilizando produtos WEG.

Isto aconteceu porque os motores WEG da linha W22 oferecem um fator de serviço de 1,25 cv com 100HP, que os produtos concorrentes não ofereciam. O motor é o mais propício para aplicações agrícolas, pois oferece compatibilidade com “harmônicas em sistemas elétricos”, que é uma anormalidade na qualidade da energia que está sendo entregue a um sistema. Essas anormalidades podem incluir baixo fator de potência, variações de tensão, variações de frequência e surtos. Os motores WEG são projetados para acomodar esses tipos de problemas, que podem ocorrer em aplicações agrícolas.

Além disso, os motores W22 suportam o desequilíbrio de tensão, que ocorre porque as fazendas contam com energia fornecida pelas concessionárias em muitas fases diferentes. Essa corrente variável representa um desafio para os agricultores e seus equipamentos, pois eles precisam de motores que possam operar com eficiência sem perder potência. À medida que as fazendas se expandem para espaços maiores — alguns de até 5.000 acres — surge a necessidade de mudança para motores próprios para regime de serviço pesado, pois é necessária mais tensão, e um motor trifásico ajuda a reduzir os custos. Assim, a construção dos motores WEG, em comparação com motores de uso geral, é a melhor opção para o tipo de aplicação exigido pelas fazendas.

Seja para o pequeno, médio ou grande produtor, não param de surgir novas tecnologias para a praticidade do homem do campo. O uso de equipamentos agrícolas como os produtos WEG garante aos proprietários de fazendas a confiabilidade que eles precisam para operar sem ter o risco de uma parada não planejada.

Poluição tecnológica: qual é o destino de celulares, tablets, notebooks e demais dispositivos?

Você já parou para pensar que a proliferação dos dispositivos digitais está se tornando um problema para o planeta?

Você já parou para pensar que a proliferação dos dispositivos digitais está se tornando um problema para o planeta? Atualmente, o Brasil produz 1,5 mil toneladas de lixo eletrônico por ano, e a reciclagem existente não é suficiente, pois uma pequena porcentagem tem descarte adequado. Os resíduos eletrônicos contêm elementos como cádmio, chumbo, antimônio, níquel ou mercúrio, por isso, encontrar soluções e aumentar a reciclagem é essencial para evitar os danos ao meio ambiente e frear as mudanças climáticas.

 

Tipos de lixo eletrônico

Quando você compra um celular novo, o que faz com o antigo? Onde está o seu antigo computador? A resposta para essas perguntas podem nos dar ideia do impacto gerado pelo lixo eletrônico no planeta. A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) define resíduo eletrônico como qualquer dispositivo alimentado com energia elétrica cuja vida útil tem um final. Entram no conjunto de Resíduos dos Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE) os seguintes itens:

  • Geladeiras, congeladores e outros equipamentos refrigeradores;
  • Equipamentos de computação e telecomunicações;
  • Equipamentos eletrônicos de consumo e painéis solares;
  • Televisores, monitores e telas;
  • Lâmpadas LED;
  • Máquinas de venda automática.

 

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Qual foi o destino do seu último celular?

 

O problema do lixo eletrônico no mundo

Em seu relatório de 2018, a ONU anunciou que foram gerados 48,5 milhões de toneladas de lixo eletrônico no mundo todo. Desses resíduos, apenas 20% foram reciclados. Seguindo essa tendência, poderíamos chegar em 2050 produzindo 120 milhões de toneladas de lixo eletrônico.

A quantidade de resíduos eletrônicos e a má administração de sua reciclagem ameaçam nosso meio ambiente. Entre as substâncias que esses resíduos possuem, estão elementos como: cádmio, chumbo, óxido de chumbo, antimônio, níquel ou mercúrio. Ambos componentes tóxicos que poluem rios, lagos e mares e emitem gases na atmosfera capazes de provocar desequilíbrios nos ecossistemas. Por isso, é inadiável reverter o modelo de produção, consumo e reciclagem desses resíduos.

