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Marie Curie: quem foi a primeira mulher a ganhar um prêmio Nobel

Sua maior contribuição para a ciência foi a descoberta da radioatividade e de novos elementos químicos. Com os feitos, foi a primeira mulher do mundo a ganhar um prêmio Nobel.

Em uma época onde apenas os homens podiam ir à universidade, Marie Curie descobriu um elemento químico e iniciou uma verdadeira revolução no meio científico. Sua maior contribuição para a ciência foi a descoberta da radioatividade e de novos elementos químicos. Com os feitos, foi a primeira mulher do mundo a ganhar um prêmio Nobel.

E não é “apenas” isso. Naquela época, como mulher, Marie Sklodowska Curie precisou enfrentar muitas dificuldades para alcançar seus sonhos, e apesar de todo o preconceito da sociedade foi pioneira por sua coragem, determinação e descobertas científicas, ela não foi só a primeira mulher a ganhar um Nobel em Ciências, como foi a primeira pessoa a receber o prêmio duas vezes.

Encorajada pelo pai a se interessar pela ciência, a polonesa terminou os estudos aos 15 anos e passou a trabalhar como professora. Como o governo russo proibia que mulheres frequentassem universidades dentro de seu império, para continuar os estudos, Marie mudou-se para Paris.  Em 1883, graduou-se bacharel em Física e Matemática pela Universidade de Sourbonne, tornando-se, mais tarde, a primeira mulher a lecionar nessa importante instituição de ensino europeia. Depois de formada, foi a primeira classificada para o mestrado em Física e, no ano seguinte, a segunda para o mestrado em Matemática.

Em 1894, Marie conheceu o professor Pierre Curie com o qual se casou no ano seguinte, e passou utilizar o sobrenome Curie. Na época Pierre trabalhava no Laboratório de Física e Química Industrial no qual trabalharam juntos mais tarde.

Em julho de 1898, o casal conseguiu isolar um elemento 300 vezes mais ativo que o urânio. Em homenagem à sua terra, Marie batizou-o de polônio. Mas os Curie não estavam satisfeitos, porque o resto do material, depois de extraído o polônio, era ainda mais potente. Continuaram a purificação e cristalização e encontraram um novo elemento, 900 vezes mais radioativo (termo criado por Marie) que o urânio. Estava descoberto o “rádio”.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Marie encabeçou a implementação de um sistema de radiografia móvel — um veículo que tinha uma máquina de raios-X e equipamento fotográfico de câmara escura — ajudando no tratamento de milhões de soldados. Além disso, também contribuiu para a ciência ao aprisionar o gás que emanava do elemento rádio e enviar os tubos para o tratamento do câncer em hospitais do mundo inteiro.

“Eu faço parte dos pensam que a Ciência é belíssima. Um cientista em um laboratório não é apenas um técnico, ele é também uma criança diante de fenômenos naturais que o impressionam como um  conto de fada. Não podemos acreditar que todo progresso científico se reduz a mecanismos, máquinas, engrenagens, mesmo que essas máquinas tenham sua própria beleza”. Marie Curie

 

Prêmio Nobel

Seu primeiro Prêmio Nobel foi em 1903, dividido com seu marido Pierre Curie e o físico Henri Becquerel — pelas pesquisas sobre radiação.

Em 1904, Pierre foi nomeado professor da Sorbonne e Marie assumiu o cargo de assistente-chefe do laboratório dirigido por seu marido. Em 1905 Pierre Curie foi eleito para a Académie des Sciences. Dois anos depois Pierre Curie morreu tragicamente, vitimado por um atropelamento e Marie foi indicada para substituí-lo, tornando-se a primeira mulher a ocupar uma cadeira de professor na Sorbonne, e a primeira mulher a ocupar tal cargo na França.

Marie continua a estudar a radioatividade, principalmente suas aplicações terapêuticas e, em 1911, foi agraciada com o segundo Prêmio Nobel, desta vez de Química, por suas investigações sobre as propriedades do rádio e as características dos seus compostos. Tornou-se a primeira personalidade a receber duas vezes o Prêmio Nobel.

 

Morte

Em 4 de julho de 1934, Marie Curie faleceu perto de Sallanches, na França. Seus órgãos vitais estavam comprometidos devido à constante exposição à radioatividade sem nenhuma proteção.

Inspirada pela mãe, a filha de Marie, Irène Joliot-Curie, trabalhou com o marido Frédéric Joliot nos campos da estrutura do átomo e física nuclear, demonstrando a estrutura do nêutron e descobrindo a radioatividade artificial, feito este que rendeu mais um Prêmio Nobel para a família Curie.

