O que é a força motriz?

Vamos entender mais sobre a termodinâmica e o que é a força motriz.

A força motriz é muito utilizada quando o assunto é termodinâmica. Significa, de maneira resumida, uma força que impulsiona, que faz mover ou ocasiona movimento de alguma máquina ou algum objeto.

É muito utilizada no sentido figurado dentro de empresas e ocasiões do dia a dia nas quais representa o motivo para alguma ação ou atitude. Neste texto, vamos entender mais sobre a termodinâmica e o que é a força motriz.

Termodinâmica

A palavra termodinâmica vem do grego therme que significa calor + dynamis que significa movimento. 

Logo, a termodinâmica é uma área da física que estuda os processos de troca de calor entre sistemas ou entre um sistema e sua vizinhança observando as variações da temperatura, da pressão e do volume e como elas interferem nos sistemas físicos.

Os estudos da área de termodinâmica iniciaram durante a revolução industrial, a partir da necessidade da criação e do aumento da eficiência das primeiras máquinas a vapor.

Em 1824, o físico, matemático e engenheiro mecânico Sardi Carnot foi tido como “o pai da termodinâmica” com seu estudo “Reflexões sobre a Potência Motriz do Fogo”, que trouxe as relações energéticas básicas entre a máquina de Carnot, o ciclo de Carnot e a potência motriz.

Inclusive, você sabe por que o motor elétrico é tão importante?

O que é a força motriz?

Também chamada de energia motriz ou potência motriz, a força motriz é um agente usado para transmitir movimento a uma máquina. Geralmente, é definida como um agente natural, como água, vapor, vento, eletricidade etc.

Entretanto, o termo também pode definir uma locomotiva ou um motor, por exemplo, que fornecem a potência motriz de um sistema.

Em resumo, pode ser definida como um sinônimo para qualquer trabalho, força ou potência que produz um efeito de movimento, dependendo do contexto da discussão.

Força motriz na prática

A força motriz está presente no nosso dia a dia impulsionando movimentos em vários setores das indústrias, no trânsito e na energia que chega até a nossa casa. Vamos ver alguns exemplos? 

A primeira força motriz

Antigamente, a força motriz dos equipamentos era a força humana ou animal. O primeiro equipamento a substituir essa força por uma natural foi a roda d’água no século I. As rodas d’água se popularizaram na Europa e eram usadas na moagem de grãos e na irrigação.

Automóveis

Em um automóvel, o torque é o responsável pela capacidade de o motor produzir força motriz, ou seja, o movimento giratório. Essa força faz com que o veículo saia da inércia e possa arrancar e subir ladeiras sem que o condutor precise efetuar muitas trocas de marchas.

A embreagem, localizada entre o volante do motor e a caixa de câmbio, permite desligar a energia motriz da parte restante da transmissão.

Usinas hidrelétricas

Usinas hidrelétricas são conjuntos de construções que têm o objetivo de obter energia elétrica e necessitam de uma quantidade abundante de água como força motriz. Quando há quantidade em excesso de água, a força motriz é armazenada em grandes reservatórios.

Usinas eólicas

As usinas eólicas utilizam o vento como força motriz para gerar energia. O vento representa um recurso natural abundante e limpo, logo, a produção energética por meio dessa força motriz apresenta baixo custo. Conheça os principais parques eólicos do Brasil.

Indústrias

A força motriz atua em motores de diversos tipos, aplicados a máquinas e a sistemas nos quais se requer movimento, com funções imprescindíveis em várias indústrias e serviços.

Para finalizar, há ainda uma força motriz muito difundida no sentido figurado por palestrantes, líderes e pensadores no mundo todo. Como já diria Albert Einstein:

“Há uma força motriz mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a energia atômica: a vontade.”

O que é possível ver com um telescópio?

Conheça a história do telescópio e o que é possível ver com ele!

O telescópio é o instrumento que permite que as pessoas possam enxergar objetos que se encontram a uma distância muito grande da Terra.

Muito importante na astronomia, o aparelho tem capacidade de ampliar e formar uma imagem virtual de planetas, estrelas e outros objetos no espaço cósmico.

Não é necessário ser astrônomo para ter um telescópio. Qualquer pessoa pode aprender a usar o aparelho e fazer suas próprias observações.

Mas você sabe o que é possível ver com um telescópio? Continue lendo para descobrir.

História do telescópio 

Em 1609, o cientista italiano Galileu Galilei melhorou o projeto de uma luneta com lentes de óculos criada em 1608 pelo holandês Hans Lippershey. 

Galileu construiu um equipamento com tubos e lentes que foi batizado de perspicillum. Ao ser apontado pela primeira vez ao céu, foi possível observar diversos corpos celestes, como a lua e Júpiter.

Mais tarde, no século XVII, vários inventores, como o cientista inglês Isaac Newton, construíram seus próprios telescópios.

Telescópios ópticos 

Há dois tipos de telescópios ópticos: os que operam por refração (refratores) e os que funcionam por reflexão (refletores). 

Quando o telescópio é produzido com lentes, chamamos de refrator. O telescópio refrator usa lentes de vidro em forma de curva que são bem potentes para ver objetos que estão muito distantes. O problema é que a produção dessas lentes é mais difícil.

Mais poderoso que os refratores, quando é produzido com um espelho curvo, chamamos o telescópio de refletor. Nele, há espelhos finos que fazem com que a luz se concentre quando refletida. 

Sua vantagem é a leveza do espelho, o que facilita o envio para missões no espaço. Certos telescópios usam tanto lentes como espelhos.

Outros telescópios 

Os telescópios citados acima captam luz. Mas há aparelhos que, ao invés de captarem luz, captam outras formas de energia do espaço, como ondas de rádio, raios infravermelhos e raios X. 

