Stephen Hawking é, sem dúvida, um dos estudiosos mais conhecidos do mundo, e isso não é à toa, já que ele é ninguém menos do que o cientista que provou que a singularidade podia ser formada por buracos negros.
Falando nesses gigantes do espaço, Hawking também entregou estudos sobre o funcionamento dos buracos negros, a radiação emitida por eles e sobre a teoria das flutuações quânticas.
Realmente, o legado desse cientista foi de suma importância para o mundo da física. Para nossa alegria, uma das últimas obras publicadas por Hawking foi um livro conciso onde ele trouxe “Breves respostas para grandes questões”.
Leia também: Radiação Hawking: conheça a teoria da gravitação gerada por um buraco negro

O livro de Stephen Hawking
Se você é um amante da ciência, já coloque na sua lista de livros para ler neste ano a obra “Breve respostas para grandes questões” de Stephen Hawking.
Com linguagem descomplicada e irônica, Hawking faz um grande apanhado de 10 perguntas que são muito questionadas no mundo da ciência.
Espia só o sumário:
Por que formular as grandes questões?
- Deus existe?
- Como tudo começou?
- Existe outra vida inteligente no universo?
- Podemos prever o futuro?
- O que há dentro de um buraco negro?
- A viagem no tempo é possível?
- Sobreviveremos na terra?
- Deveríamos colonizar o espaço?
- A inteligência artificial vai nos superar?
- Como moldaremos o futuro?
Não sei você, mas a gente ficou com curiosidade e vontade de ler todos os capítulos! E, para convencer você também, vamos viajar pelo capítulo “Como tudo começou?”.
Leia também: O que é um buraco negro e por que precisamos estudá-lo?

Como tudo começou segundo Stephen Hawking
Para não ficar muito extenso, vamos dar uma resumida nos pontos mais importantes encontrados no capítulo. Se você tiver interesse em saber mais sobre algum tópico específico, sinta-se convidado a ler este livro por completo.
O universo “nasceu” de onde?
Muito antes de Hawking, filósofos como Aristóteles e Immanuel Kant já haviam debatido sobre a ideia de o universo ser eterno, evitando colocar uma intervenção divina, enquanto a crença em um início apontava para a existência de um criador, como é representada na Bíblia.
Einstein, com sua teoria da relatividade, transformou a compreensão de espaço e tempo, tornando ambos dinâmicos e indefiníveis fora do universo. Ou seja, evidenciando que “fora” ou “antes” do universo não existia a presença nem de tempo, nem de espaço.
Enquanto o universo parece infinito e uniforme, com bilhões e bilhões de galáxias contendo inúmeras estrelas e planetas, sua constância no tempo também é contestada já que o surgimento das estrelas ainda intriga, apontando para um evento inicial há alguns bilhões de anos.
Lembra do telescópio Hubble? Na década de 1990, ele revolucionou a compreensão do cosmos ao descobrir que o universo está em constante expansão.
Já que as galáxias estão se afastando continuamente, indica que elas já estiveram bem mais próximas umas das outras. Voltando a ideia de que “nasceram” em algum momento, o que contraria a ideia inicial do estado estacionário.
Ideias de uma fase prévia de contração também foram propostas, mas questões sobre o primeiro evento permaneceram evasivas para muitos cientistas, destacando a necessidade de uma abordagem científica consistente na compreensão da origem do universo.
Foi então que Penrose e Hawking demonstraram matematicamente que o universo teve um início.
Leia também: 3 descobertas que o telescópio James Webb fez em menos de um ano

A teoria do Big Bang
Penrose e Hawking revolucionaram nosso entendimento ao demonstrarem matematicamente que o universo teve um início, desafiando concepções antigas de um cosmos estático e eterno.
Foi então que veio a teoria do Big Bang, que propõe que esse início ocorreu em uma singularidade, um ponto de densidade infinita. Porém, a relatividade de Einstein não consegue explicar completamente esse evento extremo.
A descoberta da radiação cósmica de fundo, em 1965, forneceu fortes evidências em apoio à teoria do Big Bang, tornando essa teoria como a explicação mais aceita para a origem do universo.
Mas, como nem tudo são rosas, essa teoria confronta-se com o desafio de unificar o princípio da incerteza da mecânica quântica com a relatividade, uma tarefa fundamental para compreender os estágios iniciais do cosmos.
Por isso é preciso uma teoria unificada, como sugerida por Feynman, que incorpore diversas possibilidades para a história do universo.
Leia também: Filmes incríveis sobre a vida de grandes cientistas

O que veio antes do Big Bang?
“Segundo a proposição sem-contorno, perguntar o que veio antes do Big Bang não faz sentido – é como perguntar o que há ao Sul do polo Sul –, pois não existe um conceito de tempo disponível para ser empregado. A ideia de tempo só existe dentro do nosso universo.” – Stephen Hawking.
O Big Bang serve como laboratório para testar teorias, mas questões sobre o fim e a singularidade do universo permanecem, influenciando seu futuro em relação à quantidade de matéria presente.
No futuro distante, a teoria é de que o universo enfrentará duas possibilidades: o Big Crunch, onde tudo colapsa em si mesmo, ou a expansão eterna, resultando no esfriamento e esvaziamento do universo.
Leia também: O que diz a Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein?
Depois de tanto conteúdo sobre o nascimento do universo, que tal conferir outras matérias no blog do Museu WEG? Você também pode nos seguir no Instagram para sempre ser avisado dos novos conteúdos que irão surgir por aqui.
Fontes:
Livro – “Breves Respostas para Grandes Questões”, Stephen Hawking
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/stephen-william-hawking.htm
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