A história de Marie rendeu muitos materiais audiovisuais. Para conhecer um pouco mais dessa fantástica história, o Museu WEG separou dois vídeos: o documentário “Marie Curie: A Mãe da Radiação” e o filme “Marie Curie na Guerra”, de 2014. Ambos disponíveis no Youtube. Assista:

https://www.youtube.com/watch?v=dhQsU0QDYew

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Além de um ícone da ciência, Marie Curie também foi uma heroína de guerra e uma grande inspiração para que mais mulheres continuem seus estudos nos campos científicos. Que seu legado continue inspirando novos e novas cientistas no mundo todo! 🙂

Entrevista: o brasileiro que está há 17 anos trabalhando com aceleradores na Suíça

Este mês conversamos com o Marcos André Gaspar, brasileiro, carioca e colaborador há quase 18 anos do Paul Scherrer Institute…

Este mês conversamos com o Marcos André Gaspar, brasileiro, carioca e colaborador há quase 18 anos do Paul Scherrer Institute (PSI), simplesmente o maior instituto de ciências naturais e engenharia da Suíça. O instituto realiza pesquisas de ponta e suas principais áreas são: matéria e materiais, energia e meio ambiente e saúde humana. No artigo anterior, falamos como o PSI revolucionou o tratamento do câncer com a próton terapia. Se quiser saber mais, clique aqui para ler.

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O Paul Scherrer Institute opera um amplificador de Fonte de Luz Suíça (Swiss Light Source – SLS), um síncrotron de 3ª geração usado para acelerar partículas à velocidade da luz. Para melhorar a frequência de amplificação, foi desenvolvido um Amplificador com Rádio Frequência. O principal objetivo do projeto é melhorar a eficiência a qualquer momento do processo. Nosso entrevistado de hoje é responsável por este projeto! São mais de 12 mil linhas de código de programação escritas exclusivamente pelo Marcos.

Swiss Light Source (SLS) no Paul Scherrer Institut

Swiss Light Source (SLS) no Paul Scherrer Institut

Está preparado(a) para conhecer o Marcos um pouquinho mais? Vem com a gente!

Museu WEG: Olá Marcos, estamos curiosos! O que você faz no PSI? Como é o seu trabalho?

Marcos Garcia: Olá pessoal! Sou colaborador no PSI há cerca de 17 anos. Meu trabalho é com fontes de alta potência de rádio frequência sem MOSFET*. Isso quer dizer que são como transmissores de televisão, mas sem modulação. Precisando apenas da potência.

*MOSFET (Transistor de Efeito de Campo de Semicondutor de Óxido Metálico) é o tipo mais comum de transistores de efeito de campo em circuitos digitais ou analógicos.

Trabalho na área de análise fundamental da matéria. O meu acelerador, o SLS, tem o objetivo principal de ser utilizado como um grande microscópio. Os transmissores são otimizados quando é possível, e dependendo do componente que está gerando a alta potência de RF, ele para de funcionar na máxima eficiência possível! Porém, não há milagres e dificilmente é possível ter uma eficiência em 100%.

A eficiência perto de 100% com os motores elétricos e os inversores a MOSFET é bastante possível. Mas, neste trabalho, nem tanto. É que a eficiência típica possível de obter na frequência de interesse de 500MHz é de um pouco mais de 50%. Essa eficiência inclui tudo, dividindo a potência de saída de RF pela potência consumida da tomada da rede de 50Hz.

Os transmissores que temos por aqui são todos a base de válvulas. Em frequências mais baixas, como 50MHz e 72MHz, utilizamos Tetrodos. Em frequências mais altas, como 500MHz, 3GHz, e outras, utilizamos Klystrons. Temos transmissores em modo contínuo (CW) e em modo pulsado. O transmissor com o qual trabalho é um sistema de modo contínuo, resultado de um estudo que fiz há alguns anos sobre a visibilidade da substituição de válvulas por MOSFETS tipo LDMOS na frequência de 500MHz. Esse estudo se transformou numa tese de doutorado que defendi em setembro de 2014.

No mesmo trabalho, fizemos uma candidatura para um projeto do governo federal suíço. Nosso projeto foi aceito e foi o maior projeto do laboratório até hoje. Aproximadamente 1 milhão de dólares. Com esse financiamento, o projeto se viabilizou e eu pude construir o sistema. O projeto foi um sucesso e está em operação no acelerador SLS hoje.

Em seguida, a tecnologia do projeto foi transferida para uma empresa privada suíça que está produzindo transmissores baseados na tecnologia desenvolvida por mim. Este ano, já estão entregando alguns sistemas para laboratórios diferentes no mundo.