Esse tipo de energia é emitida, por exemplo, dos planetas, das estrelas e do gás presente no espaço. Todos os tipos de telescópios permitem reunir informações sobre elementos espaciais que não podem ser vistos a olho nu. 

Foi por meio desse tipo de observação que cientistas entenderam como as estrelas e os planetas se formam e como as estrelas morrem, por exemplo.

O que é possível ver com um telescópio?

O que dá poder a um telescópio é sua “abertura”. O diâmetro da abertura (da lente objetiva ou do espelho) é o que proporciona a resolução e a qualidade das imagens de um telescópio. 

Portanto, com um telescópio de maior abertura, você terá imagens melhores e mais nítidas.

Com um telescópio de 70 mm, por exemplo, é possível observar tudo o que é observado nos de 60 mm e 50 mm, porém com qualidade superior; além disso, é possível observar mais estrelas, nebulosas e mais detalhes nos objetos.

Já com um telescópio de 150 mm, você verá tudo o que os de menor abertura também mostram, porém com muito mais detalhes e definição, além de mais estrelas, nebulosas, etc.

Entretanto, com qualquer telescópio, você pode realizar ótimas observações. Esse é um passatempo que desenvolve a curiosidade e a inteligência e proporciona ótimos momentos de satisfação. 

Entre os objetos espaciais que podemos visualizar com um telescópio, estão:

Lua: um dos objetos astronômicos mais belos de se observar. É possível apreciar as crateras e as planícies lunares, bem como o contraste causado pela sombra da parte escura da lua sobre essas crateras.

Por ser grande e próxima da Terra, quando está cheia, cobre quase todo o campo de visão do telescópio; por isso, muitos preferem observá-la quando está na fase minguante ou crescente.

Sol: o sol é o único objeto que pode ser observado durante o dia. Para vê-lo, os telescópios são equipados com filtros especiais para deixar uma fração diminuta da luz, sendo possível observar uma esfera laranja quase perfeita.

Planetas: é possível ver em detalhes os planetas do Sistema Solar, em especial Marte, Júpiter e Saturno. Vênus e Mercúrio estão muito próximos ao sol; por isso, só são visíveis próximos ao horizonte e em poucas épocas do ano. 

Urano e Netuno, os planetas mais distantes do sol, podem ser observados como pequenos pontos azulados no telescópio.

Estrelas: aglomerados de estrelas, nebulosas, galáxias e estrelas solitárias também geram imagens incríveis e podem ser observadas e estudadas por meio dos telescópios.

Ficou curioso? No Brasil, e pelo mundo afora, existem diversos planetários para visitar, conhecer mais sobre a Astronomia e fazer sua primeira viagem pelo espaço com o uso de um telescópio. 

Já que o assunto é objetos do espaço, que tal conhecer a diferença entre asteroides, meteoroides, meteoros e meteoritos?

Inovações do setor de exploração aeroespacial que você usa no dia a dia

Confira tecnologias criadas para a exploração espacial que foram adaptadas para o nosso dia a dia.

Em 1957, o satélite Sputnik foi enviado à órbita da Terra, desde então, as inovações do setor aeroespacial evoluíram a passos largos e permitiram que a humanidade chegasse a lugares onde jamais imaginaríamos que o homem poderia alcançar. 

A partir disso, chegamos à lua, foi permitido que estações espaciais pudessem ficar em órbita para abrigar os astronautas, além de milhares de estudos sobre a Terra, o sistema solar e o espaço interestelar. 

Para que missões como essas fossem possíveis, durante anos, muitas tecnologias foram desenvolvidas para serem usadas em naves, sondas e pelos astronautas – e diversas delas ganham versões muito úteis no nosso dia a dia. Continue a leitura e saiba mais.

Tecnologias e inovações do setor aeroespacial usadas no dia a dia

Confira agora as tecnologias que foram criadas para a exploração espacial e que acabaram sendo adaptadas para o nosso dia a dia na Terra.

Filtro de água

O filtro de água foi desenvolvido pela NASA na década de 1960. O sistema de filtros usava cartuchos de iodo para limpar as fontes de água das naves. 

A tecnologia provou a sua eficácia em eliminar bactérias e passou a ser aplicada em filtros de água aqui na Terra, inclusive para a limpeza de piscinas.

Um novo tipo de filtro foi criado por estudantes brasileiros em 2019, a invenção foi enviada em um foguete da SpaceX para ser testada pelos astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS).

Comida para bebês

As fórmulas de leite artificial e papinhas para bebês já existiam, mas foram enriquecidas graças aos estudos da NASA que envolviam a alimentação dos astronautas no espaço. 

Nos seus estudos, os pesquisadores descobriram uma fonte natural do ácido graxo ômega-3, existente no leite materno e que possui papel fundamental para o desenvolvimento infantil.

Hoje, a fonte de ômega-3 descoberta pela NASA está presente na maioria das fórmulas infantis em todo o mundo, ajudando no bom desenvolvimento do cérebro, do coração e dos olhos dos bebês.

Câmera de telefones celulares

Ao procurar soluções para instalar câmeras em sondas espaciais, em 1990, a NASA iniciou uma pesquisa para descobrir tecnologias mais compactas e eficientes para aprimorar os sensores das câmeras existentes.

Foi então que o físico e engenheiro Eric Fossum combinou técnicas japonesas com uma nova tecnologia de construção de chips, resultando em um sensor que era extremamente compacto, de baixo consumo e 100 vezes mais rápido que os sensores já utilizados.

A solução foi compartilhada com a indústria – atualmente, um terço de todas as câmeras tem a tecnologia, especialmente as de computadores e celulares. 

Tênis de corrida

Você sabia que o impacto da sua corrida é minimizado graças à borracha utilizada nos capacetes dos astronautas?

É isso mesmo, o material criado pelos engenheiros da NASA para os capacetes dos astronautas possui grande capacidade de absorção de impactos, e hoje a mesma tecnologia é utilizada na fabricação dos tênis de corrida.