Para dar um exemplo do problema e perigo do descarte inadequado, os toners de impressoras — aparentemente inofensivos — contêm um pó que, ao entrar em contato com fogo, libera gás metano, que não só potencializa o efeito estufa e causa problemas respiratórios em humanos, como também é inflamável e pode causar explosões. Já a tinta que sobra nos cartuchos de impressoras contamina o solo e o lençol freático, tornando a terra estéril e a água imprópria para o consumo.

 

Como reduzir o lixo eletrônico?

Uma das respostas para o problema, é, certamente, o consumo responsável e prolongar a vida útil dos dispositivos para frear o crescimento dos resíduos eletrônicos. Reutilizar equipamentos tecnológicos é uma das únicas alternativas contra um sistema de reciclagem ineficiente. Diante desse contexto, algumas medidas devem ser urgentemente implementadas, como: reduzir, reutilizar e reciclar.

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Reduzir: existe uma tendência onde o consumo de aparelhos cresce e são substituídos com rapidez. Mudar esta ideia depende não apenas do usuário, mas das estratégias de marketing que incentivam o consumo consciente, como dos fabricantes que optam por seguir tendências como o design ecológico.

Reutilizar: lembre-se de dar seu aparelho antigo para alguém que precisa ou vender em mercados de segunda mão. Você também pode doar o produto a uma ONG especializada.

Reciclar: quando o aparelho deixa de funcionar e não há possibilidade de ser utilizado por outra pessoa, a opção é reciclar. Você pode entregar o aparelho no estabelecimento onde for comprar o novo ou levá-lo em alguma empresa que se dedique a recuperação de equipamentos eletrônicos.

 

WEG e o gerenciamento do lixo eletrônico

A WEG também está preocupada em cuidar do nosso meio ambiente. Entre as atitudes tomadas pela empresa, estão: destinação correta do lixo eletrônico — as portarias da WEG possuem um local para o depósito de dispositivos eletrônicos que são encaminhados para locais especializados. Projeto em parceria com o Senai — os computadores descartados pela WEG são doados para que os alunos do ensino técnico possam reutilizar suas partes, construindo um novo computador para doar a comunidade.

 

Plano de trocas WEG

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Na WEG, motor usado vira desconto

 

Este programa incentiva a substituição de motores usados, antigos, danificados ou com baixos níveis de rendimento, de qualquer marca, garantindo desconto na compra de um motor WEG novo, de alta eficiência. Desta maneira, a WEG promove a utilização de motores mais econômicos e cria consciência da conservação de energia, tornando sua planta industrial mais eficiente.

Para participar, no momento da compra de um motor novo, o cliente deve informar que quer incluir o motor usado no Plano de Trocas, então o motor (sucata) que será enviado para troca é avaliado pela WEG. O motor usado pode estar queimado/danificado, mas deve estar completo com o estator bobinado, rotor, carcaça, tampas, mancais e trocador de calor (se aplicável).

Você pode saber mais sobre o programa e quais são os procedimentos para participar clicando aqui: Plano de Trocas WEG.

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O descarte correto de equipamentos eletrônicos melhora a qualidade do meio ambiente e também traz consigo outros benefícios. Se receberem o tratamento de reciclagem adequado, esses objetos podem gerar oportunidades cujo valor ultrapassa 62,5 bilhões de dólares anuais e criar milhões de novos empregos em todo o mundo. Por isso, uma das metas determinadas pela ONU é aumentar a porcentagem global de reciclagem até 30% e alcançar 50% nos países com legislação sobre resíduos eletrônicos.

Cabe a nós, como consumidores, não apenas reduzir, reutilizar e reciclar, mas também comprar produtos que possuam algum tipo de certificação de sustentabilidade. Procure locais adequados para descarte, como os pontos de coleta nas portarias da WEG ou empresas especializadas para que esse lixo não vá para o descarte comum e prejudique nosso ecossistema. Nosso meio ambiente agradece.

Benjamin Franklin, ciência e eletricidade

Em 1706 nascia alguém muito importante para a história da ciência e da eletricidade. Conheça essa história!