Museu WEG: Qual é a sua história profissional até chegar onde está hoje?

Marcos: Minha história profissional começou no Rio de Janeiro, na UFRJ. Por lá, sempre tivemos uma ligação, mesmo que pequena, com o CERN em Genebra e com o CEA em Paris. O que fez meu caminho natural ser a Europa, da qual gosto imensamente. Há quase 18 anos, eu me candidatei a uma posição aqui no PSI e fui aceito, o que sedimentou esse relacionamento eterno com aceleradores.

Museu WEG: Quais os projetos mais legais que você já participou, ou participa, trabalhando com aceleradores de partículas?

Marcos: Qualquer trabalho com aceleradores é interessante e me fascina. Mas, definitivamente o projeto da minha vida foi o Amplificador com Rádio Frequência. O mais espetacular, na minha opinião, é que fiz o projeto todo sozinho. Todos as partes desse projeto foram desenvolvidas por mim, sem nenhuma ajuda externa. Os projetos mecânico, elétrico, eletrônico, software, alta frequência, alta potência, controle, data-acquisition and monitoring, etc…. Desenvolvi todos esses subprojetos também, completamente sozinho. O software tem mais de 12 mil linhas de programa. Tudo também escrito por mim. E o sistema funciona hoje completamente autônomo sem nenhuma intervenção humana.

O principal objetivo do projeto é melhorar a eficiência a qualquer momento do processo. Foram aplicados correntes diretas, controladores de energia e tecnologias de análise digital e analógica para ajustar as voltagens e tornar o processo completamente independente e automático. A eficiência chega a 50% e ele possui frequência 2x maior que a tecnologia existente, mas com um tamanho menor. Esse é, sem dúvida, o maior sucesso da minha vida.

Música e Qualidade de Vida

A Música apresenta uma grande influência na qualidade de vida das pessoas e possui condições suficientes para ser um instrumento terapêutico, no que diz respeito ao alívio das tensões.

Os conflitos do dia-a-dia, assim como o “stress” colaboram para que o indivíduo se torne cada vez mais afastado de si e longe de seu referencial enquanto pessoa. Sob o ponto de vista de que educação é um processo que modifica o indivíduo, a música pode ser um referencial positivo para tal afirmação.

Escutar um som é educar-se, é escutar-se por dentro. Neste caso, a música não pode ser vista como uma substância ou matéria, mas como um instrumento provocador de mudança. Ouvir com o corpo, com a alma, é mudar, é reconstruir novas ideias, novos pensamentos. Sendo assim, um ponto de partida para promover saúde mental na sua totalidade.

A música é antiga, como a humanidade, ela sempre ocupou um lugar de destaque entre os povos, pois sua linguagem é universal. Seu valor é imensurável, atua como um feitiço, pois possui um efeito que desperta os mais nobres sentimentos até o desencadeamento dos mais baixos instintos. Possui características próprias. Pode ao mesmo tempo exteriorizar o júbilo; a tristeza; o amor; a crença e a vontade. Música é vida, é emoção; é movimento, é sentimento, é mudança.

Não existe sequer uma partícula da essência do ser humano ou da vida, que escape da influência da música. O Cosmos e a natureza estão cheios de sons, para serem ouvidos e explorados.

Todos os seres humanos nascem com capacidade musical, voz e ouvido e cada um a utiliza conforme seu temperamento, educação, cultura, raça e época.

A música também funciona como instrumento para promover saúde mental, pois atua diretamente no sistema nervoso, a energia advinda dela e a força vibratória do som, podem provocar respostas psicológicas satisfatórias para estabelecer um ambiente propício facilitando o processo curativo e bem estar.

No passado, os gregos descobriram este caminho, através de civilizações anteriores, utilizavam a música como tratamento, era uma espécie de remédio para a alma, criam que tocando a alma com o som, o corpo era livre das doenças.

Hoje havendo passado milhares de anos a teoria fortificou-se ainda mais, estudos incansáveis, conseguiram provar que os gregos estavam certos. A música pode ser aplicada para ação terapêutica.

Nos Estados Unidos o centro médico Kaiser utiliza a música como tranqüilizante, os pacientes ouvem, selecionam as músicas clássicas e atingem um grau de relaxamento. Em vários relatos destes médicos e enfermeiras, vítimas de derrame. Eles conseguiram recuperar a fala. A música reduz o “stress” e traz uma profunda calma ao espírito.