Espuma de travesseiro

Já ouviu falar sobre os famosos “travesseiros da NASA”? Eles são muito comuns no nosso dia a dia, e, por mais que pareça, a NASA jamais desenvolveu esse travesseiro para os astronautas.

Mas ela tem parte nisso. O travesseiro de viscoelástico só existe por causa de tecnologias desenvolvidas pela agência espacial. 

O material foi desenvolvido em 1966 com o objetivo de criar assentos que aliviassem os efeitos da gravidade nos corpos dos astronautas. Mas, como todos os corpos são diferentes, não seria nada prático desenvolver novas cadeiras para cada pessoa.

A saída foi desenvolver um material capaz de se moldar ao corpo e que, depois de usado, voltasse à forma original.

Em 1980, a patente entrou em domínio público, como boa parte das tecnologias desenvolvidas pela NASA. Isso deu oportunidade para que muitas empresas passassem a fabricar travesseiros com esse material, os chamados “travesseiros da NASA”.

Pneus mais seguros e duradouros

O programa Viking Lander enviou sondas a Marte nos anos de 1970. Para os pneus das sondas, a Goodyear desenvolveu um material mais forte que o ferro.

Desde então, o material também é utilizado nos seus pneus para carros comerciais na Terra, adicionando milhares de quilômetros de vida útil a eles.

GPS preciso

O GPS é uma invenção do início dos anos 1970 e conta com satélites em órbita que se comunicam com receptores na Terra para mapear todo o planeta e auxiliar nas navegações.

Mesmo assim, ainda existiam muitas incertezas das posições exatas daqueles satélites, o que podia gerar erros nos dados. Logo, em 1990, a NASA criou um software capaz de corrigir os erros da rede global de receptores de GPS. 

A tecnologia foi cada vez mais aprimorada até chegarmos aos GPS que temos hoje, funcionando em qualquer celular, com alta precisão e em tempo real.

O que vimos acima são apenas algumas das tecnologias criadas para a exploração espacial que usamos no dia a dia. Todos os anos, engenheiros e cientistas do mundo todo trabalham em novas invenções para melhorar a experiência espacial e também aqui na Terra.

Conheça também 10 invenções criadas no Brasil.

Como os cegos navegam na internet?

Você já parou para pensar como um cego navega na internet?

Como milhares de pessoas, os deficientes visuais também consomem conteúdo digital e navegam por sites, blogs, redes sociais e aplicativos. 

Mas para que isso aconteça, é necessário o uso de recursos de acessibilidade que promovem o acesso dos cegos ao mundo digital.

Você já parou para pensar como um cego navega na internet? Entenda no decorrer do texto o que é acessibilidade na web e como ela funciona para o deficiente visual.  

O que é Acessibilidade na web e como funciona

A principal contribuição da acessibilidade na internet é a segurança e a autonomia que as pessoas com deficiência possuem ao navegar em sites, blogs, aplicativos e redes sociais. 

Com a acessibilidade na web, todas as pessoas podem perceber, entender, navegar, interagir e contribuir com os conteúdos que encontramos ao navegar pela internet.

Para isso acontecer, os sites devem seguir as Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG2), fornecer alternativas textuais para imagens, alternativas para multimídia (audiodescrição) e tornar a visualização mais fácil (contrastes, tamanho das fontes etc).

Também é essencial que todas as funcionalidades estejam disponíveis no teclado – veremos o motivo no decorrer do artigo –, além de maximizar a compatibilidade entre as interfaces utilizadas pelos usuários. 

Você pode conferir todas as diretrizes do WCAG2 através desse link.

Como os cegos navegam na internet?

A resposta é simples: os cegos navegam na internet com a ajuda de um programa que lê em voz alta cada palavra escrita em uma página web. E os primeiros programas deste tipo surgiram na década de 1980.

O computador que os cegos usam é um modelo comum, possuem apenas alguns programas especiais instalados, às vezes com algum periférico como sintetizadores de voz, impressoras braille, display braille, entre outros.

Além disso, por não poder ver o cursor do mouse, o deficiente visual usa apenas o teclado – e ele não precisa, necessariamente, ser especial. Verifique em seu teclado a existência de três pontos, no “F”, “J” e o “5” da calculadora.

É para isso que servem essas saliências, elas ajudam a memorizar a posição das outras teclas, por exemplo: o D fica ao lado esquerdo do F, o M fica embaixo e ao lado direito do J. Outra opção para digitar é utilizar a digitação por voz, também conhecida como “ditado”.

Para os dispositivos móveis, os sistemas operacionais Android e IOS já disponibilizam leitores de tela. Essas ferramentas já vêm instaladas como recurso de acessibilidade padrão para deficientes visuais, basta apenas ativá-los nas opções de acessibilidade do dispositivo.

Para esses usuários, é importante conhecer o movimento ou combinações de gestos para realizar as tarefas e ações em seus dispositivos. Quando um leitor de tela estiver ativo, os toques e gestos na tela ganham novas funções, como por exemplo:

• Tocar: fala e seleciona um item;

• Tocar duas vezes: ativa o item selecionado;

• Deslizar para a direita: move o foco para o próximo item na tela;

• Deslizar para a esquerda: move o foco para o item anterior da tela.

Além dos gestos básicos citados acima, cada leitor de tela possui suas particularidades, podendo a mesma ação ser realizada por um gesto diferente, conforme o sistema operacional. 

O canal Ponto de Vista, criado pelo desenvolvedor de software Lucas Radaelli, traz videos objetivos sobre como pessoas cegas interagem com o computador sem a resposta visual:

#PraCegoVer: conheça a hashtag

A hashtag #PraCegoVer foi idealizada pela professora Patrícia Braille em meados de 2016, com o objetivo de incluir nas esferas da internet pessoas cegas ou com baixa visão. 

