Categoria: Ciência

descubra como tudo começou segundo Stephen Hawking

“Breves respostas para grandes questões”, descubra como tudo começou segundo Stephen Hawking 

Descubra como Stephen Hawking defende em seu livro como tudo começou.

10 de abril de 2024
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Stephen Hawking é, sem dúvida, um dos estudiosos mais conhecidos do mundo, e isso não é à toa, já que ele é ninguém menos do que o cientista que provou que a singularidade podia ser formada por buracos negros.  

Falando nesses gigantes do espaço, Hawking também entregou estudos sobre o funcionamento dos buracos negros, a radiação emitida por eles e sobre a teoria das flutuações quânticas.  

Realmente, o legado desse cientista foi de suma importância para o mundo da física. Para nossa alegria, uma das últimas obras publicadas por Hawking foi um livro conciso onde ele trouxe “Breves respostas para grandes questões”.  

Leia também: Radiação Hawking: conheça a teoria da gravitação gerada por um buraco negro 

O livro de Stephen Hawking

Se você é um amante da ciência, já coloque na sua lista de livros para ler neste ano a obra “Breve respostas para grandes questões” de Stephen Hawking.  

Com linguagem descomplicada e irônica, Hawking faz um grande apanhado de 10 perguntas que são muito questionadas no mundo da ciência.  

Espia só o sumário: 

Por que formular as grandes questões?

  1. Deus existe? 
  1. Como tudo começou? 
  1. Existe outra vida inteligente no universo? 
  1. Podemos prever o futuro? 
  1. O que há dentro de um buraco negro? 
  1. A viagem no tempo é possível? 
  1. Sobreviveremos na terra?  
  1. Deveríamos colonizar o espaço? 
  1. A inteligência artificial vai nos superar? 
  1. Como moldaremos o futuro? 

Não sei você, mas a gente ficou com curiosidade e vontade de ler todos os capítulos! E, para convencer você também, vamos viajar pelo capítulo “Como tudo começou?”.  

Leia também: O que é um buraco negro e por que precisamos estudá-lo? 

Como tudo começou segundo Stephen Hawking

Para não ficar muito extenso, vamos dar uma resumida nos pontos mais importantes encontrados no capítulo. Se você tiver interesse em saber mais sobre algum tópico específico, sinta-se convidado a ler este livro por completo. 

O universo “nasceu” de onde?

Muito antes de Hawking, filósofos como Aristóteles e Immanuel Kant já haviam debatido sobre a ideia de o universo ser eterno, evitando colocar uma intervenção divina, enquanto a crença em um início apontava para a existência de um criador, como é representada na Bíblia.  

Einstein, com sua teoria da relatividade, transformou a compreensão de espaço e tempo, tornando ambos dinâmicos e indefiníveis fora do universo. Ou seja, evidenciando que “fora” ou “antes” do universo não existia a presença nem de tempo, nem de espaço.  

Enquanto o universo parece infinito e uniforme, com bilhões e bilhões de galáxias contendo inúmeras estrelas e planetas, sua constância no tempo também é contestada já que o surgimento das estrelas ainda intriga, apontando para um evento inicial há alguns bilhões de anos.  

Lembra do telescópio Hubble? Na década de 1990, ele revolucionou a compreensão do cosmos ao descobrir que o universo está em constante expansão.  

Já que as galáxias estão se afastando continuamente, indica que elas já estiveram bem mais próximas umas das outras. Voltando a ideia de que “nasceram” em algum momento, o que contraria a ideia inicial do estado estacionário.  

Ideias de uma fase prévia de contração também foram propostas, mas questões sobre o primeiro evento permaneceram evasivas para muitos cientistas, destacando a necessidade de uma abordagem científica consistente na compreensão da origem do universo. 

Foi então que Penrose e Hawking demonstraram matematicamente que o universo teve um início.  

Leia também: 3 descobertas que o telescópio James Webb fez em menos de um ano 

A teoria do Big Bang

Penrose e Hawking revolucionaram nosso entendimento ao demonstrarem matematicamente que o universo teve um início, desafiando concepções antigas de um cosmos estático e eterno.  

Foi então que veio a teoria do Big Bang, que propõe que esse início ocorreu em uma singularidade, um ponto de densidade infinita. Porém, a relatividade de Einstein não consegue explicar completamente esse evento extremo.  

A descoberta da radiação cósmica de fundo, em 1965, forneceu fortes evidências em apoio à teoria do Big Bang, tornando essa teoria como a explicação mais aceita para a origem do universo.  

Mas, como nem tudo são rosas, essa teoria confronta-se com o desafio de unificar o princípio da incerteza da mecânica quântica com a relatividade, uma tarefa fundamental para compreender os estágios iniciais do cosmos.  

Por isso é preciso uma teoria unificada, como sugerida por Feynman, que incorpore diversas possibilidades para a história do universo.  

Leia também: Filmes incríveis sobre a vida de grandes cientistas 

O que veio antes do Big Bang?

“Segundo a proposição sem-contorno, perguntar o que veio antes do Big Bang não faz sentido – é como perguntar o que há ao Sul do polo Sul –, pois não existe um conceito de tempo disponível para ser empregado. A ideia de tempo só existe dentro do nosso universo.” – Stephen Hawking.  

O Big Bang serve como laboratório para testar teorias, mas questões sobre o fim e a singularidade do universo permanecem, influenciando seu futuro em relação à quantidade de matéria presente. 

No futuro distante, a teoria é de que o universo enfrentará duas possibilidades: o Big Crunch, onde tudo colapsa em si mesmo, ou a expansão eterna, resultando no esfriamento e esvaziamento do universo. 

Leia também: O que diz a Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein? 

Depois de tanto conteúdo sobre o nascimento do universo, que tal conferir outras matérias no blog do Museu WEG? Você também pode nos seguir no Instagram para sempre ser avisado dos novos conteúdos que irão surgir por aqui. 

Fontes: 

Livro – “Breves Respostas para Grandes Questões”, Stephen Hawking 

https://brasilescola.uol.com.br/biografia/stephen-william-hawking.htm

pesquisas científicas sobre os mistérios das Pirâmides do Egito

Descubra o que as pesquisas científicas dizem sobre os mistérios das Pirâmides do Egito 

Aventure-se pelos mistérios e descobertas que envolvem o segredo das Pirâmides do Egito.

