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Presença Negra na Ciência: conheça 5 cientistas que marcaram o mundo da ciência

Confira 5 cientistas negros que marcaram o mundo da ciência com suas invenções.

24 de novembro de 2022
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O dia 20 de novembro é uma data cheia de importância e que merece receber o devido respeito. Nesse dia, celebramos o Dia da Consciência Negra no nosso país, uma data de muita reflexão.

Neste conteúdo, vamos falar sobre a importância do Dia da Consciência Negra, e você descobrirá como a presença negra na ciência aumenta a cada dia. Confira cinco cientistas negros que mudaram o mundo da ciência.

O Dia da Consciência Negra

O racismo, infelizmente, continua estruturado em muitos comportamentos da nossa sociedade. Atualmente, quase 61% da população carcerária é negra, e quase 100% dela não possui estudo básico.

Compreender que há uma lacuna entre as oportunidades de negros à educação e ao emprego é o mínimo que pode ser feito. O dia de hoje, 20 de novembro, é uma data com o intuito de gerar reflexão sobre questões como essas e contra a violência gerada pelo racismo.

Mas como ela surgiu?  

Em 1971, um grupo de jovens, conhecido como Grupo Palmares, sugeriu que no dia 20 de novembro, o dia em que Zumbi dos Palmares foi assassinado, fosse marcado como o dia da celebração do povo negro. Data comemorativa que antes era celebrada no dia 13 de maio, dia da aprovação da Lei Áurea. Mesmo assim, a alteração da data só foi aprovada em 2017.

A data escolhida traz a reflexão sobre a violência e o ódio destinados ao povo negro. A troca da data 13 de maio para 20 de novembro reforça que a liberdade negra não foi dada, e sim conquistada.

Presença Negra na Ciência: Os 5 cientistas negros que mudaram o mundo da ciência

Existem inúmeros cientistas e pesquisadores negros que deixaram sua marca no mundo das ciências, e hoje separamos 5 exemplos que fizeram história. Confira!

1 – Arthur Bertram Cuthbert Walker II (1936 – 2001)

Sabe as fotos da coroa solar? São presentes de Walker II. Este físico dedicou sua vida ao estudo sobre o Sol utilizando raios-x e sensores ultravioletas.

Suas ideias continuam sendo muito relevantes para a astrofísica. Seus telescópios, SOHO/EIT e o TRACE por exemplo, ainda são usados nos dias de hoje, assim como sua metodologia é seguida na construção de microchips via fotografia ultravioleta.

2 – Patricia Era Bath (1942-2019)

Antes de tudo, vamos enfatizar que Patricia Era Bath se formou no ensino médio em apenas dois anos e depois já entrou no curso de medicina da Howard University.

Bath, após uma pesquisa bem elaborada, descobriu que os negros tinham oito vezes mais chances de desenvolverem a doença e ficarem cegos.

Após sua pesquisa, Bath desenvolveu um processo que possibilitava o atendimento oftalmológico para quem não tinha condições de pagar pelo tratamento.

Mas essa ainda não foi a maior invenção de Bath, já que ela inventou a sonda a laser que tratava da catarata.

3 – Percy Julian (1899-1975)

Um dos maiores e mais conhecidos químicos da história, Julian possibilitou, por meio de sua pesquisa sobre compostos de soja, que compostos de plantas fossem utilizados como versões sintéticas do hormônio feminino progesterona e da cortisona, possibilitando uma melhora no tratamento de artrite reumatoide.

Mesmo com a carreira de sucesso, como todos os cientistas desta lista, Julian também enfrentou muito preconceito e muitas dificuldades devido ao racismo, sendo neto de escravos.

4 – Marie Maynard Daly (1921-2003)

Daly foi uma grande pesquisadora, tendo sido a primeira mulher negra a obter um doutorado em química.

Uma bioquímica dedicada à pesquisa da área da saúde, Marie auxiliou muito com estudos sobre os efeitos do envelhecimento, do tabagismo, da hipertensão e do colesterol no coração e nas artérias.

Os estudos de Daly foram, predominantemente, dedicados ao processo que o corpo exerce para transformar a energia que precisa para funcionar. 

5 – Viviane dos Santos Barbosa (1975-)

Para finalizar esta lista, vale dar créditos para a cientista brasileira Viviane dos Santos Barbosa, uma engenheira química e bioquímica e mestre em nanotecnologia que desenvolveu catalisadores que possibilitaram uma nova alternativa para a produção de energia e para o combate aos danos ambientais devido ao poder de redução de gases poluentes.