A musicoterapia trouxe uma grande contribuição para esta área. Os profissionais utilizam especialidades tais como a música, o som, o silêncio, os instrumentos musicais para provocar respostas positivas. O profissional musicoterapeuta intui, propõe, intervém, instala modelos, acompanha o indivíduo a cada momento.

A música tem como finalidade, provocar idéias e pensamentos novos, aumentar a memória, reduzir o “stress” e melhorar a qualidade de vida.

 

A relação da WEG com a música

 

Dia 01 de outubro comemorou-se o dia da Música e dia 22 de novembro é o dia do Músico e estamos aqui, para incentiva-lo a buscar a música como instrumento para a qualidade de vida e bem estar, a WEG patrocina alguns projetos de música na cidade de Jaraguá do Sul através da Lei Rouanet de Incentivo a Cultura, os projetos se entrelaçam passando a ser uma grande escola musical.

Projeto Música para Todos (MPT) – SCAR

Poderia ser apenas um projeto de formação musical. Mas o MPT é muito mais: um projeto social capaz de mudar a vida de seus participantes para melhor. O projeto Música para Todos (MPT) é um processo de educação musical abrangente, que promove a formação de crianças, jovens e adultos. Em atividade desde 2003, o MPT alia tradição e reconhecimento, já tendo formado mais de 3 mil alunos. Crianças, jovens e adultos aprendem música de forma gratuita em mais de 20 instrumentos, além de receber aulas de educação musical, canto coral e prática de conjunto, num sistema de ensino eficaz e completo para a educação artística de novos talentos. A seleção abre no início do ano e toda a comunidade pode participar.

Orquestra Jovem – SCAR

Estudantes de música de Jaraguá do Sul e região reúnem seus talentos em uma só orquestra, ganhando experiência ao mesmo tempo em que levam sua arte para a comunidade. Na Orquestra Jovem da SCAR, 40 músicos se preparam para os desafios profissionais da música, capacitando-se para ingressar em universidades, conservatórios e grandes orquestras.

Orquestra Filarmônica – SCAR

Composta por 40 músicos com ampla experiência, a Orquestra Filarmônica da SCAR tem se estabelecido como uma das mais atuantes orquestras catarinenses. Seus projetos de circulação têm percorrido o estado formando plateias, estimulando a carreira dos músicos participantes e encorajando a formação de novos artistas. Com concertos que combinam repertório erudito e popular, a Orquestra Filarmônica da SCAR populariza o gênero e preserva a música ativa na região.

FEMUSC – Instituto FEMUSC

O Festival de Música de Santa Catarina, também conhecido como Femusc, é o maior festival-escola não competitivo do Brasil, realizado anualmente na cidade de Jaraguá do Sul. Reúne músicos profissionais e estudantes, que dividem a sala de aula em formações específicas para instrumentos musicais, regência, bandas e outras combinações, e compartilham o palco em grandes apresentações abertas ao público, com entrada franca. Ao longo da programação, que costuma contar com duas semanas ininterruptas, o público é convidado a interagir com os músicos, provindos de mais de 15 países, seja durante as apresentações, que transcendem os teatros e casas especializadas e chegam a igrejas, escolas e entidades comunitárias em toda a região de Jaraguá do Sul, seja ao longo dos dias de convivência, em que os músicos circulam pela cidade e conhecem as atrações turísticas do Vale do Itapocu.

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Fonte: pesquisa de Ana Lúcia Feitosa Belem, 2002 pela Universidade Cândido Mendes, Rio de Janeiro/RJ

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William Sturgeon: o pai do eletroímã

Hoje, em 22 de maio de 1783, nascia no Reino Unido o físico Willian Sturgeon. Ele foi o responsável por…

Hoje, em 22 de maio de 1783, nascia no Reino Unido o físico Willian Sturgeon. Ele foi o responsável por uma das invenções que alterou o curso da história: o eletroímã. A partir dele, outros dispositivos centrais da tecnologia moderna puderam surgir, como o telégrafo e o motor elétrico.

A vida antes e depois da física

Willian Sturgeon nasceu em Whittington, em Lancashire, um dos condados da Inglaterra, onde foi aprendiz de sapateiro. Ele se juntou ao exército em 1802 e se dedicou ao ensino de matemática e física.

Autodidata em fenômenos elétricos e ciências naturais, passou muito tempo lecionando e conduzindo experimentos elétricos. Em 1824, tornou-se professor de Ciências e Filosofia no Royal Military College, em Addiscombe, Surrey. Foi no ano seguinte que Sturgeon apresentou seu primeiro eletroímã.

Como se deu a invenção?