Com tantas histórias mostrando pessoas se aventurando nas Pirâmides do Egito, fica difícil não sonhar acordado com tudo que pode estar escondido nelas, ainda mais porque tudo que sabemos não é nem sequer a metade do que possivelmente contém lá dentro.  

Saiba mais sobre a técnica de construção das pirâmides, as antigas condições ambientais do Egito e o misterioso túnel que foi recentemente encontrado por lá.  

A técnica de construção das Pirâmides do Egito 

A técnica de construção das Pirâmides do Egito

Falar sobre as Pirâmides do Egito instiga a curiosidade de muitas pessoas já que, quando foram construídas, há milhares de anos, ainda não existiam escavadeiras e gruas. 

A engenharia por trás dessas gigantes impressiona já que cada um de seus blocos pesa toneladas. Na construção das pirâmides, a teoria mais aceita é de que foi preciso contar com trenós de madeira que possibilitavam levar pedras e estátuas pelo deserto, demonstrando grande compreensão dos princípios de física e engenharia dos construtores egípcios da época. 

Especialistas em Física da Fundação para a Investigação Fundamental sobre a Matéria e da Universidade de Amsterdã chegaram à conclusão de que, para facilitar o transporte, provavelmente foi usado o método de molhar a areia.  

Isso acontece porque, quando a água é colocada na areia, surge as chamadas pontes capilares, ou seja, pequenas gotas de água que unem os grãos de areia em si. 

Leia também: Calendário Lunar: por que algumas culturas comemoram o Ano-Novo só em janeiro?  

Mas e como cada bloco foi empilhado tão perfeitamente?

Glen Dash, um grande arqueólogo britânico, afirma em sua pesquisa publicada no periódico The Journal of Ancient Egyptian Architecture que os egípcios teriam usado as sombras projetadas pelo equinócio de outono para traçar suas curvas exatas até chegar em uma linha perfeita de leste a oeste.  

Leia também: Dinossauros do Brasil 

Teoria das condições ambientais favoráveis 

Teoria das condições ambientais favoráveis

Existe uma teoria sugerindo que as condições ambientais foram propícias para a construção das Pirâmides do Egito. 

Essa abordagem indica que os egípcios aproveitavam o Nilo e as suas inundações anuais para transportar as pedras da construção, criando um engenhoso sistema de canais que formavam um complexo porto no pé do planalto de Gizé.  

Durante os trabalhos de construção urbana próximos da cidade atual de Gizé, foram encontrados indícios nas perfurações do solo, indicando camadas rochosas que se alinham com um antigo afluente do Nilo indo em direção às bases das pirâmides de Khufu, Khafre e Menkaure. 

Ao extrair grãos de pólen de cinco desses núcleos perfurados na planície de Gizé, descobriu-se plantas semelhantes à grama ao longo do Nilo e a plantas pantanosas. Em resumo: foi descoberto que, há milhares de anos, existia um córrego passando por lá.   

Essa descoberta sugere que abordagens semelhantes poderiam ser aplicadas a outros complexos de pirâmides no Egito. 

O túnel encontrado 

O túnel encontrado

Entre 2016 e 2017, um grupo de pesquisadores do projeto ScanPyramids identificou diversas cavernas nas pirâmides. Em março de 2023, as autoridades egípcias anunciaram novos detalhes sobre uma dessas cavernas: o Corredor da Face Norte, localizado na Pirâmide de Khufu, conhecida como a Grande Pirâmide.  

Com o uso de equipamentos de ponta, os cientistas confirmaram que o Corredor da Face Norte tem cerca de 9 metros de comprimento, aproximadamente 2 metros de altura e mais de 1,80 metros de largura.  

Apesar dos rumores, os arqueólogos responsáveis não acreditam que esses túneis fossem usados em rituais, e sim que provavelmente foram construídos para aliviar a pressão das pirâmides.  

Mesmo assim, embora o túnel tenha sido descoberto, o seu propósito ainda não foi confirmado.  

Ainda falta muito para descobrirmos todos os segredos e mistérios das Pirâmides do Egito, mas, enquanto isso, continue acompanhando os conteúdos do blog do Museu WEG para ficar por dentro de todas as descobertas.  

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Fontes:  

https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/05/140502_piramides_areia_lk

https://olhardigital.com.br/2022/08/30/ciencia-e-espaco/condicoes-ambientais-que-nao-existem-mais-podem-explicar-misterio-das-piramides-do-egito/

https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2023/03/como-os-raios-cosmicos-ajudaram-a-encontrar-um-tunel-na-grande-piramide-do-egito 
 
https://super.abril.com.br/ciencia/arqueologo-pode-ter-descoberto-o-segredo-da-forma-das-piramides 

Crátons

Crátons: a biblioteca fóssil da Terra 

Descubra os segredos dos crátons, a sua formação, os tipos de rochas e a importância dessas bibliotecas fósseis para a geologia.

08 de fevereiro de 2024
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Descubra o fascinante mundo dos crátons, verdadeiras bibliotecas fósseis que guardam os segredos da história da Terra ao longo de centenas de milhares de anos.  

Essas estruturas geológicas antigas, formadas nos períodos Pré-Cambriano, Proterozoico e Arqueozoico, revelam um panorama único da evolução do nosso planeta. 

A seguir, vamos explorar não apenas o que são os crátons, mas também como se formam e o que essas estruturas terrestres estáveis são capazes de revelar sobre o passado e o presente. 

O que são os crátons?

O que são os crátons

Os crátons são formados por duas estruturas geológicas distintas: os escudos cristalinos, também conhecidos como maciços antigos, e as bacias sedimentares, conhecidas também como plataformas continentais. 

Essas áreas apresentam uma riqueza geológica notável, abrigando materiais metálicos como ferro, cobre, estanho, prata, alumínio, entre outros. 

Os escudos cristalinos que compõem uma parte dos crátons se formam, predominantemente, pela erosão de rochas ígneas ou magmáticas. Originam-se, em grande parte, da solidificação do magma terrestre resultante das atividades vulcânicas. 

Por outro lado, as bacias sedimentares são estruturas que se configuram pelo acúmulo e pela deposição de sedimentos, que têm como origem áreas montanhosas antigas que foram erodidas, desgastadas pelo tempo e depositadas nas regiões dos crátons. 

O que podemos encontrar dentro dos crátons?