É uma ferramenta simples, educativa e inclusiva, que qualquer pessoa nas redes sociais pode utilizar.

A #PraCegoVer possibilita a audiodescrição para a compreensão de imagens, transformando elementos visuais em palavras que podem ser lidas pelo leitor de tela. Várias marcas e empresas aderiram a hashtag para tornar seus posts mais acessíveis.

Para utilizar a ferramenta é muito simples. Após colocar a legenda normalmente em suas publicações, adicione a #PraCegoVer e em seguida, faça uma descrição da imagem classificando o tipo (foto, ilustração, gif etc).

Depois faça uma descrição da direita para a esquerda e de cima para baixo, descreva também as cores e utilize frases curtas e objetivas. Evite adjetivos, pois é a pessoa que irá decidir os adjetivos da publicação a partir da sua própria percepção.

***

Como vimos, existem recursos específicos para os deficientes visuais utilizarem a internet, isso faz com que muitos, inclusive, atuem no mercado de trabalho na área da tecnologia e computação. 

Porém, há muitos sites e aplicativos que não adotam os padrões internacionais de acessibilidade. Informe-se para ajudar a construir um mundo mais acessível e comece hoje mesmo com as páginas web que estão em suas mãos.

Aqui no blog do Museu WEG, por exemplo, é possível baixar aplicativos para leitura na internet: Museu WEG Acessibilidade. Entre eles estão aplicativos recomendados para pessoas com diferentes níveis de visão e também para pessoas com deficiência auditiva. 

Juntos fazemos uma internet mais acessível! Continue no blog e conheça: mulheres que transformaram o mundo a partir da educação.

O que é física quântica?

Conheça o ramo da ciência que estuda os fenômenos ocorridos com partículas atômicas e subatômicas.

A física quântica é um dos ramos mais bem-sucedidos da ciência. Ela é capaz de estudar o comportamento de diversos fenômenos que ocorrem em escalas moleculares, atômicas e nucleares. 

Ao longo dos anos, muitas teorias foram sendo difundidas sobre a física quântica, passando pela física, química e até mesmo pela espiritualidade. Graças ao surgimento da mecânica quântica, por exemplo, temos tecnologias de ponta que cabem na palma das nossas mãos.

Mas afinal, o que é física quântica? Você sabe por que ela é conhecida por ser “impossível” de entender? É isso que vamos ver!

O que é a física quântica?

A física quântica é o ramo da ciência que estuda os fenômenos ocorridos com partículas atômicas e subatômicas, isto significa que essas partículas são do mesmo tamanho ou menores que os átomos. Como: os elétrons, os fótons, as moléculas e os prótons.

Essas micropartículas não são influenciadas pelas leis que compõem a física clássica, como a gravidade, a lei da inércia, ação e reação, etc. Isso quer dizer que ao contrário da física clássica, a física quântica é classificada como “não intuitiva”. 

Neste ramo teórico, determinadas coisas são tidas como verdade mesmo quando aparentam não ser. 

Como surgiu a física quântica?

A física quântica tem sua origem no início de 1920, com os estudos de Max Planck (1858 – 1947). Na sua teoria quântica, Planck explica o fenômeno da emissão de radiação por um corpo negro ao sugerir a quantização da energia contida na radiação térmica.

A palavra quântico (quantização) indicava que cada átomo emitido pelo corpo negro só poderia trocar pequenos pacotes de energia (hoje chamados de fótons). 

Ela se refere à alteração instantânea dos elétrons que contém um nível mínimo de energia para um superior, caso sejam aquecidos. 

Assim, a teoria de Planck contrariava a física clássica que afirmava que quaisquer valores de energia estavam ligados a ondas eletromagnéticas.

Planck utilizava o argumento da quantização da energia para explicar seus experimentos e essa ideia foi adotada um tempo depois por outro físico brilhante, Albert Einstein.

Para Einstein a quantização não se aplicava exclusivamente à radiação térmica, mas também às demais frequências de ondas eletromagnéticas. Foi, inclusive, Albert Einstein que batizou a equação de Planck de quantum (do latim, que significa “quantidade”). 

A partir desse momento, Einstein explicou com sucesso o mecanismo por trás do efeito fotoelétrico, que sugeriu que a luz e as demais ondas eletromagnéticas tinham capacidade para se comportar ora como onda, ora como partículas.

Em seguida foi a vez do físico francês Louis de Broglie entrar em cena e sugerir que partículas como prótons, nêutrons e elétrons pudessem se comportar como ondas.

De Broglie calculou o comprimento de onda relacionado a cada partícula e com o resultado do seu experimento, mostrou que as partículas podiam sofrer interferência, difração, reflexão etc., da mesma forma que sofrem as ondas. Nascia assim a mecânica quântica.

O princípio da incerteza

Mesmo com muitos experimentos, por muito tempo não era possível entender como um elétron podia se comportar como uma partícula e como uma onda (o que chamamos de “dualidade onda-partícula”). 

A resposta veio com o estudo de Werner Heisenberg, que apresentou o princípio da incerteza. O princípio da incerteza de Heisenberg mostra que é impossível de se obter, com precisão, a velocidade e a posição de uma partícula no mesmo instante.

Isso quer dizer que se fosse possível saber, com certeza, a posição da partícula, a informação sobre sua velocidade seria perdida e vice-versa. O princípio de Heisenberg nos mostrou que a física quântica não é determinística como a física clássica, ela é probabilística.

Além dos já citados, diversos outros cientistas e físicos contribuíram para o desenvolvimento da física quântica ao longo do século XX, como: 

  • Niels Bohr (1885 – 1962),
  • Erwin Schrödinger (1887 – 1961),
  • Max Born (1882 – 1970),
  • John von Neumann (1903 – 1957),
  • Wolfgang Pauli (1900 – 1958),
  • Richard Feynman (1918 – 1988),
  • entre outros.