A matéria chegou ao fim, mas a reflexão pelo dia de hoje precisa se manter viva!

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Fontes:

Dia da Consciência Negra, 50 anos: liberdade conquistada, não concedida – Agência Senado

23 cientistas negros que você precisa conhecer – Revista Galileu

Esses cientistas negros deixaram sua marca na história – Canal Tech

Inovações do setor de exploração aeroespacial que você usa no dia a dia

Confira tecnologias criadas para a exploração espacial que foram adaptadas para o nosso dia a dia.

Em 1957, o satélite Sputnik foi enviado à órbita da Terra, desde então, as inovações do setor aeroespacial evoluíram a passos largos e permitiram que a humanidade chegasse a lugares onde jamais imaginaríamos que o homem poderia alcançar. 

A partir disso, chegamos à lua, foi permitido que estações espaciais pudessem ficar em órbita para abrigar os astronautas, além de milhares de estudos sobre a Terra, o sistema solar e o espaço interestelar. 

Para que missões como essas fossem possíveis, durante anos, muitas tecnologias foram desenvolvidas para serem usadas em naves, sondas e pelos astronautas – e diversas delas ganham versões muito úteis no nosso dia a dia. Continue a leitura e saiba mais.

Tecnologias e inovações do setor aeroespacial usadas no dia a dia

Confira agora as tecnologias que foram criadas para a exploração espacial e que acabaram sendo adaptadas para o nosso dia a dia na Terra.

Filtro de água

O filtro de água foi desenvolvido pela NASA na década de 1960. O sistema de filtros usava cartuchos de iodo para limpar as fontes de água das naves. 

A tecnologia provou a sua eficácia em eliminar bactérias e passou a ser aplicada em filtros de água aqui na Terra, inclusive para a limpeza de piscinas.

Um novo tipo de filtro foi criado por estudantes brasileiros em 2019, a invenção foi enviada em um foguete da SpaceX para ser testada pelos astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS).

Comida para bebês

As fórmulas de leite artificial e papinhas para bebês já existiam, mas foram enriquecidas graças aos estudos da NASA que envolviam a alimentação dos astronautas no espaço. 

Nos seus estudos, os pesquisadores descobriram uma fonte natural do ácido graxo ômega-3, existente no leite materno e que possui papel fundamental para o desenvolvimento infantil.

Hoje, a fonte de ômega-3 descoberta pela NASA está presente na maioria das fórmulas infantis em todo o mundo, ajudando no bom desenvolvimento do cérebro, do coração e dos olhos dos bebês.

Câmera de telefones celulares

Ao procurar soluções para instalar câmeras em sondas espaciais, em 1990, a NASA iniciou uma pesquisa para descobrir tecnologias mais compactas e eficientes para aprimorar os sensores das câmeras existentes.

Foi então que o físico e engenheiro Eric Fossum combinou técnicas japonesas com uma nova tecnologia de construção de chips, resultando em um sensor que era extremamente compacto, de baixo consumo e 100 vezes mais rápido que os sensores já utilizados.

A solução foi compartilhada com a indústria – atualmente, um terço de todas as câmeras tem a tecnologia, especialmente as de computadores e celulares. 

Tênis de corrida

Você sabia que o impacto da sua corrida é minimizado graças à borracha utilizada nos capacetes dos astronautas?

É isso mesmo, o material criado pelos engenheiros da NASA para os capacetes dos astronautas possui grande capacidade de absorção de impactos, e hoje a mesma tecnologia é utilizada na fabricação dos tênis de corrida.

Espuma de travesseiro

Já ouviu falar sobre os famosos “travesseiros da NASA”? Eles são muito comuns no nosso dia a dia, e, por mais que pareça, a NASA jamais desenvolveu esse travesseiro para os astronautas.

Mas ela tem parte nisso. O travesseiro de viscoelástico só existe por causa de tecnologias desenvolvidas pela agência espacial. 

O material foi desenvolvido em 1966 com o objetivo de criar assentos que aliviassem os efeitos da gravidade nos corpos dos astronautas. Mas, como todos os corpos são diferentes, não seria nada prático desenvolver novas cadeiras para cada pessoa.

A saída foi desenvolver um material capaz de se moldar ao corpo e que, depois de usado, voltasse à forma original.

