O nosso dia a dia está cercado de equipamentos movidos por energia. Do carregador do seu smartphone à máquina de lavar. Mas, antes de chegarem até você, esses inventos sofreram muitas transformações, assim como o motor elétrico, que contaremos hoje.
A evolução
As primeiras máquinas elétricas foram desenvolvidas graças à descoberta dos fenômenos da eletricidade, magnetismo e eletromagnetismo. Três grandes invenções baseadas nestes fenômenos foram cruciais para a continuação das pesquisas na área.
A criação da bateria, em 1800 por Alessandro Volta, a descoberta da geração do campo magnético pela corrente elétrica, feita por Hans Christian Oersted, em 1820 e a invenção do eletroímã, em 1825 por Willian Sturgeon.
Foi a partir delas que o físico e matemático inglês, Peter Barlou, desenvolveu, em 1822 a “roda de Barlow”, o primeiro motor que girava a partir da força magnética e se tornou o percursor da invenção.
Ao longo dos anos, diversos outros cientistas foram aperfeiçoando conceitos e práticas, até entrar em cena o engenheiro industrial alemão, Werner von Siemens.
Ele foi o responsável por elaborar uma máquina elétrica economicamente viável, um gerador de corrente contínua. O sistema de funcionamento permitia que a tensão necessária para o magnetismo poderia ser retirada do próprio enrolamento do rotor. Ou seja, a possibilidade de alimentar os motores elétricos com energia de baixo custo se tornou viável.
Outra vantagem da invenção de Siemens, era a eficiência. Diferente das outras máquinas, movidas a bateria, o modelo alemão possuía reversibilidade, com capacidade de se tornar um motor, desde que aplicada a ele uma corrente elétrica.
Os dínamos foram as primeiras máquinas elétricas eficientes, também conhecidos como geradores de corrente contínua. Anos depois, se transformaram em motores após as invenções de Siemens e do comutador, feita por William Ritchie, em 1832. A partir de então, eles passaram a ser fabricados em escala industrial.
Mas elas ainda precisavam de aperfeiçoamento, porque eram grandes, faziam muito barulho e geravam faíscas.
Motivado a melhorar essa performance, o engenheiro eletricista Michael von Dolivo-Dobrowolsky patenteou um motor de corrente alternada que atendia todas as expectativas, com rendimento de 80% em relação ao consumo de energia, silencioso, seguro e com menos problemas de manutenção. Daí em diante, os motores sofreram muitas mudanças e melhorias, tanto na parte estrutural como nos componentes utilizados.
Transformação
Entre as principais diferenças dos motores antigos e atuais é o uso de materiais isolantes e magnéticos, que permitem a fabricação de motores menores em comparação aos modelos antigos.
Além disso, a invenção de diversos tipos de acionamentos possibilita construir motores mais simples, econômicos e que exigem menos manutenção.
É mais fácil identificar a evolução no desenvolvimento de motores quando comparamos o motor de anéis com chave de partida, na foto acima, aos modelos atuais.
Ao primeiro olhar, a diferença é visível no tamanho, na forma como foi construído e na necessidade de um dispositivo de acionamento.
Mas afinal, o que mudou?
Os fenômenos base de funcionamento ainda são os mesmos. Mas com as necessidades da indústria, de adaptações e versatilidade, os tamanhos foram reduzidos e passaram a ter um melhor desempenho no acionamento de partida e na proteção dos usuários.
Enquanto o “motor de anéis com chave de partida” era fabricado com rotor enrolado e escovas eleváveis, os modelos atuais são desenvolvidos de maneira simplificada, que dispensa o uso de anéis ou coletores, porque são feitos com rotores em alumínio injetado.
Além disso, as formas de partida se transformaram, garantindo opções de acionamento melhores, com maior proteção à máquina elétrica.
Todas essas transformações e evoluções tecnológicas como a mudança de tamanho, redução de peso e uso de novos materiais, como plástico, alumínio e novos isolantes, permitiram mais possibilidades de aplicações na indústria.
Hoje, é possível encontrar motores de alta precisão e eficiente para realização das mais diversas tarefas, principalmente repetitivas ou de elevado grau de dificuldade. Assim como também é possível produzir máquinas elétricas de grande porte para usos especiais em indústrias, usinas e agronegócio.
Quer conferir todas essas mudanças de perto? Visite o nosso museu e descubra um universo de histórias e possibilidades!
Posts Relacionados
09 de julho de 2025
A história por trás dos objetos do Museu WEG
20 de maio de 2025
Conheça três descobertas científicas realizadas em cidades onde há parques fabris da WEG
14 de maio de 2025
A eletricidade do cérebro poderia acender uma lâmpada? Veja o que a ciência diz!
24 de abril de 2025
A evolução dos motores elétricos: do século XIX aos dias de hoje
16 de setembro de 2023
20 anos do Museu WEG: uma história de amor pela ciência
14 de setembro de 2023
Museu WEG recebe exposição itinerante do Museu de Ciência e Tecnologia da PUC do Rio Grande do Sul
27 de julho de 2023
Conheça as Leis de Kirchhoff e aprenda como aplicá-las
07 de fevereiro de 2023
O que é Energia Mecânica e quais são seus principais fundamentos?
26 de janeiro de 2023
O que é eletrostática e quais seus princípios?
13 de setembro de 2022
19° Aniversário do Museu WEG: confira a programação
06 de julho de 2022
8° Programa de Férias no Museu
19 de maio de 2022
Os 10 museus mais visitados do mundo em 2021
16 de maio de 2022
20ª Semana Nacional de Museus: Exposição do Planetário no Museu WEG
26 de abril de 2022
Como surgem as nascentes de água?
20 de abril de 2022
O que fazer com pneus velhos? Confira dicas para descartar ou reutilizar
13 de abril de 2022
Aprender brincando: vantagens de jogos e brincadeiras na aprendizagem infantil
08 de abril de 2022
Casa inteligente: o que é e como funciona?
27 de março de 2022
Preservação da água da chuva: captando essa ideia!
19 de março de 2022
O que é a força motriz?
21 de fevereiro de 2022


