Crianças felizes usando smartphone, simbolizando segurança na internet para crianças - guia prático para pais e educadores.

5 dicas para proteger crianças na internet: guia prático para pais e educadores

Veja 5 dicas para proteger crianças na internet. Entenda os riscos digitais e descubra como garantir mais segurança online sem limitar o aprendizado.

08 de outubro de 2025
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Hoje em dia, não é exagero dizer que as crianças praticamente crescem conectadas. Desde cedo, elas já sabem abrir vídeos no YouTube, jogar on-line e até usar redes sociais. Mas, junto com essa facilidade, vêm os riscos: cyberbullying, conteúdos impróprios e contatos com desconhecidos. Com esses riscos, surge a importância de proteger crianças na internet.

A boa notícia? Proteger as crianças não significa cortar o acesso, mas sim ensinar a usar a tecnologia de forma saudável, segura e consciente.

Neste artigo, vamos compartilhar 5 dicas práticas que qualquer pai, mãe, educador ou responsável pode aplicar no dia a dia para criar um ambiente digital mais seguro para os pequenos.

Leia também: Uso excessivo de telas: impactos na saúde mental e no desenvolvimento dos jovens

Por que é importante proteger crianças na internet?

A internet é uma das maiores aliadas no aprendizado e na diversão das crianças. Com ela, é possível assistir a vídeos educativos, jogar, conversar com amigos e até aprender novas habilidades. Mas, ao mesmo tempo, esse universo digital esconde perigos que muitas vezes passam despercebidos pelos adultos.

Por isso, proteger crianças na internet não é apenas uma escolha, mas uma necessidade. O papel da família e da escola neste momento é o de ensinar a usar a tecnologia de forma consciente, equilibrada e segura. É justamente aqui que entram as dicas práticas que reunimos a seguir.

1. Converse abertamente sobre segurança digital

Família feliz sentado no sofá conversando e sorrindo na sala de estar acolhedora e moderna, promovendo relacionamento familiar saudável.

O primeiro passo é criar um espaço de confiança. Muitas vezes, quando algo ruim acontece on-line, a criança tem medo de contar, receio de ser punida ou até de perder o celular. Para evitar isso, é essencial que ela saiba que pode se abrir com você sem julgamentos.

Explique que a internet é como uma “praça pública”: cheia de coisas legais, mas também de riscos. Mostre com exemplos do dia a dia, como a diferença entre falar com amigos de verdade e falar com alguém que não conhecemos.

Pontos importantes para reforçar na conversa:

  • Nem todas as pessoas on-line são quem dizem ser. Perfis falsos são muito comuns.
  • Nem tudo que está na internet é verdade. Ensine a checar informações.
  • Se algo estranho ou desconfortável acontecer (mensagem estranha, pedido de fotos, ameaças), a criança deve procurar imediatamente um adulto de confiança.

Curiosidade: segundo a SaferNet Brasil, mais de 70% dos jovens afirmam já ter passado por alguma situação negativa on-line, mas menos da metade contou aos pais ou professores. Esse dado reforça como o diálogo aberto é fundamental para prevenir problemas maiores.

2. Use ferramentas de controle parental

Mãe e filho sorrindo enquanto conversam e usam um smartphone em casa, promovendo conexão familiar e tecnologia na rotina diária.

Além da conversa, a tecnologia pode ser sua aliada na hora de proteger os pequenos. Ferramentas de controle parental permitem limitar o que a criança acessa e o tempo que passa on-line, além de enviar relatórios de uso.

Com esses recursos, é possível:

  • Bloquear conteúdos impróprios (violência, pornografia, jogos arriscados).
  • Definir horários de uso (por exemplo, nada de internet depois das 22h).
  • Monitorar buscas e aplicativos mais usados.

Alguns exemplos são o Google Family Link, o Kaspersky Safe Kids e até os controles nativos que já vêm em smartphones e videogames.

