Star Wars não só entretém fãs de todas as idades, mas também faz a gente pensar sobre ciência.
Muitas das coisas que vemos nos filmes parecem tão avançadas que nos perguntamos se um dia poderiam se tornar realidade. Desde as viagens pelo espaço até as tecnologias do futuro, o mundo de Star Wars mistura ciência e imaginação de um jeito incrível.
Neste post, vamos analisar o que é ficção e o que é ciência de verdade. Vamos ver se os conceitos que adoramos — como os sabres de luz, a velocidade da luz e a misteriosa Força — têm alguma base científica ou se ainda são apenas parte da fantasia.
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Sabres de luz: Realidade ou ficção?
Sabres de luz são possivelmente o objeto mais famoso de Star Wars, mas o conceito por trás dessas armas icônicas levanta muitas questões científicas. Afinal, seria possível criar uma arma que utiliza luz como lâmina? Aqui vão alguns pontos importantes para considerarmos:
A natureza da luz
A luz, por si só, não pode ser “contida” em uma lâmina rígida como vemos nos filmes. Um feixe de luz continua se propagando até encontrar uma superfície que o reflita ou absorva.
No entanto, a luz laser já é usada em diversas aplicações, como em cortes de precisão na medicina e na indústria. A diferença é que um laser não teria um ponto final definido como um sabre de luz.
Energia envolvida
Um sabre de luz exigiria uma quantidade imensa de energia para funcionar. Para se ter uma ideia, a energia necessária para criar uma lâmina de plasma, que é um estado da matéria composto por gás ionizado, seria muito maior do que qualquer bateria atualmente poderia armazenar.
Embora o conceito de um sabre de luz ainda esteja longe de se tornar realidade, a ciência não descarta completamente a ideia de criar algo semelhante.
As pesquisas com plasma e controle magnético mostram que estamos avançando em direção a tecnologias que, um dia, poderiam se aproximar da famosa arma Jedi.
No entanto, os desafios práticos, como o imenso consumo de energia e a dificuldade de conter o plasma, ainda são enormes.
Mesmo assim, os sabres de luz continuarão a inspirar gerações de cientistas e engenheiros, incentivando a busca por soluções que, talvez um dia, tragam parte dessa ficção para o mundo real.
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Viajar mais rápido que a luz: A possibilidade do “hiperespaço”
Em Star Wars, as naves viajam em velocidades absurdas, entrando no “hiperespaço” para cruzar a galáxia em segundos. Esse conceito de viagem mais rápida que a luz é fascinante, mas esbarra em algumas barreiras bem complicadas da física.
Limite da velocidade da luz
Segundo a Teoria da Relatividade de Albert Einstein, a velocidade da luz (aproximadamente 300.000 km/s) é o limite máximo para qualquer objeto no universo.
Nada pode ultrapassá-la, pois à medida que um objeto se aproxima dessa velocidade, sua massa aumenta e seria necessária uma quantidade infinita de energia para fazê-lo atingir ou ultrapassar essa velocidade.
Teoria das dobras espaciais
Alguns cientistas, inspirados por ideias de ficção científica, propõem soluções criativas como a “dobra espacial”.
Essa ideia, baseada na matemática de Einstein, sugere que se pudéssemos manipular o tecido do espaço-tempo, poderíamos “dobrá-lo” e criar atalhos, fazendo com que uma nave percorra grandes distâncias sem realmente ultrapassar a velocidade da luz.
A NASA está estudando essa possibilidade, mas ela está muito distante de ser aplicada.
Buracos de minhoca
Outra teoria especulativa é a dos buracos de minhoca, que são “atalhos” hipotéticos no espaço-tempo que conectariam pontos distantes do universo. Esses buracos de minhoca aparecem em várias teorias físicas, mas até hoje, nenhum foi observado ou provado existir.
Cientistas teóricos como Kip Thorne, vencedor do Prêmio Nobel de Física, dedicam parte de suas pesquisas a estudar buracos de minhoca e a ideia de viagens no tempo. Embora as teorias existam no papel, ainda estamos longe de realizar algo próximo do que vemos em Star Wars.
O que é a Força: Uma energia misteriosa ou pura ciência?
“A Força está com você!” – A Força em Star Wars é apresentada como uma energia mística que envolve todos os seres vivos e conecta tudo no universo, ela confere aos Jedi e Sith poderes que desafiam as leis da física, como a telecinesia (mover objetos com a mente), prever o futuro e até influenciar o pensamento das pessoas.
Embora a Força não tenha um equivalente direto na ciência real, podemos fazer algumas comparações com fenômenos naturais. O campo gravitacional, por exemplo, é uma força invisível que atua à distância, assim como o magnetismo.
No entanto, esses campos não concedem a habilidade de mover objetos sem interação física.
Já a telecinesia, um poder comumente associado à Força, permanece dentro do reino da ficção científica. Cientistas já investigaram fenômenos como psicocinese (a habilidade de mover objetos com a mente), mas até hoje não há provas científicas que confirmem sua existência.
O conceito de controle mental através de impulsos elétricos no cérebro já é estudado, e há tecnologias em desenvolvimento que permitem controlar dispositivos com o pensamento, como próteses robóticas que respondem a comandos cerebrais.
Entretanto, essas tecnologias estão muito longe dos poderes da Força.
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Erros comuns: O som no espaço e a aerodinâmica das naves
As batalhas espaciais em Star Wars são eletrizantes, com sons altos de explosões e naves disparando lasers. Mas aqui está o problema: no vácuo do espaço, não há ar, e, sem ar, o som não pode se propagar.
Então, tecnicamente, todas aquelas explosões e disparos de naves seriam silenciosos se ocorressem no espaço real. Claro, seria muito menos emocionante assistir a uma batalha silenciosa, e é por isso que a ficção ignora essa regra da física para criar cenas mais dramáticas.
Outro erro comum está relacionado ao design das naves. Na Terra, os aviões têm formas aerodinâmicas para cortar o ar de maneira eficiente.
No espaço, onde não há ar, o formato de uma nave seria irrelevante para o voo, então naves como a X-Wing ou a Millennium Falcon poderiam ter qualquer forma que quisessem.
No entanto, é divertido notar que as naves de Star Wars frequentemente têm formas aerodinâmicas para criar um visual mais familiar e esteticamente atraente para o público.
Curiosidade: O diretor de som de Star Wars, Ben Burtt, criou os sons icônicos dos lasers das naves ao gravar o som de um martelo batendo em um cabo de alta tensão, misturando-o com sons de animais para criar os rugidos de criaturas alienígenas e o zumbido dos sabres de luz.
É uma combinação de criatividade e engenhosidade que vai além da física.
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Star Wars pode não seguir todas as regras da física, mas isso não diminui o interesse que a saga desperta em milhões de fãs pelo mundo. A mistura de ciência e ficção cria um universo onde a imaginação não tem limites.
Mesmo que sabres de luz e viagens pelo hiperespaço ainda estejam fora do nosso alcance, a ciência está constantemente avançando, e quem sabe o que o futuro reserva, não é?
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Fontes:
A física de Star Wars: quanta ciência existe nos filmes da saga? Físico explica