No interior dos crátons, encontramos uma diversidade de rochas, destacando-se as ígneas, as sedimentares, as metamórficas e, por vezes, verdadeiros tesouros fósseis. 

Essa variabilidade proporciona uma leitura detalhada dos eventos que moldaram a Terra ao longo da sua história. Descubra a seguir, as diferenças entre os tipos de rocha. 

Rochas ígneas

Rochas ígneas

São formadas principalmente pela solidificação do magma terrestre, exemplificadas por rochas como granito, que desempenham papel crucial na estruturação dos crátons. 

Rochas sedimentares 

Rochas sedimentares

São resultantes da deposição de sedimentos, como o arenito, e essenciais para entendermos a dinâmica das antigas bacias sedimentares associadas aos crátons.

Rochas metamórficas

Rochas metamórficas

Essas rochas surgem da transformação de outras rochas sob pressão e temperatura intensas, sendo o mármore um exemplo notável dentro da rica geologia dos crátons. 

Rochas fósseis

Rochas fósseis

Por sua vez, as rochas fósseis são como cápsulas do tempo, pois preservam vestígios de formatos de vida antigas e adicionam uma dimensão biológica às narrativas geológicas dos crátons. 

Qual é a relevância do estudo dos crátons para a geologia?

Qual a relevância do estudo dos crátons para a geologia

A geologia é a ciência que investiga a composição, a estrutura, os processos e a história da Terra. Para essa ciência, os crátons desempenham um papel fundamental porque servem não apenas como registros geológicos – são autênticos documentos que proporcionam uma visão sobre a evolução do planeta. 

O estudo dos crátons é essencial para a geologia, pois permite a determinação da idade do planeta, a reconstrução da história dos continentes, a análise das mudanças climáticas ao longo do tempo e a investigação das origens da vida na Terra. 

Assim, além de contarem a história da Terra, oferecem perspectivas valiosas para que possamos compreender o presente e antecipar o nosso futuro geológico. 
 

Acompanhe o Museu WEG e fique atualizado!

Ao desbravarmos os crátons, mergulhamos em uma narrativa geológica que transcende o tempo. O O seu estudo revela mais do que os segredos da Terra – abre portas para inúmeras descobertas. 

Perspectivas futuras prometem desvendar ainda mais mistérios, e convidamos você a seguir o Instagram do Museu WEG para se manter atualizado sobre assuntos relevantes nas áreas da ciência e da tecnologia, além de outras fascinantes histórias sobre o universo.  

Fontes: 

Crátons: a caixa-preta da nave Terra – Superinteressante 

Crátons: o que são, formação e classificação – Brasil Escola 

Dinâmica de cratons em um manto em evolução – Research Gate 

3 descobertas que o telescópio James Webb fez em menos de um ano

Descubra as maiores descobertas do telescópio James Webb em quase um ano de expedição.

19 de dezembro de 2023
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Dezembro de 2022 deu o que falar para os amantes da ciência graças ao lançamento do telescópio James Webb. Em menos de um ano de expedição, esse telescópio já deu o que falar com as suas descobertas.  

Por garantir que uma grande tecnologia de captura de imagens chegue ainda mais longe da Terra, as descobertas do James Webb são de suma importância para o mundo da ciência, desafiando tudo o que já sabíamos sobre ele.  

Neste conteúdo, você viajará pelas 3 maiores descobertas do telescópio Webb. Continue a leitura! 

Conheça as 3 maiores descobertas do telescópio James Webb

 

Muito além das fotos belíssimas que o James Webb possibilitou para a humanidade, esse telescópio possibilitou que as suas imagens auxiliassem a ciência a solucionar dúvidas que antes eram impossíveis de ser solucionadas.  

Para deixar mais fácil de entender, separamos aqui as 3 maiores descobertas feitas até agora. 

As primeiras estrelas

As primeiras estrelas

No universo, as estrelas são fundamentais para moldar o cosmo e produzir elementos químicos através da fusão nuclear. Cada estrela possui uma quantidade própria de elementos (além de hidrogênio e hélio), o que torna cada uma delas ainda mais especial e única.  

Mas como as primeiras estrelas poderiam ter algum elemento a mais se o Universo era composto apenas por hidrogênio e hélio?  

Graças às descobertas do telescópio James Webb, um grupo de astrônomos examinou o espectro de uma região próxima à galáxia GN-z11, muito distante e com existência desde antes dos 400 milhões de anos do Universo como um todo.  

Os cientistas, então, detectaram indícios de uma das estrelas mais antigas do Universo nessa região. 

A Época de Reionização 

A Época de Reionização

Como o programa JADES (JWST Advance Deep Extragalactic Survey), destinado à exploração do espaço profundo, foi incorporado ao James Webb, foi possível analisar galáxias muito antigas durante a sua expedição – galáxias tão distantes que estiveram no período conhecido como Época da Reionização. Nesse período, a luz tinha dificuldade em atravessar a névoa de gás, mas, à medida que a reionização ocorria, o universo passou a se tornar cada vez mais transparente.  

Ainda não foi descoberto dado algum mais aprofundado sobre isso – se foi causado por buracos negros supermassivos ativos ou por galáxias cheias de estrelas jovens e quentes –, mas já estamos chegando perto. 

Além disso, os cientistas puderam encontrar assinaturas intensas de formação estelar e períodos de atividade intercalados com quietude em galáxias muito antigas, o que sugere processos complexos de formação estelar.  

Vida em Saturno?

Vida em Saturno

Você não leu errado, o telescópio James Webb detectou uma grande nuvem de vapor d’água se projetando no polo sul da lua de Saturno, a Enceladus.  

Enceladus já é conhecida por ter um oceano subterrâneo sob a sua superfície congelada, mas esta é a primeira vez que uma erupção de vapor d’água tão grande foi observada, algo em torno de 300 kg de água por segundo.  

Graças às observações recentes do James Webb, futuras missões exploratórias planejam investigar mais a fundo a espessura da crosta de gelo da lua de Saturno, coletando informações sobre a profundidade do seu oceano e sobre a possibilidade de vida na Enceladus. 

Informação bônus: James Webb irá ganhar um parceiro 

James Webb irá ganhar um parceiro

Para auxiliar nas buscas e nas investigações do James Webb, a NASA planeja acrescentar um pequeno satélite à missão MANTIS em 2026.  