Dica prática: instale essas ferramentas junto com a criança, mostrando o que elas fazem. Explique que o objetivo não é vigiar, mas sim proteger. Isso evita que ela sinta que está sendo “vigiada em segredo” e cria mais confiança no processo.

3. Ensine sobre privacidade e redes sociais

Mãe e filha usando celular juntas no sofá, momento de diversão e conexão familiar, ambiente de sala de estar com itens decorativos em segundo plano.

As redes sociais são um universo à parte, cheio de oportunidades, mas também de armadilhas. Crianças e adolescentes adoram compartilhar fotos, vídeos e momentos da rotina, mas é aí que mora o perigo: quanto mais informações elas expõem, mais vulneráveis ficam a golpes, assédio ou até perseguições.

Regras básicas para reforçar:

  • Nunca compartilhar endereço, telefone, escola ou localização em tempo real.
  • Cuidado ao postar fotos com uniformes, placas de rua ou detalhes que mostrem onde moram.
  • Não aceitar convites de estranhos, mesmo que pareçam simpáticos ou tenham fotos de crianças.

Curiosidade: a Cartilha de Segurança para Internet do CERT.br explica que muitos golpes on-line começam justamente a partir de informações pessoais que a própria vítima divulgou sem perceber.

Sugestão extra de leitura: IA na educação: como a inteligência artificial está chegando à escola, esse tema ajuda a entender como a tecnologia pode ser usada para o bem.

4. Estabeleça limites de tempo de tela

Duas pessoas usando um smartphone com um símbolo de relógio digital sobreposto, simulando controle de tempo ou gerenciamento de horário.

Não é só o conteúdo que preocupa: o tempo excessivo nas telas também pode prejudicar a saúde. Crianças que passam muitas horas conectadas podem apresentar dificuldade de concentração, problemas no sono e até queda no desempenho escolar.

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda:

  • Crianças até 2 anos: nada de telas.
  • De 2 a 5 anos: no máximo 1 hora por dia.
  • De 6 a 10 anos: até 2 horas por dia.

Isso não significa cortar a tecnologia, mas usá-la de forma equilibrada. Jogos educativos, filmes em família e pesquisas escolares podem estar dentro desse tempo, desde que haja controle.

Dica extra: crie rituais “off-line” em casa, como refeições sem celular, tardes de leitura ou passeios ao ar livre. Essas pequenas atitudes ensinam que a diversão não precisa estar sempre ligada à tecnologia.

5. Seja exemplo no uso da tecnologia

Família feliz se divertindo em casa, assistindo a conteúdo no computador e smartphone. Momentos de alegria e conexão entre pais e filhos.

As crianças aprendem mais pelo exemplo do que pelas palavras. Se os pais ou professores passam o dia grudados no celular, de nada adianta pedir que elas diminuam o tempo de tela. Atitudes que fazem diferença:

  • Evite mexer no celular durante refeições ou conversas importantes.
  • Mostre interesse pelo que a criança faz on-line, assistindo junto ou perguntando sobre os jogos e vídeos.
  • Sugira atividades digitais em conjunto, como pesquisar curiosidades ou jogar games educativos.

Curiosidade: uma pesquisa da Common Sense Media mostrou que crianças cujos pais usam a internet de forma equilibrada tendem a repetir esse comportamento na adolescência, reduzindo riscos de dependência digital.

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Proteger crianças na internet é um desafio coletivo. Não é só tarefa da família, mas também da escola e de todos que convivem com elas. Quando unimos diálogo, tecnologia e bons exemplos, conseguimos criar um espaço digital mais seguro, acolhedor e cheio de oportunidades.

Lembre-se: proteger crianças na internet é responsabilidade de todos — família, escola e sociedade.

Acompanhe o blog e as redes sociais do Museu para conferir mais conteúdos e orientações práticas sobre segurança digital.

Fontes:
Protegendo os Direitos Humanos na Internet – SaferNet Brasil
Cartilha de Segurança para Internet – CERT.br
Como proteger crianças e adolescentes na Internet – Fundação Abrinq

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