Sturgeon curvou uma barra de ferro comum, criando o formato de uma ferradura. Depois, a revestiu com verniz e enrolou com fio de cobre desencapado. Quando provocou a passagem de corrente gerada por uma pilha voltaica pelo fio, a ferradura se tornou um imã capaz de sustentar o peso de quase 4 quilos, o que representava muito para a época. Surgia, assim, o eletroímã.

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Outros inventos e estudos

Em 1832 o físico também inventou o comutador, parte integrante dos motores elétricos mais modernos. Em 1836, ano em que fundou a revista mensal Annals of Electricity, Willian Sturgeon inventou o primeiro galvanômetro de bobina suspenso, um dispositivo para medir a corrente.

Ele também melhorou a bateria voltaica e trabalhou na teoria da termoeletricidade. De mais de 500 observações de pipa, estabeleceu que, em climas serenos, a atmosfera é invariavelmente carregada positivamente em relação à Terra, tornando-se mais positiva com o aumento da altitude.

Aplicações práticas

O eletroímã é, basicamente, um imã obtido por meio de corrente elétrica, portanto um imã não natural. É o que faz, por exemplo, o motor elétrico funcionar, já que sua base é composta pela repulsão entre dois ímãs, um natural e o eletroímã.

O eletroímã também é usado em campainhas, telefones, aparelhos de telégrafo, relés, alto-falantes, relógios elétricos, ventiladores, geladeiras, lavadoras, batedeiras, geradores, chaves automáticas, disjuntores. Guindastes com eletroímãs são usados para carregar e descarregar ferro, e para separar o ferro e o aço de outros materiais. O eletroímã é parte importante de uma infinidade de outros aparelhos, dispositivos e máquinas.

Conheça agora outras pesquisas e inventos que, juntos, ajudaram a dar origem ao motor elétrico.

CentroWEG completa 50 anos

Centro de Treinamento da WEG já capacitou mais de 3.600 alunos

No intuito de formar mão de obra qualificada para atender as demandas de crescimento da empresa, em abril de 1968 foi criado o Centro de Treinamento WEG (CentroWEG), localizado dentro do parque fabril da WEG em Jaraguá do Sul (SC). Em 2018 a iniciativa completa 50 anos tendo capacitado mais de 3.600 alunos. Atualmente são 264 jovens que estudam no CentroWEG e estão em formação profissional, com faixa etária entre 16 e 18 anos, distribuídos em oito cursos de aprendizagem que englobam as áreas de mecânica, eletricidade, eletrônica, química e informática.

Para estudar os alunos recebem um salário de aprendiz e são registrados como colaboradores WEG, assim possuem todos os benefícios oferecidos pela empresa, incluindo a Participação nos Lucros. O curso é totalmente gratuito e os alunos ainda recebem todo o material didático necessário para as aulas teóricas e práticas. O certificado do curso de aprendizagem é emitido pelo SENAI SC e tem validade em todo o Brasil.

A estrutura do CentroWEG possui cerca de 2.550m², tendo 21 laboratórios, cinco salas de aula e 13 instrutores dedicados em tempo integral exclusivamente para capacitar os jovens aprendizes. Ao todo são oito cursos: usinagem, montagem eletromecânica, eletrônica, eletrotécnica, mecânica de manutenção, mecânica de ferramentaria, química e programação de sistema de informação. “Percebo que o principal motivador é a qualidade da formação e oportunidade de então continuarem na WEG, sendo efetivados em diversas áreas que demandam conhecimento técnico”, completa Hilton Faria, Diretor de RH e Relações Institucionais.

O processo seletivo ocorre todos os anos e é sempre muito concorrido, por exemplo, em 2017 houveram 1620 inscritos para 144. Há pré-requisitos relacionados a idade e a escolaridade. Primeiramente, os candidatos acompanham uma palestra para conhecer melhor os cursos e em seguida participam de testes de raciocínio e matemática. Os candidatos melhores classificados neste primeiro teste participam de uma semana de ambientação, onde fazem provas teóricas e práticas específicas do curso. Os candidatos ainda passam por entrevista com psicólogo e exames médicos. Os aprovados são divulgados no site da WEG e começam a estudar no ano seguinte.

Destaque Internacional
Em 2017, prestes a completar 50 anos, o CentroWEG foi destaque em jornal britânico, o The Economist, como um exemplo mundial em educação técnica para o mercado de trabalho em uma reportagem que abordava iniciativas que contribuem para a redução da desigualdade por meio da capacitação de jovens.