Com tamanho similar ao de um forno pequeno, o satélite terá a tecnologia necessária para observar o céu em todo o alcance da parte ultravioleta do espectro eletromagnético.  

Essa tecnologia inclui também a luz ultravioleta extrema (EUV), uma radiação que não é observada em outras estrelas além do Sol.  

Acredita-se que esse telescópio irá coletar dados durante um ano de expedição unindo forças com o James Webb. Enquanto o MANTIS irá observar as estrelas dos sistemas distantes, o Webb estudará os planetas. 

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Fontes: 

Como achados do James Webb sobre galáxias longínquas desafiam a ciência – Galileu 
As primeiras estrelas do universo: mistério da Astronomia pode ter sido resolvido pelo James Webb! – MeteoRed 
James Webb vai ganhar um parceiro para observar sistemas estelares distantes – CanalTech 

Radiação Hawking: conheça a teoria da gravitação gerada por um buraco negro

Entenda o que é a Radiação Hawking e conheça a teoria da gravitação gerada por buraco negro proposta por Steven Hawking.

22 de novembro de 2023
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A teoria da Radiação Hawking foi proposta por um dos maiores físicos da história, Stephen Hawking, essa teoria compreende o funcionamento dos buracos negros e desafia as concepções propostas por outros estudiosos.  

Neste conteúdo, vamos viajar para o intrigante mundo dos buracos negros, adentrando nessa teoria de cabeça. Continue a leitura! 

O que são buracos negros?

Buracos negros são uma região do espaço-tempo supermassiva, o que significa que eles possuem uma densidade tão alta que acaba distorcendo o espaço-tempo como um todo.  

De modo geral, isso significa que tudo que alcança o seu horizonte de eventos (a sua borda, por assim dizer) acaba sendo puxado para o seu interior sem que seja possível fugir.  

A densidade de um buraco negro é tão alta que nem mesmo a luz é capaz de fugir do seu interior. Aproveite e saiba mais acessando este conteúdo sobre buracos negros. 

O que é a Radiação Hawking?

O que é a Radiação Hawking

Proposta em 1974 por Stephen Hawking, a teoria da Radiação Hawking possibilitou que os cientistas conseguissem explorar mais sobre os buracos negros.  

Já que ela revolucionou a forma como estudamos os buracos negros, vamos recapitular alguns pontos importantes. 

O vácuo quântico 

No espaço, as partículas virtuais estão em agitação constante, ou seja, estão sempre sambando para lá e para cá no cosmo.  

De tempos em tempos, algumas dessas partículas encontram os seus pares (partícula + antipartícula) e somem dos seus lugares devido à regra da física chamada de Princípio da Incerteza de Heisenberg. 

O horizonte de eventos

Como já falamos por aqui, o horizonte de eventos é a “borda” de um buraco negro, onde tudo que cruza essa fronteira é sugado para o seu interior – o tal do “caminho sem volta”. 

Separação de pares de partículas virtuais 

Lembra-se de que as partículas achavam os seus pares e sumiam? É aqui que a Radiação Hawking entra!  
 
Segundo a teoria, nesta etapa, os pares de partículas virtuais podem ser separados, onde um dos gêmeos é puxado para dentro do buraco negro e o outro consegue escapar para o espaço (a tal da Radiação Hawking).  

Emissão de Radiação Hawking

Quando essa partícula escapa para o espaço, conhecida como Radiação Hawking, ela passa a ser uma radiação real e não virtual, sendo liberada pelo buraco negro para o espaço.  

É como se o próprio buraco negro escolhesse uma partícula virtual e mandasse a outra de volta para o Universo. Agora que você entendeu a teoria, vamos deixá-la ainda mais simples. 

Mesmo que nada possa fugir de um buraco negro, ele mesmo acaba expelindo uma radiação, o que implica que eles acabam perdendo energia ao longo do tempo, o que é algo surpreendente e desafia o que pensávamos sobre eles: que nada podia sair deles. 

O que a Radiação Hawking implica para o mundo da física?

O que a Radiação Hawking implica para o mundo da física

Devido à Radiação Hawking, foi possível concluir informações bem importantes sobre os buracos negros, como, por exemplo, a ideia de que eles vão envelhecendo e perdendo a sua densidade e a sua capacidade de absorção e acabam encolhendo.  

Essa informação desafiou a crença inicial de que buracos negros eram objetos puramente “devoradores” que acumulavam partículas no seu campo gravitacional.  

Essa perda gradual de energia leva ao processo de evaporação de um buraco negro devido à Radiação Hawking.  

Em teoria, um buraco negro pode, eventualmente, evaporar por completo, deixando para trás apenas a radiação resultante dessa ação de “sumiço”.  

Essa descoberta redefine a nossa compreensão inicial dos buracos negros como estruturas que não são eternas, mas que podem desaparecer com o passar do tempo.  

Beleza, até agora falamos de teorias, mas, como a Radiação Hawking tem quase 50 anos, o que já foi comprovado pela ciência? 

Evidências da Radiação Hawking

Evidências da Radiação Hawking

Stephen Hawking pensou BEM fora da caixa (ou devíamos dizer “fora do horizonte de eventos”?), mas o que o mundo da ciência tem a dizer sobre essa tal de Radiação Hawking?  

As evidências que sustentam essa teoria têm se acumulado ao longo desses 49 anos, e recentemente cientistas conseguiram criar um análogo de buraco negro em laboratório para testar a validade dessa teoria – lembrando de que esse processo foi bem difícil e foi necessário realizar 97 mil repetições em mais de 124 dias de experimento.  

Esses experimentos ofereceram suporte convincente à ideia de que a Radiação Hawking é uma realidade.  

Em outras palavras, Hawking estava certo!  

A radiação Hawking é uma teoria muito fascinante que nos permite explorar os buracos negros de uma forma completamente nova, desafiando as previsões propostas anteriormente e lembrando a todos de que o universo é cheio de surpresas.  

À medida que continuamos investigando os mistérios do cosmo, novas descobertas emocionantes podem estar à nossa espera.  

Gostou deste conteúdo? Então, aproveite e confira outros conteúdos do Blog do Museu! Aqui você encontra várias curiosidades sobre o mundo da ciência e da tecnologia.  

Fontes: 

Gaia Ciência – O que é radiação Hawking? 

SoCientifica: O que é a radiação Hawking? 