Em 1706 nascia alguém muito importante para a história da ciência e da eletricidade. Estamos falando de Benjamin Franklin que, durante sua vida, foi um grande diplomata, escritor, jornalista, filósofo político e cientista norte-americano.

Para se ter ideia da sua importância, Benjamin Franklin assinou três documentos principais na criação dos Estados Unidos: a “Declaração da Independência”, o “Tratado de Paz” e a “Constituição”. Como cientista, investigou e interpretou o fenômeno elétrico da carga positiva e negativa, estudo que levou mais tarde à invenção do para-raios.

A influência e os benefícios de Benjamin Franklin transformaram a Filadélfia na cidade líder das colônias inglesas. Em 1731, com 25 anos, fundou a primeira biblioteca circulante dos Estados Unidos. Criou o Corpo de Bombeiros em Filadélfia e contribuiu para a formação da primeira companhia norte-americana de seguros contra fogo. Em 1740 ajudou a fundar a Academia da Pensilvânia, que mais tarde se transformou na Universidade da Pensilvânia.

Autodidata, Benjamin Franklin nunca deixou de estudar e aprendeu diversas línguas, tocava vários instrumentos e se dedicava às ciências. Em 1737 escrevera sobre terremotos. Em 1741 inventa um aparelho de aquecimento dos lares. Logo concentra sua atividade em pesquisas científicas. Em 1752, através de diversos experimentos em eletricidade, inventa o para-raios e criou termos técnicos que são usados até hoje, como “bateria” e “condensador”. Criou também as lentes bifocais.

 

Benjamin Franklin e a energia elétrica

Iniciando sua pesquisa sobre estática, Benjamin Franklin deu início a vários experimentos científicos para que comprovasse suas teorias sobre eletricidade, como a que sugeria que ela e os raios teriam a mesma natureza. Após vender bens e negócios, teve mais tempo e recursos para suas pesquisas, o que lhe rendeu uma reputação internacional. Seu estudo mais famoso depois do descobrimento da energia foi quando descobriu as cargas positivas e negativas em raios e como estes fenômenos tinham sua origem elétrica.


Em outubro de 1752, ao empinar uma pipa em meio a uma tempestade de raios, Benjamin Franklin resolveu fazer um experimento. O objeto era simples, usou um fio de metal para empinar uma pipa de papel. Este fio estava preso a uma chave, também de metal, manipulada por um fio de seda. Franklin a soltou junto com o filho e observou que a carga elétrica dos raios descia pelo dispositivo.

Todos os documentos que escreveu citam os perigos da experiência e como estava consciente dos riscos, por isso, estudiosos acreditam que Benjamin Franklin não fez exatamente como descreveu, pois a experiência teria sido fatal para o inventor.

A perigosa experiência comprovou para a comunidade científica da época que o raio é uma corrente elétrica de grandes proporções. Mais tarde, Franklin demonstrou ainda que hastes de ferro ligadas à terra e posicionadas sobre ou ao lado de edificações serviriam de condutores de descargas elétricas atmosféricas. Estava inventado o para-raios.

Benjamin Franklin propagou suas ideias através de uma carta, sugerindo a ampla instalação dessas estacas de proteção contra a ação dos raios. A ideia espalhou-se rapidamente e, apenas um ano depois, um padre construía o primeiro para-raios na Europa.

Hoje, um para-raios é composto por hastes e cabos metálicos, colocados no ponto mais alto do local a ser protegido. Estes cabos, que ligam o topo de um prédio ao solo, recebem as descargas dos raios, direcionando-as para a terra. A outra extremidade do fio condutor é ligada a uma barra metálica enterrada no solo, que recebe a corrente elétrica.

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De fato, Benjamin Franklin foi uma personalidade notória e de grandes contribuições para o avanço da Nação Americana e da história da ciência e eletricidade. Até hoje é o seu rosto que ilustra a mais valiosa moeda internacional, e de mais alto valor americano, a nota de 100 dólares.

O que é Patrimônio Cultural?

Patrimônio Cultural é o conjunto de conhecimentos e realizações de uma comunidade.