Inspiração
A iniciativa de criação de uma escola dentro das instalações da empresa partiu dos três fundadores após uma viagem de negócios à Alemanha em 1968, onde constataram durante visitas às fábricas, que as mesmas ofereciam cursos profissionalizantes para jovens. Na época Jaraguá do Sul ainda era uma pequena cidade no norte de Santa Catarina, pouco industrializada e onde a maioria das pessoas viviam basicamente da agricultura e não se dispunha de operários com conhecimento para atuar na indústria.

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Por que é importante compreender a automação

Bastante difundida atualmente, automação é uma palavra que lembra automático e realmente as duas têm relação. Também é comum ouvir…

Bastante difundida atualmente, automação é uma palavra que lembra automático e realmente as duas têm relação. Também é comum ouvir falar em automatização, mas elas não se referem exatamente a mesma coisa, portanto, não são sinônimos. E por que é importante entender a automação?

A automação é uma parte essencial da Indústria 4.0. Um conceito emergente nos últimos anos e que promete revolucionar os processos produtivos, a forma como vivemos e trabalhamos a partir de redes inteligentes que poderão controlar a si mesmas. Não é à toa que a Indústria 4.0 já é considerada a Quarta Revolução Industrial.

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Então o que é automação?
A palavra vem do grego autómatos, que significa mover-se por si ou que se move sozinho. Portanto, sua origem já revela sua própria definição, como sistema que emprega processos automáticos para comandar e controlar seu próprio funcionamento.

A automação foi determinante para a indústria a partir da segunda metade do século XX, quando surgiu. Com a informática e a evolução da eletrônica, a automação representou a modernização dos processos industriais, que passaram inclusive a empregar a robótica, substituindo o trabalho humano na produção de bens e mercadorias.

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A evolução no desempenho dos processos também refletiu o desenvolvimento da microeletrônica, aliado à informática.

Os equipamentos perderam tamanho, ganharam velocidade e eficiência, passando a executar tarefas antes feitas manualmente a partir de novos sistemas eletrônicos. Alguns merecem destaque:

– servomotores para sequências de manobras repetitivas de precisão;
– capacitores com controles eletrônicos para correção de fator de potência dos motores;
– inversores de frequência para variar a velocidade;
– sistemas de acionamento eletrônico que permitem partir, parar e proteger os motores;
– inversores regenerativos que recuperam parte da energia despendida na frenagem de elevadores e veículos híbridos.

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A automação, portanto, intensificou ainda mais o conceito de linha de produção idealizado por Henry Ford, com a aplicação de técnicas computadorizadas e mecânicas para controlar e otimizar a produção. E agora, promete consolidar o avanço tecnológico com a Indústria 4.0.

Mulheres que fizeram a diferença na história da ciência internacional

As mulheres fazem e fizeram a diferença em toda a história da humanidade, por sua força, delicadeza, iniciativa. No campo…

As mulheres fazem e fizeram a diferença em toda a história da humanidade, por sua força, delicadeza, iniciativa. No campo da ciência e pesquisa não é diferente. Seu legado está presente em diferentes períodos e campos do conhecimento.

E já que hoje é Dia Internacional da Mulher, como forma de homenageá-las e reconhecer tudo o que fizeram, elegemos 7 grandes mulheres na história da ciência internacional. Conheça quem são, suas pesquisas e invenções.

Amalie Emmy Noether (1882 – 1935)
Nascida na Alemanha, Amalie Emmy Noether, ou apenas Emmy Noether, foi física e matemática com importantes pesquisas sobre a Teoria dos Anéis e Álgebra Abstrata. Segundo relatos, foi considerada por Albert Einstein uma das mais importantes pesquisadoras na área de matemática. Na física, Emmy criou o Teorema de Noether, que explica as relações entre simetria e as leis de conservação da física teórica.

Edith Clarke (1883 – 1959)
Edith Clarke foi a primeira mulher a receber o diploma de engenharia elétrica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT, nos Estados Unidos, em 1918. Também foi a primeira professora de engenharia elétrica do país, lecionando na Universidade do Texas. Entre seus principais estudos, o destaque é a Clarke Calculator, um dispositivo para resolver problemas de linha de transmissão de energia elétrica.


Emily Warren Roebling (1843 –1903)

Considerada uma das primeiras engenheiras de campo, Emily Warren Roebling foi uma grande colaboradora do projeto de engenharia da Ponte do Brooklyn, um dos principais pontos turísticos de Nova Iorque (EUA). Com um vasto conhecimento em matemática e engenharia, como resistência dos materiais e construção de cabo, Emily passou a participar e supervisionar a execução da obra, quando seu sogro e seu marido, responsáveis pelo projeto, adoeceram. Ela foi a primeira pessoa a atravessar a ponte, que hoje liga o distrito do Brooklyn à Manhattan.