CanalTech – Buraco negro criado em laboratório fortalece teoria da Radiação Hawking 

Como surgiu a água e qual é a sua relação com o sistema solar

Como surgiu a água e qual a sua relação com o sistema solar? 

Neste conteúdo, você irá encontrar as teorias mais aceitas pela ciência sobre como surgiu a água e entender a sua relação com o sistema solar.

08 de novembro de 2023
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Entramos em contato com a água durante o nosso dia a dia, mas quase nunca nos perguntamos como surgiu a água ou como ela veio parar aqui. 

Se você também tem curiosidade de saber de onde veio a água, então este conteúdo é para você. 

Chega a ser difícil de imaginar que o planeta Terra, que possui 70% de seu espaço composto por água, recebeu a água e não a criou.  

Segundo a Nasa, a história da água envolve o planeta em um contexto muito maior, estendendo-se ao Universo, já que nós não somos o único planeta oceânico do Sistema Solar.  

Neste conteúdo, você irá encontrar as teorias mais aceitas pela ciência sobre o surgimento da água entender a sua relação com o sistema solar.  

Se a água não surgiu aqui, de onde ela veio?  

Se a água não surgiu daqui, de onde ela veio

Definitivamente, a origem da água está na química que aprendemos na escola, em que uma molécula de água corresponde à junção de um átomo de oxigênio e dois átomos de hidrogênio (H²O).  

O planeta Terra, na sua juventude, era muito quente, tão quente que se tornava impossível conter água sólida ou líquida na sua superfície – diferente de Marte, onde continha muita água líquida na sua superfície.  

Segundo uma matéria da National Grographics Brasil, “o hidrogênio nasceu no Big Bang, enquanto o oxigênio é abundante nos núcleos de estrelas mais massivas do que o Sol”. 

Mesmo assim, os marcadores químicos da água dos oceanos sugerem que grande parte da água do nosso planeta tenha vindo de asteroides e cometas que colidiram com a Terra no passado.  

Essa teoria vem da colisão de uma rocha espacial com a cidade de Winchcombe na Inglaterra. Essa rocha gerou mais de meio quilo de detritos escuros em jardins, calçadas e campos.  

Depois de analisar esses detritos, descobriu-se que a rocha continha um tipo de líquido similar na sua composição à água encontrada nos nossos oceanos. 

Mas, se a água veio de colisões e foi passando por todo canto até chegar aqui, onde mais é possível encontrar água no Sistema Solar?  

Água no Sistema Solar 

Água no Sistema Solar

Segundo a Nasa, acredita-se que o primeiro planeta a ser um mundo oceânico no Sistema Solar pode ter sido Vênus que, como não possui um campo magnético, acaba tendo uma atmosfera muito fraca. 

Devido a isso, acredita-se que o planeta tenha sofrido um forte efeito estufa, o que ferveu toda a sua água e a espalhou pelo espaço.  

Em Marte, é possível encontrar água congelada e, em estações mais quentes do planeta, é visto córregos de águas lamacentas descendo algumas encostas marcianas – evidenciando que tem água em Marte também.  

Mas e as famosas luas de Júpiter que deram o que falar no mundo da ciência nos últimos tempos? Nomeadas Europa e Ginimedes, têm recebido grande atenção por possuírem possíveis oceanos de água salgada por baixo das suas crostas frias.  

Também já foram encontrados indícios de que os oceanos subterrâneos nas luas de Saturno, Encélado e Titã, que potencialmente abrigam organismos vivos – o que sugere a possibilidade de vida além do planeta Terra. 

A relação entre a água e o Sistema Solar

A relação entre água e o Sistema Solar

Como a gente já falou por aqui, a água veio de fora do planeta Terra e, devido a essa teoria, a água terrestre também deu palco para que a sua história se entrelaçasse com a do Sistema Solar.  

Todas as águas encontradas no nosso sistema proveem de uma fonte compartilhada – a que ela veio para cá, provavelmente, de cometas, luas distantes ou mares marcianos antigos.  

Segundo um estudo astronômico publicado recentemente na revista Nature, é possível que a água no Sistema Solar possa ser mais antiga inclusive que o nosso próprio Sol, tendo sido originada no espaço interestelar.  

A pesquisa teve como objetivo analisar a composição da água em torno de uma protoestrela localizada a cerca de 1.300 anos-luz da Terra (a V883 Orions). 

Essa protoestrela está envolva em um disco formado por poeira e gás que, durante os milhões de anos de história, vem formando cometas, asteroides e planetas. Mas o mais fascinante é que nesse disco também foi encontrada água gasosa.  

Essa pesquisa possibilitou a confirmação de que a água dos sistemas planetários se originou bilhões de anos antes do nosso Sol nascer e foi herdada por cometas.  

Gostou deste conteúdo? Aproveite para conferir o Blog do Museu WEG e encontrar mais assuntos focados na ciência dos planetas e do espaço.  

Não se esqueça de seguir o Museu WEG no Instagram, assim você sempre será avisado quando novas matérias forem publicadas por aqui!  

Fontes: 

A fascinante história da água no Sistema Solar e no Universo – Galileu 
Descubra qual é a origem da água – eCycle 
Água da Terra pode ser mais antiga que o Sol, diz novo estudo astronômico – National Geographic 

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2023

SNCT 2023: saiba mais sobre a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia deste ano

Conheça a história da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e confira qual é a temática para o ano de 2023.

18 de outubro de 2023
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Você já ouviu falar da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia? A SNCT é um evento de grande relevância no calendário brasileiro, já que promove a disseminação do conhecimento científico e tecnológico para a sociedade.

Por que a SNCT é tão importante? Porque é justamente durante este evento que o Brasil abre as portas dos laboratórios, das universidades e dos centros de pesquisa do país para que o público em geral possa conhecer de perto o fascinante mundo da ciência.

Mas, antes de falar sobre a temática abordada no evento deste ano, que tal conhecer um pouco mais sobre a história da SNCT?

Como surgiu a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT)?

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2023

Em 2004, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações do Brasil teve a iniciativa de desenvolver um evento que, com uma semana de duração, focasse em aproximar a ciência e a tecnologia da sociedade brasileira – independentemente da idade e da formação.

Graças ao decreto presidencial de 9 de junho de 2004, todos os anos, é realizada a SNCT no mês de outubro.