Em 1980, a patente entrou em domínio público, como boa parte das tecnologias desenvolvidas pela NASA. Isso deu oportunidade para que muitas empresas passassem a fabricar travesseiros com esse material, os chamados “travesseiros da NASA”.

Pneus mais seguros e duradouros

O programa Viking Lander enviou sondas a Marte nos anos de 1970. Para os pneus das sondas, a Goodyear desenvolveu um material mais forte que o ferro.

Desde então, o material também é utilizado nos seus pneus para carros comerciais na Terra, adicionando milhares de quilômetros de vida útil a eles.

GPS preciso

O GPS é uma invenção do início dos anos 1970 e conta com satélites em órbita que se comunicam com receptores na Terra para mapear todo o planeta e auxiliar nas navegações.

Mesmo assim, ainda existiam muitas incertezas das posições exatas daqueles satélites, o que podia gerar erros nos dados. Logo, em 1990, a NASA criou um software capaz de corrigir os erros da rede global de receptores de GPS. 

A tecnologia foi cada vez mais aprimorada até chegarmos aos GPS que temos hoje, funcionando em qualquer celular, com alta precisão e em tempo real.

O que vimos acima são apenas algumas das tecnologias criadas para a exploração espacial que usamos no dia a dia. Todos os anos, engenheiros e cientistas do mundo todo trabalham em novas invenções para melhorar a experiência espacial e também aqui na Terra.

Conheça também 10 invenções criadas no Brasil.

6 inovações tecnológicas a favor do meio ambiente

Existem milhares de pessoas preocupadas em desenvolver técnicas para ajudar nosso ecossistema.

Estamos longe de alcançar um planeta ecologicamente sustentável e, nesta busca, muito se fala sobre sustentabilidade para construir um mundo melhor para as futuras gerações. A tecnologia tem um papel importantíssimo nisso – e existem milhares de pessoas preocupadas em desenvolver técnicas para ajudar nosso ecossistema, investindo em desenvolvimento sustentável e buscando maneiras de utilizar o meio ambiente sem esgotar seus recursos naturais.

O ser humano é realmente uma criatura inovadora e muitos trabalham buscando soluções para melhorar nosso dia a dia e salvar nosso planeta. Essa inquietude ajuda a solucionar problemas antigos e outros que ainda estão por vir, a tecnologia nem sempre é um aparelho moderno, ela também pode ser uma nova técnica, processo, método ou instrumento que facilite, ou mude algo, no nosso cotidiano. Conheça a seguir 06 inovações tecnológicas a favor do meio ambiente.

1. Flores robóticas impressas em 3D

Talvez você já tenha lido em algum lugar que as abelhas estão desaparecendo a uma velocidade sem precedentes. E isso é verdade. As abelhas estão sofrendo devido a diversas doenças, ácaros ectoparasitas, mudanças climáticas, pesticidas e fragmentação de seus habitats.

O cenário é preocupante porque o declínio desses pequenos insetos voadores afeta diretamente a biodiversidade e a produção global de alimentos. Abelhas são uma parte vital do ecossistema – são elas que mantêm nossas plantas polinizadas.

Preocupado com a situação das abelhas em todo o mundo, o artista Michael Candy desenvolveu o Synthetic Pollenizer, um método inovador de polinização artificial. O sistema usa flores robóticas impressas em 3D para atrair os insetos e também conclui a fecundação das plantas com eficiência e segurança. Sem perceber a diferença para uma flor normal, os insetos bebem o néctar e transportam os grãos de pólen a outras flores, concluindo o processo de fecundação.

O Synthetic Pollenizer é equipado com pólen, néctar, pétalas impressas em 3D e um estame (órgão masculino das plantas que produzem flores) sintético. A estrutura é conectada a uma rede complexa de motores e tubos, que empurram uma solução de néctar artificial até a superfície das flores para, então, convidar as abelhas e iniciar o processo de de polinização.

2. Autodestruição eletrônica

Você já parou para pensar qual é o destino de celulares, tablets, notebooks e demais dispositivos eletrônicos, quando não possuem mais uso? A tecnologia faz com que os aparelhos eletrônicos sejam substituídos por outros mais modernos com muita rapidez. E, geralmente, as pessoas não sabem o que fazer com esses aparelhos ‘antigos’ e fazem o descarte em locais impróprios. Pensando nisso, alunos e professores da Universidade do Iowa, nos Estados Unidos, criaram um mecanismo de autodestruição, que faz com que os aparelhos desapareçam quase instantaneamente – o “botão” de autodestruição pode ser acionado por calor ou por controle remoto.