Maria Goeppert Mayer (1906 – 1972)

Segunda mulher a conquistar o Nobel de Física, em 1963, Maria Meyer foi uma física teórica alemã. Uma de suas principais pesquisas é sobre a estrutura do átomo, em que propôs um novo modelo do envoltório do núcleo atômico.


Mária Telkes (1900 – 1995)

Biofísica de origem húngara, Mária Telkes ficou conhecida por seus estudos relacionados à energia solar no reconhecido Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT). Além de ser uma das pessoas responsáveis pelo projeto da primeira residência do mundo aquecida com energia solar, no final da década de 40, Mária também inventou o gerador e o refrigerador termoelétricos.


Marie Curie (1867 – 1934)

Formada em física e matemática, Marie Curie descobriu, em 1898, os elementos químicos polônio (Po) e rádio (Ra). Foi a primeira mulher a lecionar na Universidade de Paris, onde se tornou cátedra. Marie também conquistou o prêmio Nobel de Física em 1903 e o prêmio Nobel de Química em 1911, se tornando a única pessoa a ganhar o reconhecimento duas vezes em áreas distintas. A cientista fundou os Institutos Curie em Paris e Varsóvia, que até hoje são grandes centros de pesquisa médica. Durante a Primeira Guerra Mundial, fundou os primeiros centros militares no campo da radioatividade.

Rosalind Franklin (1920 – 1958)
Formada em físico-química pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra, Rosalind foi uma das percursoras em biologia molecular. É reconhecida por seus estudos de análise física dos materiais sobre a difração dos Raios-X e por descobrir o formato helicoidal do DNA, usado até hoje.

Além de reverenciar estes nomes, que sirvam de inspiração para as mulheres que queiram também fazer história na ciência.

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5 motivos para você visitar o Museu WEG em 2018

O Museu WEG de Ciência e Tecnologia considerado pelo TripAdvisor o 2º principal ponto turístico “O que fazer: Jaraguá do Sul,…

O Museu WEG de Ciência e Tecnologia considerado pelo TripAdvisor o 2º principal ponto turístico “O que fazer: Jaraguá do Sul, SC”. Aberto de terça a domingo, das 10 horas às 18 horas. Aqui você encontra um museu diferente, um campo aberto e amplo para o conhecimento, tudo de forma divertida, interativa e ainda por cima sem precisar pagar por isso.

As visitas também podem ser agendadas para grupos e escolas. E se você quer ter ainda mais razões, elegemos aqui 5 motivos especiais para incluir definitivamente a visita ao museu na sua agenda este ano.

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Transitar pela história
Visitar o Museu WEG é fazer um verdadeiro passeio pela história da energia elétrica no Brasil e no mundo. Fundada em 1961, a empresa WEG faz parte dessa história, já que tem a eletricidade como base de todos os processos e soluções da companhia, uma das líderes mundiais na fabricação de motores, geradores e transformadores.

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Descobrir o novo
Assim como o exercício de voltar ao passado, o Museu WEG também permite descobrir o novo, seja através de invenções e registros até então não conhecidos para quem o visita pela primeira vez, seja pela sua proposta altamente tecnológica e interativa.

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Aprender outras línguas
Em todos os ambientes há QR Codes que ao acessar você lê o texto traduzido para o inglês. E em outro ambientes, um áudio faz a tradução para o inglês. Além de comunicar o que está disposto, a narrativa traz informações sobre o funcionamento dos objetos e as possibilidades de interação.

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Ter um dia de cientista
Além dos conceitos básicos de física, no Museu você pode conhecer os processos geradores de energia, suas aplicações no cotidiano e aprender como se constrói um motor elétrico, para entender sobre o seu funcionamento e os fenômenos físicos envolvendo a corrente elétrica.

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Aumentar o número de neurônios
Expandir o conhecimento é sempre uma forma de fazer o cérebro trabalhar. Afinal, são 100 bilhões de células, os neurônios, ávidos por fazer as sinapses, ou seja, transmitir as informações.

Com tantos motivos para visitar o museu, que tal então se programar? Espalhe esse conteúdo entre seus amigos e parentes e …. seja muito bem-vindo!

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Aula no Museu: Oportunidade de interação com o conhecimento

Professores de plantão, vocês já pensaram em fazer uma aula diferente para os seus alunos neste ano? Talvez uma aula…

Professores de plantão, vocês já pensaram em fazer uma aula diferente para os seus alunos neste ano? Talvez uma aula no Museu WEG fosse uma ótima oportunidade de trazer seus alunos para conhecerem um museu. Um espaço não formal, que vira extensão da sala de aula onde pode-se aprender fazendo e possibilitando que o aluno se torne um investigador ativo dos temas trabalhados.