Desde o início da SNCT, o objetivo principal sempre foi possibilitar o acesso à informação e às novidades do meio para os brasileiros, tanto que, no decorrer de suas edições, o evento começou a abordar uma série de temas relevantes para a sociedade.

Os temas sempre abordam questões como sustentabilidade, saúde, inovação e educação.

O grande foco da SNCT é despertar o interesse e a curiosidade das pessoas no mundo da ciência e da tecnologia; por isso, cada temática apresentada no decorrer dos anos sempre foi cuidadosamente escolhida para refletir os desafios e as oportunidades pelo Brasil e pelo mundo.

Qual será o tema da SNCT de 2023?

Qual será o tema da SNCT de 2023

Durante a sua 20ª edição, a temática abordada será “Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável” – fazendo alusão ao Ano Internacional das Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável, reconhecendo a importância do uso das ciências básicas para atingir pelo menos 7 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

Segundo o secretário Inácio Arruda, em uma matéria apresentada no site GOV.BR, é muito importante a escolha desse tema já que essa temática é voltada ao desenvolvimento forte da inclusão social. 

Pode se preparar: durante o evento, já é esperado que aconteça uma série de atividades diversificadas, como exposições interativas, palestras com especialistas e, no caso do Museu WEG, a realização de um curso de robótica gratuito.

A importância da robótica

Estudantes na robótica e sua importância

Neste ano, o Museu WEG, em parceria com o SESI/SENAI, participará da SNCT oferecendo um curso de robótica de 40 horas totalmente gratuito para estudantes de escolas públicas da região.

Durante o curso, os alunos participantes estarão desenvolvendo uma torre eólica que, através da programação aplicada, simulará a geração de energia para as residências.

E as possibilidades do uso da robótica vão muito além do experimento aplicado no curso. A robótica é uma parte da ciência que se responsabiliza pela tecnologia das máquinas, dos computadores, dos softwares e dos sistemas mecânicos e automáticos.

Além disso, a robótica desempenha um papel muito importante em situações críticas na sociedade, ajudando na medicina e, até mesmo, nas tarefas do dia a dia.

Mesmo que os robôs estejam presentes no dia a dia de muitas pessoas, é muito improvável que eles possam substituir de vez o serviço humano, então pode ficar tranquilo.

Na realidade, os robôs estão aqui para melhorar a nossa qualidade de vida, não para se tornarem uma ameaça.

Conforme a população for envelhecendo, mais comum será contar com a presença da robótica no dia a dia.

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Museu WEG recebe exposição itinerante do Museu de Ciência e Tecnologia da PUC do Rio Grande do Sul

Evento faz parte das comemorações de 20 anos do Museu WEG e o aniversário de 62 anos da Companhia O…

Evento faz parte das comemorações de 20 anos do Museu WEG e o aniversário de 62 anos da Companhia

O Museu de Ciência e Tecnologia da WEG, localizado em Jaraguá do Sul/SC receberá a exposição itinerante “Explorando as Mudanças Climáticas”, elaborada pelo Museu de Ciência e Tecnologia da PUCRS. O evento, viabilizado pelo Ministério da Cultura, acontecerá nos dias 16 e 17 de setembro (sábado e domingo), com um total de 10 sessões diárias, cada uma com duração de 45 minutos, com início às 9h.

Esta iniciativa é parte integrante das celebrações do 20º aniversário do Museu WEG, que ocorre no dia 16 de setembro, na mesma data em que a Companhia WEG comemora seus 62 anos de existência.

O tema central desta exposição, “Mudanças Climáticas”, é de extrema relevância nos dias de hoje, proporcionando aos visitantes uma oportunidade única de refletir sobre questões críticas. Durante a exposição, os visitantes terão a chance de adquirir conhecimentos valiosos sobre uma variedade de tópicos relacionados às mudanças climáticas, com vários equipamentos interativos onde o visitante poderá duelar (jogar) entre as fontes de energia renováveis e tradicionais, entender de forma divertida como acontece a Emissão de Carbono, Variação da Temperatura da Terra e muito mais, tornando o aprendizado envolvente e estimulante.

A exposição é acessível a todas as idades, com uma classificação indicativa que permite a participação de crianças a partir de três anos de idade. Portanto, é uma excelente oportunidade para toda a família se envolver nesse importante diálogo que impacta o nosso mundo.

Para participar, basta se inscrever através do link: https://forms.gle/s3pLXJ6AHZZSDHHu9. As vagas são limitadas.

Revolução Científica do século XVII: explorando as transformações de Galileu

Entenda o que foi a Revolução Científica do século XVII, conhecendo Galileu Galilei e suas principais contribuições para a ciência.

O século XVII foi um período de avanços e questionamentos, em que a visão de mundo vigente foi desafiada e novos paradigmas surgiram. 

Galileu Galilei, um dos mais importantes personagens dessa época, destacou-se por suas descobertas e contribuições revolucionárias para a física, astronomia e metodologia científica.

Ele foi pioneiro no uso do telescópio para observar o céu, revelando descobertas surpreendentes, como as fases de Vênus e as luas de Júpiter, que desafiaram as concepções geocêntricas da época. 

Neste conteúdo, exploraremos mais detalhadamente as transformações trazidas por Galileu durante a Revolução Científica do século XVII. Vamos analisar suas principais descobertas, sua influência na astronomia e na física, bem como seu impacto duradouro no método científico.

A Revolução Científica do século XVII

A Europa passou por grandes dificuldades durante o século XVII, que envolviam os desastres deixados pela guerra, a fome, as crises econômicas e a divisão religiosa cada vez mais evidente.

Em contrapartida, nasceu do meio de tudo isso, a curiosidade de diversos estudiosos da época para compreender os segredos do mundo. Durante esse tempo, surgiram importantes descobertas que transformaram nosso entendimento do universo.

A Revolução Científica do século XVII foi um período de mudanças radicais na ciência. Entre as maiores descobertas dessa revolução, destacam-se a observação astronômica precisa, a formulação de leis do movimento e o desenvolvimento do método científico.E é aí que Galileu entra nessa história. Ele é considerado o pai da ciência moderna devido ao seu papel fundamental na consolidação das bases do pensamento científico no fim da Idade Média. 

Quem foi Galileu Galilei?

Desde muito cedo, Galileu Galilei mostrou-se apto à criação de engenhocas, sendo estimulado desde pequeno ao desenvolvimento de seus saberes científicos (já que seu pai desejava que Galileu seguisse no ramo da medicina). 