Aplicações da física quântica

Agora que já entendemos o mundo improvável da física quântica, vamos conferir algumas de suas aplicações no dia a dia:

  • Espectroscopia: é o estudo da interação entre a radiação eletromagnética e a matéria, analisando a luz emitida e absorvida por átomos. A técnica é largamente utilizada na detecção de materiais, desde gases a sólidos.
  • Datação por carbono-14: é possível estimar a idade de uma amostra de qualquer material orgânico medindo o percentual de carbono-14 em seu interior. Ele está presente em toda a matéria, mas sua quantidade total diminui pela metade a cada 5700 anos.
  • Energia solar: a energia que é obtida através dos painéis solares só existe graças à descoberta e à interpretação do efeito fotoelétrico explicado por Einstein. Nesse fenômeno os fótons colidem com os elétrons do material, ejetando-os para fora do próprio material.

Física quântica e espiritualidade

Muito se fala sobre a ligação entre a física quântica e conceitos filosóficos e espirituais, entretanto, do ponto de vista da física, não existe qualquer relação entre os temas.

Para os defensores desta relação, a resposta é o princípio da causalidade e incerteza da teoria, que diz ser possível existir duas situações diferentes e simultâneas para determinado corpo subatômico. 

E, já que o assunto é física, que tal continuar no blog e conhecer 10 descobertas premiadas pelo Nobel de Física?

O ano de 2021 foi de muitos acontecimentos tecnológicos e principalmente científicos, já que o mundo se encaminha para o terceiro ano de pandemia, e o estudo do vírus da COVID-19 e suas variantes continua acontecendo em ritmo acelerado.

Mas o que esperar de 2022? Alguns assuntos já começaram o ano em alta e devem fazer parte dos noticiários pelo mundo afora, como: a vacinação, as missões espaciais, as ações climáticas, as criptomoedas e a inteligência artificial. 

Conheça agora os principais eventos científicos e tecnológicos que valem a pena acompanhar em 2022.

Principais eventos científicos e tecnológicos para 2022

Selecionamos aqui os 6 principais eventos científicos e tecnológicos previstos para 2022  que você deve ficar de olho, confira:

1. COVID e vacinas em desenvolvimento

Apesar de grande parte da população mundial já ter sido vacinada, o fim da pandemia ainda é muito incerto. O avanço de novas cepas, como a Ômicron — de rápida disseminação — e o aumento de casos, ainda preocupam.

É por isso que os cientistas pesquisam sobre a gravidade da nova variante e, em 2022, pesquisadores e autoridades de saúde pública continuarão monitorando o aumento de novas variantes do SARS-CoV-2, bem como os efeitos de longo prazo na população. 

Neste ano poderemos ver o desenvolvimento de novas vacinas direcionadas a variantes específicas. O progresso nas vacinas também é esperado para outros vírus e doenças, incluindo HIV, malária e doença de Lyme.

2. Missões lunares

Este será mais um ano de grandes viagens espaciais, e muitas têm o mesmo destino: a lua. A NASA, por exemplo, fará o primeiro teste de lançamento do orbitador Artemis I, há muito tempo esperado, que tem o objetivo de levar astronautas de volta para a superfície da lua.

O orbitador CAPSTONE, também da NASA, vai conduzir experimentos em preparação para o Gateway, a primeira estação espacial a orbitar a lua. Em 2022 a lua também receberá alguns pousos suaves (que não danificam a nave). 

A Índia pretende mandar sua Chandrayaan-3, e o Japão a missão SLIM. Já a Coreia vai inaugurar a própria exploração lunar com o orbitador lunar Pathfinder. E a Rússia pretende reviver a glória do programa lunar soviético com a sonda Luna 25.

3. Para Marte e às estrelas

Marte também deve ser explorado neste ano. Uma missão épica russo-europeia chamada de ExoMars será um dos fenômenos mais interessantes para assistir durante 2022. 

A viagem está programada para setembro e levará para Marte o rover (veículo robótico) Rosalind Franklin, da Agência Espacial Europeia para procurar sinais de vida.

Também neste ano a China planeja concluir sua estação espacial, Tiangong, que será responsável por mais de mil experimentos, que vão desde observações astronômicas e da Terra até os efeitos da microgravidade e da radiação cósmica no crescimento bacteriano.

4. Ações climáticas

Precisamos voltar nossos olhares para as ações climáticas. Em 2022, autoridades e defensores do meio ambiente, do mundo, irão a Sharm El-Sheikh, no Egito, para a COP27, onde vai acontecer mais um debate de negociações climáticas das Nações Unidas.

Os países devem apresentar compromissos climáticos consistentes com a meta de limitar o aquecimento global abaixo de 2˚ C. 

Enquanto o evento não chega, pesquisadores seguem monitorando as emissões de gases de efeito estufa para confrontar as promessas feitas na COP26 — que incluíram reduzir o uso de carvão e cortar as emissões de metano.

5. Oportunidades para o uso de criptomoedas

Os pagamentos com criptomoedas vieram para ficar. Em setembro de 2021, a nação de El Salvador legalizou o bitcoin como meio de pagamento, se tornando o primeiro país onde a criptomoeda se tornou uma moeda oficial. 

Durante 2021, grandes organizações como PayPal, Visa e Mastercard adotaram o uso de criptomoedas para fins transacionais, e a tendência parece ser permanente.

Porém, até mesmo os principais especialistas do setor não se comprometem a prever qual será a situação com as criptomoedas no prazo de um ano, cinco ou dez anos. Mas não podemos negar que elas já são parte integrante da vida de milhões de pessoas no mundo.

É cedo para prever como o setor de blockchain e criptoativos irá evoluir, mas a tendência é clara: esse tipo de tecnologia está se tornando popular. 