A palavra patrimônio vem de pater, que tem origem no latim e significa pai. Patrimônio é o que o pai deixa para o filho. Transmitido como uma herança – ou legado – o Patrimônio Cultural remete à riqueza simbólica e tecnológica desenvolvida pela sociedade. É o conjunto de conhecimentos e realizações de uma comunidade, acumulados ao longo de sua história, e que lhe dá os traços de sua identidade. A diversidade cultural pode ser considerada um dos maiores patrimônios da humanidade.

O Patrimônio Cultural de um povo, segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, é formado pelo conjunto de saberes, fazeres, expressões, práticas e seus produtos que remetem à história, memória e identidade dessa sociedade. No caso das políticas públicas, a escolha de um Patrimônio Cultural tem a participação do Estado, por meio de leis, instituições e políticas específicas, considerando o que é mais importante e representativo para o povo.

 

Patrimônio Cultural no Brasil

No Brasil, cabe à Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania, por meio do IPHAN, proteger o patrimônio local, além de preservar o Patrimônio Cultural brasileiro. De acordo com o Art. 216 da Constituição Federal Brasileira constituem Patrimônio Cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira.

Patrimônio Cultural brasileiro: em Congonhas do Campo, ao sul de Belo Horizonte, fica o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, construído na segunda metade do século 18. Seu interior é inspirado no rococó italiano; possui uma escadaria externa decorada com estátuas dos profetas; e sete capelas ilustrando a Via Crúcis. Na última estão as famosas esculturas de Aleijadinho, feitas em pedra-sabão e consideradas obras-primas do barroco.

 

Os bens materiais tombados pelo IPHAN são bens culturais de caráter tangível, podem ser imóveis, como as cidades históricas, ou móveis, como os acervos e coleções. Já os bens imateriais não são protegidos pelo tombamento, mas pelo registro, eles dizem respeito às práticas da vida social que se manifestam em ofícios, manifestações culturais e modos de fazer e se expressar, por exemplo.

 

Patrimônio Cultural Mundial

A organização responsável pelo Patrimônio Cultural mundial é a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). Para a UNESCO, a definição de Patrimônio Cultural está dentro da Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, de 1972. Logo, mundialmente os Patrimônios Culturais são:

– “Os monumentos  – Obras arquitetônicas, de escultura ou de pintura monumentais, elementos de estrutura de caráter arqueológico, inscrições, grutas e grupos de elementos de valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência;”

– “Os conjuntos – Grupos de construções isoladas ou reunidos que, em virtude de sua arquitetura, unidade ou integração na paisagem têm valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência;”

– “Os locais de interesse – Obras do homem, ou obras conjugadas do homem e da natureza, e as zonas, incluindo os locais de interesse arqueológico, com o valor universal excepcional do ponto de vista histórico, estético, etnológico ou antropológico”.

Pelourinho in Salvador da Bahia, Brazil

Patrimônio Cultural brasileiro: como primeira capital do Brasil, entre 1549 e 1763, Salvador testemunhou a mistura das culturas europeia, africana e ameríndia. A capital baiana conseguiu preservar diversos de seus edifícios renascentistas, com destaque para as típicas casas coloridas que ocupam o centro histórico.

 

Com base nesse documento, a UNESCO fornece uma lista de Patrimônios Mundiais, e o Brasil aparece nessa com 14 Patrimônios Culturais, são registros arqueológicos, ruínas e construções que impressionam não só pela beleza como pela importância cultural e social, que nos levam a entender o Brasil de hoje.

  1. A cidade histórica de Ouro Preto, em Minas Gerais, desde 1980;
  2. O centro histórico de Olinda, em Pernambuco, desde 1982;
  3. As ruínas de São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul, desde 1983;
  4. O centro histórico de Salvador, na Bahia, desde 1985;
  5. Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo, Minas Gerais, desde 1985;
  6. O Plano Piloto de Brasília, no Distrito Federal, desde 1987;
  7. O Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, no Piauí, desde 1991;
  8. O centro histórico de São Luís, no Maranhão, desde 1997;
  9. O centro histórico de Diamantina, em Minas Gerais, desde 1999;
  10. O centro histórico de Goiás, desde 2001;
  11. A Praça de São Francisco, em São Cristóvão, em Sergipe, desde 2010;
  12. As paisagens do Rio de Janeiro, entre a montanha e o mar, desde 2012;
  13. O conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte, desde 2016;
  14. O sítio arqueológico de Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, desde 2017.