Aqui no Museu WEG as ações educativas são perfeitas para as crianças e adolescentes dividirem espaço, trabalharem em grupo e expandirem seu conhecimento sobre Ciência e Tecnologia.

Você pode aproveitar datas comemorativas como o Dia do Inventor, o Dia da Ciência ou o dia do aniversário de cientistas importantes, datas muitas vezes pouco lembradas, e combinar com uma visita guiada.

No Museu WEG você tem a possibilidade de conhecer desde os processos geradores de energia até suas aplicações no cotidiano. Compreender os fenômenos e a forma como nossa sociedade se apropria deles, levará você a entender a complexidade das operações envolvidas no simples ato de acender uma lâmpada.

Perceber como, em tão pouco tempo, as máquinas evoluíram tecnologicamente e entender a revolução industrial. Estudar a História e Geografia da cidade de Jaraguá do Sul através de uma maquete.

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Aula no Museu
É muito importante que você conheça a exposição para poder usa-la no máximo de sua potencialidade e montar as atividades ou roteiros para seus alunos. Uma pré-visita pode estimular você a planejar as atividades educacionais a serem desenvolvidas no Museu WEG de Ciência e Tecnologia.

Pode ser uma visita guiada ou você pode levar a sua turma para uma ação educativa específica e trabalhar apenas um tema.

Aprenda com o Museu
Caso não seja possível fazer a visita in-loco, você também pode desfrutar de toda interatividade do museu disponíveis no site para complementar as suas aulas.
Seja no tour virtual, aqui no nosso blog, jogo da memória, Quiz para testar os conhecimentos sobre a WEG ou na aba Aprenda com o Museu, onde falamos sobre eletricidade, magnetismo, eletromagnetismo, motores, automação, geradores e transformadores.

Programe-se, faça uma aula diferente e mostre a história de Jaraguá do Sul e da WEG para alunos de diferentes idades. Entre em contato conosco e faça o seu agendamento clicando aqui.

Por que comemoramos aniversário de André-Marie Ampère?

Certamente você lembra do ampere, a unidade de medida da corrente elétrica ensinada nas aulas de física. Pois então! Esse…

Certamente você lembra do ampere, a unidade de medida da corrente elétrica ensinada nas aulas de física. Pois então! Esse nome é uma homenagem ao físico e matemático francês André-Marie Ampère. Aproveitamos o dia de nascimento dele para registrar sua história e sua importante contribuição à ciência em praticamente todos os ramos do conhecimento.

André-Marie Ampère nasceu em 1775 na cidade de Lyon, filho de um intelectual e uma comerciante. Autodidata, antes mesmo de ler e escrever, resolvia problemas aritméticos, demonstrando aptidão excepcional para o cálculo. Aos 12 anos ele já dominava os principais teoremas de álgebra e geometria.

Seu pai foi o principal incentivador de seus estudos. Criou uma biblioteca para o filho, que aos 11 anos Ampère havia lido completamente, e o ensinou o latim, idioma que aprendeu em poucas semanas e o permitiu leituras de importantes obras escritas na língua.

Duas grandes perdas o aproximaram ainda mais da vida científica. Primeiro seu pai, que foi decapitado durante a Revolução Francesa, quando Ampère estava com 18 anos. A segunda foi de sua esposa, Julie Carron, com quem se casou em 1799 e teve seu filho, Jean Jacques Ampère. Julie faleceu em 1803.

Poucos meses depois da perda da esposa, Ampère foi convidado a lecionar matemática no Liceu de Lyon. Antes disso, em 1800, havia publicado sua primeira obra, “Considerações sobre a Teoria Matemática do Jogo”, que o tornou conhecido no meio científico. Em 1814, ele foi eleito para o Institut de France, elaborando vários estudos sobre matemática e física.

As bases do Eletromagnetismo

A obra que imortalizou André-Marie Ampère foi publicada em 1826, intitulada “Teoria dos Fenômenos Eletrodinâmicos”. Com a descoberta de que dois fios condutores atravessados por uma corrente elétrica exercem ações recíprocas um sobre o outro, o físico estabelecia as bases científicas do eletromagnetismo.

Foi ele também o criador do primeiro eletroímã. Dispositivo fundamental para a invenção de vários aparelhos, como o telefone, o microfone, o alto-falante, o telégrafo etc. André-Marie Ampère faleceu em Marselha, França, no dia 10 de junho de 1836.