6. Uso de inteligência artificial

O uso da Inteligência Artificial (IA) vem ganhando cada vez mais força. Por um tempo houve o rumor que a Inteligência Artificial iria substituir os humanos, mas já se provou que a IA vai apenas ajudar a melhorar a automatização de processos. 

Com auxílio da IA, os processos se tornam mais produtivos e proveitosos, ajudando, por exemplo, na segurança da informação. A tendência para 2022 é de que a IA continue fazendo parte integrante do nosso cotidiano em várias áreas, como: 

●     Produção: a implementação da IA na operação de linhas de máquinas e a automação dos processos produtivos.

●     Esfera financeira: a IA é utilizada no desenvolvimento de aplicações comerciais, automação e execução de operações de tecnologia da informação.

●     Medicina: a IA é utilizada para analisar dados médicos complexos, diagnósticos e tratamentos. Grandes corporações como IBM, Microsoft, Google, Intel e Medtronic estão investindo para o desenvolvimento de tecnologias de informação para a medicina. 

●     Educação: a IA pode ser utilizada para a aprendizagem de idiomas e também para a formação de planos educacionais individuais para cada aluno. O progresso nesta área ainda é curto, mas existe grande potencial de crescimento em 2022.

Segundo pesquisa da IDC (International Data Corporation), até 2023 um quarto das empresas adquirirá pelo menos um projeto de software de IA e suas vertentes, como machine learning e deep learning.

Esses são apenas alguns dos eventos tecnológicos e científicos que terão destaque em 2022 e podem mudar nossas vidas num futuro próximo. 

Não podemos deixar de mencionar o gigante Sirius, o acelerador de partículas brasileiro, que vem colaborando com projetos científicos de importância mundial e certamente fará um grande ano. O que mais você colocaria nessa lista? 

Comente aqui embaixo e compartilhe conosco! Acompanhe nosso blog para saber mais sobre as inovações tecnológicas e científicas, curiosidades e muito mais.

O que é eletroquímica?

Você sabe do que se trata a eletroquímica?

A eletroquímica está muito presente no nosso dia a dia, inclusive, se você está lendo este artigo, é porque a eletroquímica está em ação.

Ela é encontrada em pilhas e baterias, celulares, lanternas, calculadoras, computadores e muitos outros objetos do nosso cotidiano. Trata-se de um dos ramos da físico-química que estuda as relações existentes entre reações químicas e a corrente elétrica.

As reações estudadas na eletroquímica podem ser divididas em oxirredução (oxidação e redução), pilhas, baterias e a eletrólise. Lendo sobre cada uma dessas reações, você terá uma compreensão mais aplicada sobre o que é a eletroquímica. Vamos lá?

Reações da eletroquímica

Para entender melhor e observar a aplicação da eletroquímica no nosso dia a dia, confira abaixo como cada uma das reações estudadas por esse ramo da físico-química funciona. 

Reações de oxirredução

A oxirredução é um fenômeno químico. Nele, há a produção de energia elétrica a partir da ocorrência da oxidação e da redução de espécies químicas. Suas reações são caracterizadas pela perda e pelo ganho de elétrons:

  • Oxidação é a perda de elétrons. É provocada pelo elemento chamado de agente oxidante.
  • Redução é o ganho de elétrons. É provocada pelo elemento chamado de agente redutor.

Em resumo, isso significa que, no processo de oxirredução, ocorre a transferência de elétrons de uma espécie para outra. 

Quando um átomo ou íon recebe elétrons e tem a sua carga ou o seu número de oxidação (Nox) diminuído, dizemos que ele sofreu uma redução. Já a espécie que perde os elétrons sofre a oxidação, tendo o seu Nox aumentado.

As ações de oxirredução estão presentes no cotidiano, como na oxidação do ferro (quando forma a ferrugem), na redução de minérios metálicos para a produção de metais, formação do aço, corrosão de navios, etc.

Pilhas e baterias

Em resumo, a pilha converte energia química em energia elétrica de modo espontâneo. Ela também é chamada de célula eletroquímica, é composta por dois eletrodos e um eletrólito. Quando conectamos duas ou mais pilhas, forma-se uma bateria.

A conversão de energia química em energia elétrica ocorre por meio de uma reação de oxirredução. 

Esse processo acontece espontaneamente, pois há a transferência de elétrons entre um metal que tem a tendência de doar elétrons (lado negativo: ânodo) por meio de um fio condutor para um metal que tem a tendência de receber elétrons (lado positivo: cátodo).

Algumas pilhas ou baterias não podem ser recarregadas, essas são chamadas de primárias. Nelas, a reação de oxirredução funciona por determinado período, fornecendo energia ao sistema até que a reação química se esgote e o dispositivo pare de funcionar.

No entanto, as pilhas ou as baterias secundárias são recarregáveis e podem ser utilizadas diversas vezes. Um exemplo disso é a bateria usada em automóveis (baterias chumbo/óxido de chumbo ou chumbo/ácido).

Esse tipo de bateria é recarregada quando recebe uma corrente elétrica contínua, a diferença de potencial recebida é capaz de inverter os polos e mudar o sentido da reação química, fazendo com que a bateria funcione e grande parte do ácido sulfúrico se regenere.

Conheça o inventor da pilha voltaica.

Eletrólise

Ao contrário das pilhas, a eletrólise é a reação de oxirredução que ocorre de modo não espontâneo e converte energia elétrica em energia química.

Existem dois tipos de eletrólises:

Eletrólise ígnea: é aquela que se processa a partir de um eletrólito fundido, ou seja, pelo processo de fusão. É feita com ausência de água. A corrente elétrica passa pela substância iônica na fase líquida (fundida). 

Um exemplo disso é a eletrólise do cloreto de sódio (sal de cozinha) fundido, que produz o gás cloro e o sódio metálico – este último é tão reativo que chega a explodir em contato com a água.