A equipe já conseguiu criar alguns diodos de emissão de luz que podem ser destruídos automaticamente, mas o que eles querem fazer é mais complexo, como criar um cartão de crédito que é dissolvido em caso de perda – exigindo apenas um sinal remoto, que poderia ser enviado de um smartphone. Apesar de ainda estarmos longe disso, planos mais ambiciosos vão desde os smartphones autodestrutíveis até aplicações militares. 

3. Chaminés não poluentes

Segundo estimativas, a poluição na China é responsável por causar cerca de 350 a 400 mil mortes prematuras todos os anos. Preocupados com a situação, iniciativas vêm surgindo para reduzir esses índices. Um exemplo disso é que o país construiu uma enorme chaminé de 60 metros em Xi’an, uma das cidades mais poluídas.

Apesar de parecer somente uma chaminé tradicional, a estrutura foi projetada para atuar como um sistema de purificação do ar externo, filtrando partículas nocivas e soprando ar limpo no céu. O design aproveita o aquecimento solar para aquecer as partículas poluentes na base da chaminé.

4. Fazendas solares flutuantes

Essa tecnologia desenvolvida por engenheiros norte-americanos pode ser utilizada para evitar a evaporação da água de represas e ainda gerar energia. Um exemplo disso foi que uma empresa japonesa apresentou duas fazendas solares flutuantes, construídas na cidade de Kato, no Japão. A primeira gera 1,7 MWh (megawatts/hora), e a segunda gera 1,2 MWh – o suficiente para abastecer cerca de 1.000 casas. Segundo a empresa, além de evitar a perda de água das lagoas pela evaporação, painéis solares instalados sobre a água produzem mais energia por causa do efeito de resfriamento induzido pela água – já que as células solares operam de forma mais eficiente em temperaturas mais baixas.

5. Brinquedos feitos de materiais biodegradáveis

O plástico usado em brinquedos infantis vem prejudicando muito o meio ambiente. Esse material é capaz de permanecer em aterros sanitários durante séculos ou mesmo sobreviver nos oceanos por milhares anos, prejudicando o ecossistema e fazendo mal os animais marinhos.

Sabendo da contribuição com o problema – e sendo uma das maiores produtoras de blocos de plástico coloridos todos os anos –, a empresa LEGO lançou uma nova linha feita inteiramente de materiais biodegradáveis. Os novos brinquedos são “tecnicamente idênticos” à versão tradicional, possuindo a vantagem de poluir menos o planeta.

Esses brinquedos de materiais biodegradáveis são feitos a partir de um processo que transforma a cana-de-açúcar em plástico vegetal. O composto é macio ao toque e ecologicamente correto, possuindo a mesma qualidade ou aparência dos já conhecidos bloquinhos de montar.

6. Compostagem doméstica

Esta técnica você pode fazer em casa! A compostagem doméstica é um grande exemplo de tecnologia tradicional, e é bem simples de construir: normalmente, são 3 caixas plásticas sobrepostas com uma torneira acoplada, preenchidas com terra e minhocas, e nada além disso. A estrutura serve para reduzir a quantidade de lixo orgânico descartado e reaproveitá-lo, transformando-o em adubo para hortas ou demais cultivos.

Estima-se que, com a compostagem residencial, seja possível reduzir até 70% do lixo orgânico gerado em casa. Cascas de frutas e legumes, talos, folhas de verduras, folhas secas, alimentos cozidos, borra de café, entre outros resíduos, podem ser depositados na composteira e reaproveitados. E já que o assunto é reaproveitar o lixo, você conhece a tecnologia que a WEG desenvolveu para gerar energia a partir de Resíduos Sólidos Urbanos

Viu só? Essas são só algumas das milhares de inovações tecnológicas usadas em favor do meio ambiente. Os avanços obtidos nessa área também ajudam na preservação do planeta e criam novos empregos todos os anos. Ah! Mas uma coisa é certa: de nada adiantam tantas invenções maravilhosas se cada um não fizer sua parte. Dificilmente a tecnologia sozinha irá dar conta de reverter todos os danos ambientais, é nosso dever cuidar do nosso lar e do nosso meio ambiente. Seja consciente!