O primeiro passo dele rumo à nova era científica se deu a sua descoberta de que Aristóteles estava errado em afirmar que a velocidade de queda dos corpos era proporcional ao seu peso. Um pensamento que não era contestado em milênios. 

Galileu mostrou as comunidades científicas da época que nem tudo que havia sido deduzido no passado seria obrigatoriamente uma verdade incontestável, acendendo o fogo da curiosidade no mundo acadêmico.

Ele foi o responsável por grandes avanços em áreas como a astronomia, a física e a matemática. Sua abordagem inovadora e suas descobertas revolucionaram a forma como entendemos o universo.

As principais transformações de Galileu Galilei 

O comportamento de Galileu se assemelha muito ao de outros cientistas de renome da nossa história, buscando a verdade acima da crença e da dedução. Deixou um legado de transformações fundamentais para a compreensão científica. Suas contribuições abrangeram diversos campos do conhecimento. Confira a seguir as principais.

Observações astronômicas

Galileu construiu seu próprio telescópio e realizou observações astronômicas inovadoras. Essas observações contrariaram as antigas concepções geocêntricas e abriram caminho para a compreensão do sistema solar, como:

→ O fato de que sempre se via a mesma face da Lua e que ela era moldada por crateras.

→ A certeza de que Júpiter tinha seus próprios satélites.

→ A confirmação de que Saturno possuía anéis o envolvendo. 

→ O fato de que o sol sempre rotacionava por seu eixo.

→ E, por fim, que Vênus e Marte possuíam suas próprias fases. 

Leis do Movimento

Galileu formulou leis fundamentais sobre o movimento, as quais foram a base para os estudos posteriores de Isaac Newton. Ele demonstrou que um objeto em movimento, impulsionado por uma força, só para devido ao atrito causado por forças externas. 

Além disso, suas pesquisas sobre queda livre contestaram as ideias aristotélicas, mostrando que a velocidade da queda não era influenciada pelo peso dos objetos. 

Queda livre

Galileu realizou experimentos para estudar a queda livre do corpo, onde ele defendeu que a velocidade da queda de objetos diferentes seria sempre a mesma, sendo afetada apenas pela resistência do ar aplicada a cada um deles. 

Essa descoberta desafiou as antigas concepções sobre a gravidade e abriu caminho para a compreensão mais precisa dos fenômenos físicos. 

Método científico

Galileu Galilei foi um cientista revolucionário que introduziu o método científico como uma forma sistemática de investigação. Antes de Galileu, a ciência era muitas vezes baseada em suposições e crenças, sem uma abordagem estruturada para testar e comprovar ideias.

O método utilizado por Galileu Galilei mudou a forma como as próximas gerações compreendiam a ciência: o Método Experimental, também conhecido como Método Científico. 

Galileu introduziu o método científico como uma abordagem sistemática para a investigação científica. Seu método, baseado em observação, experimentação e formulação de teorias, trouxe rigor e objetividade ao processo científico. 

Graças ao método científico de Galileu, a ciência moderna se tornou uma disciplina confiável, capaz de investigar e compreender os fenômenos naturais com base em evidências sólidas.

A importância das contribuições de Galileu para a ciência moderna

As contribuições de Galileu Galilei foram extremamente importantes para a ciência moderna. Ele trouxe uma abordagem inovadora que mudou completamente a forma como a ciência era compreendida e conduzida.

Galileu aprimorou a forma como fazemos observações, tornando-as mais precisas e detalhadas, permitindo que o funcionamento do universo fosse entendido de uma melhor forma. 

A sistematização da concepção de ciência possibilitou que a verdade prevalecesse no mundo científico, dando um novo rumo às pesquisas sobre o movimento e diversos outros saberes. 

Suas teorias eram baseadas em evidências empíricas, ou seja, em informações concretas e observáveis. Isso contrastava com as concepções antigas que se baseavam principalmente em argumentos filosóficos. 

Sua observação casada com experimentação e formulação alcançou a construção de artefatos tecnológicos capazes de medir e calcular o fluxo dos fenômenos naturais, o que constitui a ciência moderna. 

Seu legado continua a influenciar cientistas e pesquisadores, inspirando-os a buscar a verdade por meio de métodos científicos confiáveis.

Você tem curiosidade sobre assuntos como este? Dê uma espiada no blog do Museu WEG e encontre mais conteúdos dedicados a cientistas famosos de nossa história.  

Fontes:

Transformação de Galileu – Infopédia
As transformações de Galileu – UFSC
Galileu, protagonista da revolução científica – National Greographic

Hidrostática: entenda os princípios de Pascal e Arquimedes e o teorema de Stevin

Conheça os conceitos de hidrostática e mergulhe nos princípios de Pascal e Arquimedes e o teorema de Stevin.

10 de agosto de 2023
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hidrostática, ramo da física dedicado ao estudo dos fluidos em equilíbrio, oferece um olhar fascinante sobre os fenômenos que ocorrem no mundo líquido ao nosso redor. 

Compreender os princípios fundamentais por trás desses fenômenos nos permite desvendar desde a pressão exercida por fluidos confinados até a flutuabilidade dos objetos imersos.

Neste post blog, vamos explorar os conceitos fundamentais da hidrostática, além de compreender os princípios de Pascal e Arquimedes e o teorema de Stevin. Prepare-se para mergulhar nesse universo de conhecimento.

O que é hidrostática?

A hidrostática é um ramo da física que estuda os fluidos em repouso, ou seja, quando não há movimento. 

É graças a ela que é possível compreender o comportamento de líquidos e gases sob diferentes condições.

Para entender a hidrostática, é preciso compreender os seguintes conceitos: pressão, transmissão de pressão em fluidos, empuxo e variação.

Conceitos principais da hidrostática

Mergulhando mais afundo no conceito de hidrostática, nos deparamos com alguns termos de grande relevância para o estudo desta temática e, para ficar mais fácil o seu entendimento, explicaremos a seguir, de forma simples, o que significa cada um.

1. Pressão

A pressão é a força exercida por um fluido sobre uma determinada área. De forma resumida, a pressão é como uma força “espalhada”, onde a área aplicada é totalmente influente na quantidade de força sentida. 

