A história da roda d’água começou na Grécia Antiga, e essa tecnologia acabou se tornando difundida por todo o mundo. A roda d’água é basicamente uma roda de madeira ou metal colocada normalmente na vertical em córregos ou outros corpos de água que aproveita a força da água para gerar energia.
Ela funciona da seguinte forma: pás ou baldes fixados ao redor da roda captam a água. A força da água move as pás ou os baldes resultando em uma rotação transmitida ao maquinário por meio do eixo da roda.
A roda d’água foi, provavelmente, o primeiro método de energia mecânica desenvolvido para substituir o trabalho de humanos e animais.
História da roda d’água
O primeiro registro encontrado sobre a roda d’água foi feito por Vitruvius, um engenheiro que morreu em 14 d.C., e remonta a cerca de 4.000 a.C. como uma criação realizada e utilizada durante a época romana.
Por toda a história da roda d’água, ela foi utilizada como uma alternativa para geração de energia utilizando recursos naturais. Quando surgiu, suas principais finalidades eram a irrigação de lavouras, moagem de grãos e fornecimento de água potável às aldeias.
Foi muito usada para o funcionamento de serrarias, bombas, foles de forja, martelos de inclinação e martelos de viagem. Também foi usada para acionar fábricas têxteis.
Com o crescimento da demanda energética, foi exigida uma evolução para as grandes turbinas hidráulicas. Apesar de não pertencer ao grupo dos equipamentos produtores de energia elétrica em larga escala, a memória desse precursor da geração de energia por meio hídrico e sua importância para nosso desenvolvimento deve ser preservada.
Como funcionavam as primeiras rodas d’água
As primeiras rodas d’água eram montadas em cima de eixos verticais cujas extremidades inferiores mergulhavam em um fluxo de água rápido. Já no primeiro século, a roda d’água horizontal – ineficiente na transferência da potência da corrente para o mecanismo a ser acionado – foi substituída por rodas d’água posicionadas na vertical.
A invenção era usada para alimentar diferentes tipos de moinhos (máquinas que aproveitam a energia do vento ou da água para moer grãos e fazer farinha, para bombear água ou para produzir energia elétrica).
Confira estas curiosidades: a combinação de roda d’água e moinho é chamada de moinho de água. Um antigo moinho de rodas horizontais usado para moer grãos na Grécia era chamado de Moinho Nórdico. Já na Síria, os moinhos de água eram chamados de “norias”.
Tipos de rodas d’água
Podemos encontrar três tipos principais de rodas d’água. Uma é a roda d’água horizontal, na qual a água flui de um aqueduto, e a força da água gira a roda.
Outra é a roda d’água vertical ultrapassada, nela, a água flui de um aqueduto, e a gravidade da água gira a roda.
A terceira é a roda d’água vertical inferior, ela funciona ao ser colocada em um córrego e é girada pelo movimento natural do rio.
A turbina hidráulica
A turbina hidráulica é uma invenção moderna baseada nos mesmos princípios da roda d’água. Consiste em um motor rotativo que usa o fluxo de fluido – gás ou líquido – para girar um eixo que aciona o maquinário.
A água que flui ou cai atinge uma série de lâminas ou baldes presos em torno de um eixo. O eixo então gira, e o movimento aciona o rotor de um gerador elétrico.
Turbinas hidráulicas são usadas em usinas hidrelétricas, desenvolvidas posteriormente. Hoje um terço da energia elétrica do mundo é produzida por meios hidroelétricos.
Conheça a roda d’água do Museu WEG
Você já viu uma roda d’água? Elas são geralmente encontradas no interior das cidades e são preservadas por empresas ou moradores locais.
No Museu WEG, há uma roda d’água que pode ser vista, inclusive, em funcionamento, na qual é possível observar o processo de geração e distribuição de energia em uma usina hidrelétrica rudimentar, igual a tantas que fizeram funcionar fábricas e oficinas ao longo dos anos.
Para conhecer melhor o Museu, você pode fazer um tour virtual clicando aqui.
A roda d’água foi extremamente importante para a história da humanidade, contribuindo para o desenvolvimento das aldeias e dos agricultores que viviam perto de rios ou córregos.
Mas você sabia que existem muitos povos que viviam, e ainda vivem, em áreas isoladas e com dificuldade de acesso à água? Para resolver esse problema, uma das alternativas para esses povos é o bombeamento solar.
Essa técnica permite a extração de água do subsolo por meio da energia solar fotovoltaica, facilitando o acesso à água onde os recursos hídricos não se encontram ou não podem ser acessados com facilidade. Clique aqui e entenda como o bombeamento de água por meio da energia solar funciona como uma solução para lugares remotos.