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Hipátia de Alexandria: a mãe das cientistas

Descubra quem foi Hipátia, a primeira mulher a se tornar cientista, mergulhe em sua história e entenda sua influência na ciência.

Injustiçada por sua inteligência e por sua liberdade, Hipátia de Alexandria ainda possui sua marca na história como a primeira mulher da história a ser filósofa, matemática e astrônoma. 

Ela foi uma mulher de grande intelecto que merece todo o destaque e valorização. E, nada melhor que o Dia Internacional da Mulher para apresentar a história desta brilhante cientista para você. 

Neste conteúdo você descobrirá quem foi a primeira mulher a se tornar cientista, mergulhando em sua história, entendendo sua influência na ciência e por que sua fama quase foi apagada dos registros de sua época. Confira!

Quem foi Hipátia de Alexandria?

Ela era filha de Theon, um grande estudioso da época e diretor da Biblioteca de Alexandria e nasceu entre os anos de 355 e 415 d.C. Hipátia também era neoplatonista e filósofa do Egito Romano.

Com apenas 30 anos, se tornou chefe da escola platônica em Alexandria, ensinando seus discípulos a arte da filosofia e da astronomia. 

Mas, muito além do que era ensinado em sala de aula, Hipátia também era uma grandíssima matemática, sendo visitada por viajantes e estudiosos para resolver problemas de geometria e álgebra que mais ninguém compreendia. 

Ela não só era referência para estudos, como também era procurada para o aconselhamento de políticos e membros de grande poder na sociedade. Durante sua vida, escreveu diversos textos sobre matemática e acrescentou sua visão científica para diversas pesquisas de astronomia da época. 

Obras de Hipátia

Acredita-se que ela tenha produzido diversas obras publicadas e mantidas na Biblioteca de Alexandria que, após um incêndio, teve quase todos os seus manuscritos perdidos, incluindo os de Hipátia. 

Mas como ela ficou lembrada? Pela menção a suas incríveis descobertas por autores da época. Sua inteligência e intelecto foram tão relevantes para a história que, para alguns destes autores, a menção de seus saberes foi eternizada em suas obras. 

Encontraram-se relatos de trabalhos da cientista que tratavam de equações quadráticas, aritmética e geometria, desenvolvendo figuras geométricas que se formavam quando um plano passava por um cone. 

Graças a essa descoberta, Hipátia auxiliou nos estudos de hipérboles, parábolas e elipses, chegando à conclusão de que a órbita do planeta Terra era, na realidade, elíptica e não circular. E o mais fascinante é que ela descobriu isso apenas analisando as estações do ano!

É possível saber mais sobre a sua história em quatro fontes: História Eclesiástica, de Sócrates Escolástico; Crônica, de João de Niquiu; A Vida de Isidoro de Damáscio em Suda; e, por fim, nas cartas sobreviventes de Sinésio de Cirene, antigo aluno da cientista. 

O fim de Hipátia de Alexandria

Mesmo que seja possível conhecermos um pouco da brilhante cientista, infelizmente, não é possível conhecermos afundo quem realmente foi esta grande mente da antiguidade. Porém, o que mais pode ser encontrado na história são as informações sobre o seu fim. 

A sociedade de sua época considerava-a uma mulher pagã, que se recusava a se casar, Hipátia também tinha um posicionamento muito mais voltado à filosofia e à lógica do que para a religião, afirmando que o universo, na realidade, era regido pelas leis da matemática. 

Como neste período o cristianismo passou a ser a religião oficial do Império Romano, a oposição religiosa começou a se potencializar em Alexandria. Em 412 d.C., o bispo Cirilo, um grande combatente de heresias da época, foi nomeado patriarca de Alexandria. 

Como Hipátia tinha amizade com o governante de Alexandria, Orestes, que era um grande rival político do bispo Cirilo, acabou ficando entre a briga desses homens. 

Em uma tarde de março de 415 d.C., quando a disputa se intensificou, seguidores de Cirilo assassinaram a grande cientista. 

O que podemos aprender com ela no dia 8 de março?

Hipátia não só foi uma cientista brilhante, ela também foi uma mulher de muita coragem. 

Em uma data tão importante quanto o dia de hoje, valorizar a mulher na ciência e trazer a reflexão sobre a necessidade de dar espaço para as mulheres no mundo da lógica é mais que importante: é necessário. 

É preciso lutar pela sabedoria como ela fez em sua vida, mas, além da luta intelectual, é preciso lutar por uma maior possibilidade de inserção das mulheres no mundo da ciência. 

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Fontes:

Conheça Hipátia de Alexandria, a primeira mulher matemática da história – Revista Galileu

As várias faces de Hipátia de Alexandria – Questão de ciência

Hipácia de alexandria, a mártir da ciência – Aventuras na história  

Mulheres que fazem Ciência

A inclusão das mulheres na Ciência não foi fácil, exigiu das pioneiras coragem e muita determinação.

No mês do Dia Internacional da Mulher, não podemos deixar de lembrar das mulheres que fizeram — e fazem cada vez mais — história com contribuições sensacionais para a Ciência.

A inclusão das mulheres na Ciência não foi fácil, exigiu das pioneiras coragem e muita determinação. É o caso, por exemplo, de Marie Sklodowska Curie (1867 – 1934), a primeira mulher a receber o Prêmio Nobel nas áreas de Física e Química e primeira cientista a receber a dupla premiação. Marie Curie construiu sua trajetória de maneira admirável. Soube burlar as proibições de estudo superior para as mulheres e se inserir nos grupos científicos que realizavam pesquisas avançadas em Física e Química. O reconhecimento ao seu trabalho científico se deve, principalmente, ao fato de ter desvendado uma nova área de conhecimento, a radioquímica.