Eletrólise aquosa: neste caso, temos íons fornecidos pela substância dissolvida na água. Em solução aquosa, a eletrólise pode ser realizada com eletrodos inertes ou eletrodos ativos (ou reativos).

Um exemplo da utilização da eletrólise aquosa é no revestimento de peças com metais que se oxidam mais facilmente que o metal que constitui a peça para protegê-la contra a corrosão. 

Aplicações da eletroquímica

Para visualizar melhor todos os exemplos citados neste artigo, descrevemos mais algumas circunstâncias do nosso cotidiano nas quais a eletroquímica entra em ação, são elas:

  • – Reações no corpo humano.
  • – Fabricação de aparelhos eletrônicos.
  • – Carregamento de pilhas e baterias.
  • – Galvanoplastia: revestimento de peças de ferro e aço com zinco metálico, impedindo a ferrugem de materiais.
  • – Dezenas de aplicações na indústria química.

Agora já descobrimos um pouco mais sobre a eletroquímica, que ela estuda as relações entre reações químicas e a corrente elétrica e está muito presente no nosso dia a dia. 

Leia também sobre o eletromagnetismo terrestre. 

Compostagem doméstica: aprenda o que é e como fazer a sua

Vamos entender mais sobre a compostagem e como fazer a sua composteira em casa?

Muito se fala sobre a importância da reciclagem de materiais como plástico, papel e vidro separando-os dos resíduos orgânicos, que exigem decomposição.

Mas boa parte do resíduo que geramos em casa é orgânico, principalmente restos de comida. É aqui que entra a compostagem doméstica feita por composteiras. Elas são dispositivos que podem ser feitos em casa e que dão o destino correto aos resíduos.

Ter uma composteira contribui de modo sustentável com o meio ambiente, reduzindo o descarte de resíduo orgânico em aterros, e ainda pode enriquecer o solo do seu quintal ou da sua horta com um material rico em nutrientes. 

Vamos entender mais sobre a compostagem e como fazer a sua composteira em casa?

O que é uma compostagem?

Para o Ministério do Meio Ambiente, a compostagem é definida como “uma forma de recuperar os nutrientes dos resíduos orgânicos e levá-los de volta ao ciclo natural, enriquecendo o solo para agricultura ou jardinagem.

Além disso, é uma maneira de reduzir o volume de lixo produzido pela sociedade, destinando corretamente um resíduo que se acumularia nos lixões e aterros gerando mau cheiro e liberação de gás metano e chorume.”

Logo, a compostagem doméstica é uma solução simples e que ocupa pouco espaço. Podendo ser feita dentro de casa, em apartamento ou no seu jardim, o material produzido pode ser usado nas suas plantas ou doado para vizinhos e amigos.

As vantagens são muitas: além de aproveitar toda a matéria orgânica, esse processo é ambientalmente sustentável, seguro e natural; auxilia na recuperação e na fertilidade do solo e pode até mesmo ser uma fonte de renda.

Para quem não tem tempo de fazer uma compostagem doméstica, existem empresas que recolhem resíduos orgânicos e fazem a compostagem, garantindo uma destinação sustentável para o resíduo.  

Em grande escala, os resíduos orgânicos podem até mesmo produzir energia e substituir combustíveis fósseis e poluentes, como o petróleo e o carvão, por exemplo. 

Tipos de compostagem

O processo é geralmente dividido em dois tipos: vermicompostagem e micro-organismos. A primeira, vermicompostagem, é realizada com a presença de minhocas californianas de origem Europeia.

O resultado é o húmus da minhoca que atua na melhoria das características físicas, químicas e biológicas do solo. Para um bom resultado, alguns cuidados extras são exigidos: não se deve colocar alimentos cítricos ou cozidos, ossos, queijos e processados. 

Já no processo por micro-organismos não há presença de minhocas, ela é feita exclusivamente pelos resíduos. O resultado é um composto orgânico que também atua na melhoria das qualidades do solo. É mais fácil de controlar quando comparado com a vermicompostagem.

Como fazer compostagem doméstica de micro-organismos

A compostagem em pequena escala é utilizada, em geral, em residências, e você pode ter uma na sua casa. Mas, antes de sair criando sua compostagem, é preciso entender que ela não é uma prática baseada somente em depositar os resíduos orgânicos.

Algumas variáveis precisam ser controladas no ambiente interno das caixas da composteira, como temperatura, umidade e pH. Veja algumas dicas para começar a sua!

Passo 1: escolha do local adequado

Escolha um local arejado ou ao ar livre, mas cuidado para que ela não fique exposta ao sol, à chuva e ao vento. 

Passo 2: escolha o recipiente

A composteira pode ser uma lata de lixo grande ou um balde de plástico, por exemplo. É necessário fazer alguns furos no fundo do recipiente para que o líquido do material orgânico em decomposição possa passar.

Embaixo, deve haver outro recipiente para armazenar esse líquido, como uma bacia mais rasa, por exemplo. Porém, ela não pode ficar em contato direto com a composteira, é preciso de espaço para que os materiais se separem. 

Passo 3: prepare os resíduos

Misture o lixo da sua cozinha e do seu jardim. O ideal é ter mais resíduos marrons (serragem, folhas secas, papelão e folhas de jornal) do que verdes (frutas, vegetais, grama, borra de café). 

Essa divisão é importante pois os elementos marrons são ricos em carbono, enquanto que os verdes contribuem com nitrogênio. Seu composto também precisa de oxigênio e umidade; por isso, caso o material fique muito seco, acrescente um pouco de água.

Tenha atenção com materiais que não devem ser utilizados, como, por exemplo, carnes, óleos e gorduras, fezes de animais domésticos, pão e massas, temperos fortes (alho, pimenta) e limão.

Passo 4: distribua o material na composteira

O segredo para acelerar o processo de decomposição é distribuir o material em camadas: uma de nitrogênio (material úmido) para três de carbono (material seco, como folhas, papelão e serragem).