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Patrimônio Cultural brasileiro: um dos sítios arqueológicos mais antigos da América do Sul, o Parque Nacional da Serra da Capivara é mundialmente famoso por suas cavernas rochosas cobertas de pinturas rupestres. Algumas pinturas foram feitas há mais de 25 mil anos.

 

Mais que lindos e impressionantes, os Patrimônios Culturais revelam a dimensão e diversidade da nossa história, e são considerados pela comunidade científica de inigualável e fundamental importância para a humanidade. Você conhece algum?

Dia Mundial da Água — água potável é um direito humano

Apesar de ser um direito de todos, quase ⅓ da população mundial não tem acesso à água.

Dados de 2019 apontam que 2,1 bilhões de pessoas não têm acesso à água potável e 4,3 bilhões não dispõem de saneamento básico. Ou seja, apesar de ser um direito de todos, quase ⅓ da população mundial não tem acesso à água, e sem ela não há dignidade e igualdade. A falta deste bem natural causa exclusão, miséria e morte.

Com o objetivo de não deixar ninguém para trás, a Agenda 2030, lançada pela ONU em 2016, apresenta 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e entre eles, está o objetivo 6: assegurar a disponibilidade e gestão de água e saneamento para todos. Veja as metas:

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– Até 2030, alcançar o acesso universal e equitativo à água potável e segura para todos;

– Até 2030, alcançar o acesso a saneamento e higiene adequados e equitativos para todos, e acabar com a defecação a céu aberto, com especial atenção para as necessidades das mulheres e meninas e daqueles em situação de vulnerabilidade;

– Até 2030, melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando despejo e minimizando a liberação de produtos químicos e materiais perigosos, reduzindo à metade a proporção de águas residuais não tratadas e aumentando substancialmente a reciclagem e reutilização segura globalmente;

– Até 2030, aumentar substancialmente a eficiência do uso da água em todos os setores e assegurar retiradas sustentáveis e o abastecimento de água doce para enfrentar a escassez de água, e reduzir substancialmente o número de pessoas que sofrem com a escassez de água;

– Até 2030, implementar a gestão integrada dos recursos hídricos em todos os níveis, inclusive via cooperação transfronteiriça, conforme apropriado;

– Até 2020, proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água, incluindo montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos e lagos;

– Até 2030, ampliar a cooperação internacional e o apoio à capacitação para os países em desenvolvimento em atividades e programas relacionados à água e saneamento, incluindo a coleta de água, a dessalinização, a eficiência no uso da água, o tratamento de efluentes, a reciclagem e as tecnologias de reuso;

– Apoiar e fortalecer a participação das comunidades locais, para melhorar a gestão da água e do saneamento.

 

Sem água e saneamento seguros e acessíveis as pessoas enfrentam múltiplos desafios provocados pelas condições de vida precárias: doenças, desnutrição e falta de oportunidades de educação e emprego. Por isso, é mais do que urgente que sejam criadas e implantadas políticas inclusivas. Em geral, o retorno do investimento é alto, também no caso de pessoas vulneráveis e desfavorecidas, especialmente quando são considerados benefícios mais amplos, como saúde e produtividade.

Só o pensamento que prioriza o coletivo – com empatia e intenção de igualar as condições de todos – vai nos ajudar a avançar neste tema. O que você tem feito? Na WEG algumas ações são implantadas para preservar este bem tão precioso, como por exemplo: uso de torneiras e mictórios com sistema de desligamento automático da água, sistema de caixa acoplada em vasos sanitários que consome só 6 litros por descarga, e o reuso de água, que em 3 anos economizou mais de 90 milhões de litros de água, o que equivale ao consumo médio de 100 residências.

 

Fontes: Conexão Planeta | ONU