O exemplo de Marie Curie e de outras pioneiras abriu caminho para a luta pela igualdade entre homens e mulheres no campo da Ciência. O número de cientistas criativas, talentosas e bem sucedidas foi crescendo ao longo do século XX e construindo uma nova mentalidade para a sociedade, que segue sendo desconstruída. 

Para homenagear essas mulheres, listamos filmes que mostram a história de grandes cientistas e sua importância para a evolução da sociedade:

“Estrelas Além do Tempo” (2016) No auge da corrida espacial travada entre Estados Unidos e Rússia durante a Guerra Fria, uma equipe de cientistas da NASA, formada exclusivamente por mulheres afro-americanas, provou ser o elemento crucial que faltava na equação para a vitória dos Estados Unidos, liderando uma das maiores operações tecnológicas registradas na história americana e se tornando verdadeiras heroínas da nação.

“Nas Montanhas dos Gorilas” (1988) Retrata o célebre trabalho da naturalista Dian Fossey (Sigourney Weaver), que após viajar às montanhas africanas de Ruanda para estudar gorilas passou a militar na causa e defendê-los das garras de caçadores. Trata-se de uma bela história de amor pela ciência e pelo direito dos animais. Com belas atuações e direção, o filme venceu dois Globos de Ouro e foi indicado a cinco estatuetas do Oscar.

 

“Temple Grandin” (2010) Inspirado na biografia de Temple Grandin (Claire Danes), este filme  acompanha a inspiradora jornada de uma mulher autista que se torna uma das principais cientistas da indústria de manejo de animais em fazendas e abatedouros. Ela chega à universidade e usa sua sensibilidade e habilidade com os animais para criar uma técnica que revoluciona a indústria agropecuária dos Estados Unidos. Em 2010 ela foi citada pela revista Time na lista das cem pessoas mais influentes do mundo na categoria “heróis”.

 

“Alexandria” (2009) Acompanha Hipátia, professora de astronomia e filósofa, considerada a primeira matemática. Ela ousou lecionar na Academia Neoplatônica, em uma época que mulheres não podiam ter acesso ao conhecimento. Por ter se recusado a se converter ao cristianismo, foi acusada de bruxaria. 

 

“Marie Curie: The Courage of Knowledge” (2016) O longa mostra a luta da física e química Marie Curie por reconhecimento na comunidade científica francesa no início dos século 20, dominada por homens. Sua maior contribuição foi a descoberta da radioatividade e de novos elementos químicos. Ela também foi a primeira mulher a ser admitida como professora na Universidade de Paris e a primeira a ganhar um Nobel.

Não podemos deixar de lembrar um fato recente: a americana Katherine Bouman, professora assistente de ciência da computação no Instituto de Tecnologia da Califórnia, entrou para história em 2019 ao capturar a primeira imagem real de um buraco negro no espaço. Pela repercussão do feito, a pesquisadora de 29 anos, se credencia a ter sua vida contada no cinema, a exemplo de outras célebres cientistas.

 

As mudanças no campo da Ciência, em qualquer parte do mundo, depende de todos nós, lutando sempre por um mundo mais equilibrado, onde cientistas mulheres e homens sejam protagonistas na geração do conhecimento que desvendam os segredos do universo, e também sejam líderes na luta de construção de um mundo melhor para as futuras gerações.

palestra-gratuita

Mulheres na Ciência

O legado das mulheres para a ciência é inquestionável. Porém, na pesquisa e tomada de decisões da área científica, elas…

O legado das mulheres para a ciência é inquestionável. Porém, na pesquisa e tomada de decisões da área científica, elas ainda são a minoria. Mas isso não quer dizer que não existam mulheres que fazem, fizeram e ainda vão fazer um trabalho incrível na área.

Já falamos aqui no blog sobre as mulheres que fizeram a diferença na história da ciência — clique aqui para ler — e, não somente no mês que é comemorado o Dia Internacional da Mulher, mas em todos os dias do ano, queremos aumentar a conscientização sobre o trabalho dessas cientistas, incentivando e proporcionando oportunidades iguais para sua participação e liderança em todos os campos científicos! =)

Convite para palestra

Falando em Mulheres na Ciência e a importância de empoderá-las, no dia 14 de março vamos receber aqui no Museu a colaboradora da WEG Tintas, Cristiane Medeiros, que fará uma palestra sobre “Tecnologias Emergentes em Polímeros e Tintas”. Nela, serão tratados temas sobre o processo fabricação de tintas, seu mercado e como a indústria trabalha com inovação, sustentabilidade e polímeros.

Sobre a Cristiane:
Cristiane Medeiros é Chefe na Seção de Desenvolvimento de Resinas e Eletroisolantes / Pesquisa e Inovação Tecnológica.

Responsável pelo desenvolvimento de projetos para resinas/polímeros com aplicação em tintas líquidas, tintas em pó e materiais isolantes (resinas impregnação e esmalte para fios). Gestora da seção de Pesquisa e Inovação Tecnológica da empresa WEG Tintas, buscando novas aplicações e Inovações para a empresa em suas linhas de produtos. Possui amplo conhecimento na área de análises e processos de polímeros.

Formada em Bacharel Química pela Universidade Regional de Blumenau FURB, cursando MBA em Gestão empresarial pela Fundação Getúlio Vargas e Mestranda pela PUC em Inovação e Gestão 3.0

Venha prestigiar o trabalho de mais uma Mulher na Ciência!

Palestra: Tecnologias Emergentes em Polímeros e Tintas
Data: 14/03
Horário: 15h30
Local: Museu WEG

As inscrições podem ser feitas neste link: AQUI
Dúvidas e informações (47) 3276 4550 ou museu@weg.net.