Passo 5: adube o seu solo

Agora é só esperar para poder recolher o material e adubar o solo. Ao longo das próximas semanas, os restos de comida vão se transformar em solo. 

Quando tiver aspecto e cheiro de terra, o seu composto estará pronto. Lembre-se de que ele não é um substituto para a terra, mas sim um fertilizante natural para nutri-la.

Como citamos anteriormente, o resíduo orgânico pode, além de virar adubo, ser uma solução para produzir energia elétrica. Continue no blog e veja como a WEG tem aproveitado os resíduos sólidos urbanos para produzir energia.

Cores: por que enxergamos colorido?

Será que as cores realmente existem?

Um dos principais sentidos do corpo humano, a visão é uma das formas mais potentes de percepção e interpretação de tudo o que nos cerca. 

As cores e as luzes atraem o nosso olhar, e tudo que está à nossa volta parece ser colorido: a natureza, os objetos, as cidades. Mas e se você descobrisse que, na verdade, as cores não existem? Elas são fabricadas pelo nosso cérebro.

Isso acontece porque os objetos absorvem as cores que estão na luz branca. Quando essa luz reflete nos nossos olhos, na camada chamada de retina, as células chamadas de cones e os bastonetes transmitem a informação sobre as cores para o nosso cérebro. 

Por ser um processo individual, cada pessoa percebe as cores de um jeito. Continue a leitura para entender melhor como as cores se formam e por que enxergamos colorido.

Como as cores se formam

Antes de falarmos sobre como os nossos olhos enxergam as cores, vamos entender como elas se formam.

Quando dizemos que as cores não existem, é porque as tonalidades só aparecem na presença da luz branca, que é a mistura de várias cores. Sem a luz, não há cor, apenas um espaço vazio representado pelo preto.

Ou seja, a cor é a impressão causada nos olhos pela luz. A cor neutra é o branco, ele é a união de todas as cores que podemos enxergar, compostas pelos espectros de vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. 

A ausência de luz – ou inexistência de cor – é representada pelo preto, já que não consegue refletir luminosidade nos objetos.

Diferenciamos uma tonalidade da outra por meio do fenômeno físico chamado “comprimento de onda”. Isso quer dizer que as cores são ondas que vibram em velocidades diferentes. Quanto mais rápida a onda, mais azulada ela fica; e quanto mais lenta, mais avermelhada.

Quando um feixe de luz toca um objeto colorido, parte desse feixe é refletida enquanto parte é absorvida pelo objeto, porém, só podemos ver a cor correspondente à frequência que foi refletida.

Logo, a cor de um objeto é justamente a cor que ele não absorveu. Se uma maçã é vermelha, é porque ela absorve muito todas as cores, menos a vermelha – que é refletida para o nosso olho.

Newton e o prisma

A descoberta de que as cores são nada mais que luzes refletidas sobre o branco pode ser um pouco impactante. Imagine então em 1665 quando Newton apresentou a sua teoria.

Acontece que, por muitos séculos, o arco-íris era um grande mistério da natureza. Ninguém sabia como ou por que aquele arco colorido surgia. Da mesma forma, o feixe multicolorido que saía de dentro dos prismas também era um mistério.

O surgimento dessas cores era tão misterioso que as pessoas acreditavam serem obras de espectros, como seres fantásticos parecidos com fantasmas.

Até então, artistas e cientistas viam o branco como uma cor pura, e não uma mistura de cores. Mas essa concepção foi alterada pelo cientista inglês Isaac Newton.

Em 1665, Newton fez um experimento que mudaria tudo. Ele dispunha apenas de alguns prismas, lentes e da luz do sol. Através de um pequeno furo em uma cortina, o cientista obteve um feixe de luz que fez incidir sobre o prisma.

A luz, depois de passar pelo prisma, projetava sobre a parede uma mancha com as cores distribuídas do vermelho ao violeta. 

Esse feixe colorido foi focado por uma lente e direcionado para um segundo prisma. As cores então se misturaram, resultando em luz branca.

Para não haver dúvidas, o mesmo feixe atravessou um terceiro prisma e novamente se separou nas cores do arco-íris. Essa é a prova definitiva de que a luz branca é composta por todas as cores.

Como as cores chegam aos nossos olhos

Hora de entender como essa “mágica” funciona para os nossos olhos e por que enxergamos colorido.

O caminho que a luz refletida por um objeto percorre no nosso olho é o seguinte: ela atravessa a córnea, a íris (responsável por regular a quantidade de luz recebida pela pupila), a pupila, o cristalino e chega até a retina.

É dentro da retina que as imagens são formadas, nela, existe uma camada de células bem pequenas e sensíveis à luz – os fotorreceptores. 

Eles são de dois tipos: bastonetes, que funcionam em lugares mais escuros, e os cones, que se adaptam à luz e são responsáveis pelas cores que enxergamos.

Cada um vê uma cor

Uma cor nunca será exatamente igual para todas as pessoas. Isso acontece porque as densidades de recepção da luz variam de um indivíduo para outro. 

É o nosso cérebro que produz as cores, o que gera variações de acordo com cada observador: o azul que você vê pode não ser a mesma tonalidade de azul que seu amigo vê.

Além disso, algumas pessoas têm daltonismo – um distúrbio da percepção visual identificado pelo não funcionamento dos cones, os responsáveis pela diferenciação das cores.

Logo, o indivíduo com daltonismo sente dificuldade em apontar a diferença das tonalidades, como tons de vermelho ou laranja. A confusão também existe entre verde, vermelho, azul e amarelo, que são cores oponentes. 

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Agora você já sabe como somos capazes de ver o mundo colorido e que cada pessoa vê o mundo de um jeitinho. Continue no blog para mais curiosidades! Que tal conhecer um pouco mais sobre a lua?