Imagine que você esteja empurrando uma das paredes de uma piscina de criança, como a área é pequena, a pressão será ainda maior. Porém, se você empurrar a parede de uma piscina olímpica, a pressão se tornará muito menor. 

Na prática, a pressão é a força que um fluido (como a água ou o ar) exerce sobre uma área específica. Para calcular a pressão, você divide a força aplicada pela área em que ela atua. Quanto maior a força exercida ou menor a área, maior será a pressão.

Esse conceito é essencial para áreas como a engenharia hidráulica, possibilitando a projeção de sistemas mais eficientes e seguros que possibilitem transmitir força e controlar movimentos.

2. Transmissão de pressão em fluidos

Imagine que você tem um balão cheio de água e você pressiona uma parte dele com o dedo. 

Você perceberá que a pressão que exerceu não fica apenas no ponto em que você tocou, mas se espalha por todo o balão. Isso ocorre porque a pressão em um fluido é transmitida igualmente em todas as direções.

Um exemplo prático da utilização deste conceito está na construção de barragens. Quando a água enche o reservatório, ela exerce uma pressão hidrostática sobre as paredes da barragem. 

Graças à transmissão de pressão, essa pressão hidrostática é distribuída de maneira uniforme por toda a estrutura da barragem. 

Isso reforça que este princípio é fundamental na engenharia civil, especialmente na construção de barragens, garantindo a segurança e estabilidade dessas estruturas.

3. Empuxo

Sabe quando você pula na piscina e é “puxado” para cima? Isso é o empuxo. 

O empuxo depende de duas coisas: a densidade do fluido e o volume de fluido que o objeto desloca. Quanto maior a densidade do fluido, maior será o empuxo. Isso significa que quanto mais do objeto estiver imerso no fluido, maior será o empuxo.

Um exemplo prático do empuxo é o comportamento dos objetos flutuantes em um líquido, como um barco navegando sobre a água. 

O barco é projetado para ter um formato que empurra uma grande quantidade de água para baixo enquanto flutua. O empuxo que a água exerce sobre o barco ajuda a mantê-lo flutuando, mesmo sendo um objeto pesado.

4. Variação

A variação de pressão ocorre quando há diferença de pressão entre dois pontos em um mesmo fluido que está parado. Essa diferença de pressão é diretamente proporcional à diferença de altura vertical entre esses pontos e à densidade do fluido. 

Imagine um cano com água dentro. Se tivermos um ponto mais alto no cano e outro mais baixo, haverá uma diferença de altura entre eles. 

Essa diferença de altura influencia diretamente na diferença de pressão entre os dois pontos. Quanto maior a densidade do fluido, maior será a variação de pressão entre os pontos.

Na prática, a variação de pressão é aplicada em sistemas hidráulicos, que são sistemas que utilizam líquidos para transmitir força e energia. 

Agora que você já está por dentro dos principais conceitos de hidrostática, vamos entender os famosos princípios e o teorema deste tema.

Princípio de Pascal

O Princípio de Pascal nos diz que quando aplicamos pressão em um fluido que não pode ser comprimido, essa pressão é transmitida igualmente para todas as direções.

Isso significa que qualquer mudança de pressão aplicada em um ponto de um fluido confinado se propaga igualmente em todas as direções, sem perdas significativas. 

Esse princípio é fundamental para entender o funcionamento de sistemas hidráulicos, como freios de carros, macacos hidráulicos e prensas, que se baseiam na transmissão da pressão para gerar força e movimento.

A pressão se propaga uniformemente em todas as direções, o que se resume na seguinte fórmula: 

P₁ / A₁ = P₂ / A₂

NOMENCLATURA

P₁ = Pressão aplicada na primeira área

A₁ = Área correspondente à primeira pressão aplicada 

P₂ = Pressão resultante na segunda área

A₂ = Área correspondente à segunda pressão resultante

O Princípio de Pascal desempenha um papel crucial em nossa compreensão da pressão e sua aplicação prática na criação de máquinas e dispositivos úteis em várias áreas industriais.

Princípio de Arquimedes

O princípio de Arquimedes, estabelece que um objeto imerso em um fluido recebe um empuxo verticalmente para cima, igual ao peso do fluido deslocado pelo objeto. Em outras palavras, o princípio explica por que um objeto flutua ou afunda em um fluido. 

Se o peso do objeto for menor do que o empuxo exercido pelo fluido, o objeto flutua. Caso contrário, o objeto afunda. Ele é fundamental para entender a flutuação de barcos, o funcionamento de submarinos e até mesmo o equilíbrio do corpo humano imerso na água.

Sabe aquela sensação de flutuar que você sente ao entrar em uma piscina? Este é o empuxo agindo em você. A fórmula que representa essa força é:

E = ρ * V * g

NOMENCLATURA

E = Empuxo 

ρ = Densidade do fluido 

V = Volume de fluido deslocado pelo objeto 

g = Aceleração da gravidade 

Este princípio é aplicado em diversas áreas, como na construção de navios e submarinos, pois nos ajuda a entender como essas estruturas flutuam e se movimentam na água.

Teorema de Stevin

O teorema de Stevin, descreve a relação entre a pressão hidrostática e a altura de um fluido em repouso. Segundo ele, a pressão exercida por um fluido em um ponto depende apenas da altura do fluido acima desse ponto, e não do formato do recipiente ou da área de superfície. 

Em outras palavras, a pressão aumenta proporcionalmente à profundidade do fluido. Isso significa que quanto maior a altura do fluido, maior será a pressão exercida. 

O teorema de Stevin é importante para entender fenômenos como a pressão atmosférica, o funcionamento de barragens e o equilíbrio de líquidos em recipientes conectados em diferentes alturas. Essa relação pode ser expressa pela fórmula:

ΔP = ρ * g * Δh

NOMENCLATURA

ΔP = Variação da pressão

ρ = Pressão absoluta 

g = Gravidade 

Δh = Variação de altura

Um grande exemplo do Princípio de Stevin aplicado é o sistema hidráulico das casas. 

Para continuar aprofundando seus conhecimentos, não deixe de procurar pela palavra-chave “ENEM” em nosso blog, onde você encontrará mais conteúdos relevantes sobre física e outros assuntos cobrados nos vestibulares.

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Fontes:

Hidrostática – Brasil Escola
Hidrostática – Toda matéria
Hidrostática – Conceitos, Stevin e Pascal