Dezembro de 2022 deu o que falar para os amantes da ciência graças ao lançamento do telescópio James Webb. Em menos de um ano de expedição, esse telescópio já deu o que falar com as suas descobertas.
Por garantir que uma grande tecnologia de captura de imagens chegue ainda mais longe da Terra, as descobertas do James Webb são de suma importância para o mundo da ciência, desafiando tudo o que já sabíamos sobre ele.
Neste conteúdo, você viajará pelas 3 maiores descobertas do telescópio Webb. Continue a leitura!
Conheça as 3 maiores descobertas do telescópio James Webb
Muito além das fotos belíssimas que o James Webb possibilitou para a humanidade, esse telescópio possibilitou que as suas imagens auxiliassem a ciência a solucionar dúvidas que antes eram impossíveis de ser solucionadas.
Para deixar mais fácil de entender, separamos aqui as 3 maiores descobertas feitas até agora.
As primeiras estrelas

No universo, as estrelas são fundamentais para moldar o cosmo e produzir elementos químicos através da fusão nuclear. Cada estrela possui uma quantidade própria de elementos (além de hidrogênio e hélio), o que torna cada uma delas ainda mais especial e única.
Mas como as primeiras estrelas poderiam ter algum elemento a mais se o Universo era composto apenas por hidrogênio e hélio?
Graças às descobertas do telescópio James Webb, um grupo de astrônomos examinou o espectro de uma região próxima à galáxia GN-z11, muito distante e com existência desde antes dos 400 milhões de anos do Universo como um todo.
Os cientistas, então, detectaram indícios de uma das estrelas mais antigas do Universo nessa região.
A Época de Reionização

Como o programa JADES (JWST Advance Deep Extragalactic Survey), destinado à exploração do espaço profundo, foi incorporado ao James Webb, foi possível analisar galáxias muito antigas durante a sua expedição – galáxias tão distantes que estiveram no período conhecido como Época da Reionização. Nesse período, a luz tinha dificuldade em atravessar a névoa de gás, mas, à medida que a reionização ocorria, o universo passou a se tornar cada vez mais transparente.
Ainda não foi descoberto dado algum mais aprofundado sobre isso – se foi causado por buracos negros supermassivos ativos ou por galáxias cheias de estrelas jovens e quentes –, mas já estamos chegando perto.
Além disso, os cientistas puderam encontrar assinaturas intensas de formação estelar e períodos de atividade intercalados com quietude em galáxias muito antigas, o que sugere processos complexos de formação estelar.
Vida em Saturno?

Você não leu errado, o telescópio James Webb detectou uma grande nuvem de vapor d’água se projetando no polo sul da lua de Saturno, a Enceladus.
Enceladus já é conhecida por ter um oceano subterrâneo sob a sua superfície congelada, mas esta é a primeira vez que uma erupção de vapor d’água tão grande foi observada, algo em torno de 300 kg de água por segundo.
Graças às observações recentes do James Webb, futuras missões exploratórias planejam investigar mais a fundo a espessura da crosta de gelo da lua de Saturno, coletando informações sobre a profundidade do seu oceano e sobre a possibilidade de vida na Enceladus.
Informação bônus: James Webb irá ganhar um parceiro

Para auxiliar nas buscas e nas investigações do James Webb, a NASA planeja acrescentar um pequeno satélite à missão MANTIS em 2026.
Com tamanho similar ao de um forno pequeno, o satélite terá a tecnologia necessária para observar o céu em todo o alcance da parte ultravioleta do espectro eletromagnético.
Essa tecnologia inclui também a luz ultravioleta extrema (EUV), uma radiação que não é observada em outras estrelas além do Sol.
Acredita-se que esse telescópio irá coletar dados durante um ano de expedição unindo forças com o James Webb. Enquanto o MANTIS irá observar as estrelas dos sistemas distantes, o Webb estudará os planetas.
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Fontes:
Como achados do James Webb sobre galáxias longínquas desafiam a ciência – Galileu
As primeiras estrelas do universo: mistério da Astronomia pode ter sido resolvido pelo James Webb! – MeteoRed
James Webb vai ganhar um parceiro para observar sistemas estelares distantes – CanalTech
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